segunda-feira, 25 de abril de 2011

AÇÃO MÁGICA RELIGIOSA

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ANJO DA GUARDA.

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Sabão da Costa pra que serve???


SABÃO DA COSTA – OSÉ DUDU



Enviado por: Aparecida Araujo



E-mail: aparecida.araujo@itelefonica.com.br



Não sei se todos os leitores conhecem este sabão, mas



como eu conheço há alguns anos e faço uso dele, gostaria de



deixar registrada sua história e seus benefícios.



O sabão da Costa é de origem da Costa do golfo da Guiné,



na África, sendo que lá seu nome é Osé Dudu. É usado em ―rituais‖



tanto na África como no Brasil nos Cultos Afro-Brasileiros, nos



banhos e também para lavar todo o material ritualístico como



quartinhas, ferramentas, joias... tirando assim toda e qualquer



energia deixada por quem manuseou anteriormente esses objetos.



O sabão tem por função a limpeza do corpo físico e da aura e especialmente de sua camada



mais próxima ao corpo físico, retirando larvas astrais e miasmas. Além de ser usado para o



descarrego, pois promove uma profunda limpeza corporal, atua também no combate a caspa,



cravos, espinhas, manchas escuras, coceiras e fungos do couro cabeludo, além de controlar o mau



cheiro produzido pelo suor.



Utilizado antes de dormir, seu banho propicia uma limpeza profunda, descarregando os maus



fluídos adquiridos durante o dia, obtendo assim um sono tranquilo.



Seguindo a ritualística de alguns Axés, o banho é feito da seguinte forma: desde os ombros



até os pés, sem tocar na cabeça, só se utiliza para lavar a cabeça com sabão da Costa juntamente



com sabão de côco, quando desejamos aliviar a ―mão‖ de alguém, que por ventura tenha colocado a



mão na cabeça de uma pessoa. Quando terminar o banho, largar água com açúcar nos quatros



cantos do box, para assim evitar larvas negativas as outras pessoas.



É um sabão sólido, de cor pardo-escura tendendo ao preto e o



perfume amadeirado, feito com ervas medicinais. Sua composição



original é secreta, mas muitos Axés, preparam seu próprio sabão da



costa utilizando base de glicerina, água e juntas algumas das seguintes



ervas: nó de pinho, óleo de côco, benjoim, juá, macassá, levante, tapete



de Oxalá, manjericão, saião, capeba, alfazema, alecrim, peregun,



pitanga, colônia, rosa branca, aroeira, já alguns Terreiros de Umbanda



utilizam na composição aroeira, arruda, guiné, espada de São Jorge.



Relatos indicam que seu uso vem desde a época de 1620 ,



quando já era importado para o Brasil, pois era o preferido dos escravos



e libertos. Ele era oriundo de uma área entre Gana e Camarões, e



principalmente da Nigéria, da República do Benim e do Togo.



A palavra SABONETE é incorporada ao português somente na virada para o século 19



quando no Brasil ―tudo‖ era ―francês‖ e o sabonete dos franceses é aportuguesado. O Sabão da



Costa mantém o nome sabão por uma questão de tradição.



Axé á todos!


Fonte:www.jornaldaumbanda.com



FLORASIL fabricante e detentora da MARCA REGISTRADA SABÃO DA COSTA®,fundada em 1957 por Augusto Chaves.
www.sabaodacosta.com.br


Atenção ao comprar, algumas imitações podem causar alergias e queimaduras.



sábado, 23 de abril de 2011

O MISTÉRIO DAS FITAS NA UMBANDA.


O MISTÉRIO DAS FITAS NA UMBANDA

Por Rubens Saraceni

1. Existem na criação, irradiações Divinas que se assemelham a “FITAS” (a venda no comércio), devido a similaridade de largura, e usadas em trabalhos de magia. Ao se falar em Mistério das 7 Fitas Sagradas, referimo-nos a este tipo de irradiação Divina cujas faixas estreitas tem as mais variadas cores, e por trazerem dentro de si, vibrações das mais diversas possíveis, e por transportarem muitos fatores, quando são direcionadas magisticamente, realizam trabalhos importantíssimos tanto positivos quanto negativos. Estas “Fitas Divinas” são, na verdade, a fusão ou o entrelaçamento de ondas vibratórias que criam aos olhos dos seus observadores, a impressão de que estão vendo Fitas coloridas.

2. Estas irradiações Divinas semelhantes a Fitas, por transportarem vibrações desde o plano Divino da Criação até o plano espiritual e por imantação condensarem seus mistérios em Fitas feitas de tecido, dão a estes materiais todo um poder magístico. Fitas vem sendo usadas, na Umbanda, pelos guias espirituais que as cruzam e as amarram nos pulsos das pessoas como proteção ou repelidoras de vibrações negativas, assim como determinam aos seus médiuns que usem nas ao redor da cintura ou transversalmente à direita ou à esquerda, sempre como protetores. Mas também as usam para “amarrar” forças negativas fora de controle ou rebeladas visando contê-las, e esgotar os seus negativismos. Também costumam pedir que Fitas de determinada cor e quantidade (1,3,5,7) sejam colocadas dentro das oferendas, ainda que os seus médiuns ou quem for fazer a oferenda, nada saiba ou conheça sobre este poderosíssimo mistério simbólico da Umbanda.

3. As irradiações Divinas, na forma de Fitas, partem de mentais divinos identificados por nós e dentro da Umbanda como Orixás. Portanto, basta fazer uma associação entre as cores dos Orixás e as Fitas, que tanto temos o conhecimento de a quem pertencem quanto o que realizam.

4. A posição das Fitas colocadas ou amarradas no corpo do médium ou do consulente, indica o tipo de trabalho e qual linha está atuando.

• Fitas colocadas ao redor da cabeça, indica trabalho envolvendo o mental.

• Fitas amarradas a tira-colo ou transversalmente à esquerda, indicam trabalhos realizados por forças espirituais da esquerda.

• Fitas amarradas transversalmente e à direita, indicam trabalhos realizados pelas forças da direita.

• Fitas penduradas ao redor do pescoço e caídas sobre o peito, indicam campos protetores.

• Fitas amarradas na linha da cintura, indicam campos de trabalho protetor permanentes.

Portanto, quando os guias espirituais recomendam aos médiuns que usem ou despachem (as Fitas), estes devem entender que por trás de cada cor e cada fita, está um poder divino que é atuante e cujas irradiações, na forma de “Fitas”, partem desde o plano mais elevado da criação e chegam até o lado espiritual, podendo ser condensado ou irradiado através de Fitas materiais cruzadas e imantadas pelos guias espirituais, uma vez que ao falarmos em um mistério das Sete Fitas Sagradas, estamos nos referindo a estas irradiações que são vivas, Divinas e capazes de realizarem poderosíssimos trabalho de magia.

5. Continuando com o que existe por trás de alguns elementos usados pelos guias espirituais da Umbanda, podemos fundamentá-los nos poderes desta forma:

• Existem irradiações divinas finíssimas e análogas a linhas. Estas irradiações penetram o mental das pessoas e alimentam suas faculdades e/ou dons mediúnicos, portanto, ao falarmos em 7 Linhas de Umbanda, estamos nos referindo a estas irradiações divinas provenientes diretamente dos mentais dos Orixás para os dos médiuns. Assim como fazer trabalho com o uso de linhas coloridas é trabalhar com este mistério divino.

6. Os cordões usados pelos guias, sejam eles feitos de fios enrolados ou trançados ou enfeixados e enlinhados por fora, com uma linha, também são reproduções de irradiações divinas provenientes dos mentais divinos que, por serem feixes de ondas vibratórias transportadoras e irradiadoras de fatores, e por serem vivas e realizadoras, então estes cordões usados pelos guias, e que são simbolizados por laços, chicotes, cipós, e por cordões propriamente ditos, assim que são cruzados e imantados por eles, adquirem poderes magísticos.

Portanto, todos estes elementos adquiridos e outros aqui não citados, não são adereços folclóricos e muito menos enfeites, porquê são reproduções simbólicas de irradiações divinas provenientes dos mentais divinos que fundamentam seus usos pelos guias espirituais da Umbanda.

Vamos citar alguns mistérios manipulados pelos guias, cujos fundamentos encontram-se nas irradiações divinas:

1. Mistério das Sete Fitas Sagradas

2. Mistério das Sete Faixas Sagradas

3. Mistério das Sete Estolas Sagradas

4. Mistério das Sete Toalhas Sagradas

5. Mistério das Sete Cordões Sagrados

6. Mistério das Sete Laços Sagrados

7. Mistério das Sete Linhas Sagradas



8. Mistério das Sete Cipós Sagrados

9. Mistério das Sete Correntes Sagradas

10. Mistério das Sete Nós Sagrados

NOTA EXPLICATIVA:

Os Sete Nós Sagrados referem-se a pólos magnéticos onde as ondas vibratórias se entrelaçam amarrando-se nos mais diversos tipos de nós, criando pólos eletromagnéticos recebedores de irradiações e redirecionadores delas.

sexta-feira, 22 de abril de 2011

Pineal - A Glândula da Mediunidade.

Matéria da Revista Espiritismo e Ciência Vol.3

Pineal - A União do Corpo e da Alma


Paula Calloni de Souza


Freqüentemente, a glândula pineal surge como o centro de nosso relacionamento com outras dimensões, e tem sido assim nas mais variadas correntes religiosas e místicas, há milhares de anos. O especialista no assunto, dr. Sérgio Felipe de Oliveira, conversou conosco sobre o assunto, mostrando os avanços da ciência no sentido de desvendar esse mistério.


O mistério não é recente. Há mais de dois mil anos, a glândula pineal, ou epífise, é tida como a sede da alma. Para os praticantes da ioga, a pineal é o ajna chakra, ou o “terceiro olho”, que leva ao autoconhecimento. O filósofo e matemático francês René Descartes, em Carta a Mersenne, de 1640, afirma que “existiria no cérebro uma glândula que seria o local onde a alma se fixaria mais intensamente”.


Atualmente, as pesquisas científicas parecem ter se voltado definitivamente para o estudo mais atento desta glândula. Estaria a humanidade próxima da comprovação científica da integração entre o corpo e o que se chamaria de alma? Haveria um órgão responsável pela interação entre o homem e o mundo espiritual? Seria a mediunidade, de fato, um atributo biológico e não um conceito religioso, como postulou Allan Kardec?


Para responder a estas e outras perguntas, a revista Espiritismo & Ciência conversou com o psiquiatra e mestre em Ciências pela Universidade de São Paulo, dr. Sérgio Felipe de Oliveira. Diretor-clínico do Instituto Pineal Mind, e diretor-presidente da AMESP (Associação Médico-Espírita de São Paulo), Sérgio Felipe de Oliveira é um dos maiores pesquisadores na área de Psicobiofísica da USP, e vem ganhando destaque nos meios de comunicação com suas pesquisas acerca do papel da glândula pineal em fenômenos como a mediunidade.


Fale um pouco sobre seu trabalho à frente da AMESP e do Instituto Pineal Mind.


A AMESP é uma associação de utilidade pública que reúne médicos dedicados ao estudo da relação entre a medicina e a espiritualidade. O Pineal Mind é minha clínica, um instituto de saúde mental, onde fazemos pesquisas e atendemos psicoses, síndromes cerebrovasculares, ansiedades, depressão, psicoses infantis, uso de drogas e álcool. Temos um setor de psiconcologia (psicologia aplicada ao câncer) e estudamos também os aspectos psicossomáticos ligados à cardiologia, etc. Agora, particularmente nas pesquisas comportamentais, eu estudo os estados de transe e a mediunidade. Mas não pesquiso só a glândula pineal; ela é o que eu pesquiso no cérebro, interessado em entender a relação entre corpo e espírito.


O que é psicobiofísica?


É a ciência que integra a psicologia, a física e a biologia. Na biologia, estudamos o lobo frontal, responsável pela crítica da razão; mas o cérebro funciona eletricamente – aí entra a física, que serve de substrato para o pensamento crítico, que é o psicológico.


Quando surgiu seu interesse no aprofundamento do estudo da pineal?


Foi por volta de 1979/80, quando eu estava estudando a obra de André Luiz, psicografada por Chico Xavier. Em Missionários da Luz, a pineal é claramente citada. Nesta mesma época, eu já pleiteava o curso de Medicina. No colégio, estudando Filosofia, fiquei impressionado com a obra de Descartes, que dizia que a alma se ligava ao corpo pela pineal. Quando entrei na faculdade, corri atrás destas questões, do espiritual, da alma e de como isso se integra ao corpo.


O que é a glândula pineal, onde está localizada e qual a sua função no organismo?


A pineal está localizada no meio do cérebro, na altura dos olhos. Ela é um órgão cronobiológico, um relógio interno. Como ela faz isso? Captando as radiações do Sol e da Lua. A pineal obedece aos chamados Zeitbergers, os elementos externos que regem as noções de tempo. Por exemplo, o Sol é um Zeitberger que influencia a pineal, regendo o ciclo de sono e de vigília, quando esta glândula secreta o hormônio melatonina. Isso dá ao organismo a referência de horário. Existe também o Zeitberger interno, que são os genes, trazendo o perfil de ritmo regular de cada pessoa. Agora, o tempo é uma região do espaço. A dimensão espaço-tempo é a quarta dimensão. Então, a glândula que te dá a noção de tempo está em contato com a quarta dimensão. Faz sentido perguntarmos: “Será que a partir da quarta dimensão já existe vida espiritual?” Nós vivemos em três dimensões e nos relacionamos com a quarta, através do tempo. A pineal é a única estrutura do corpo que transpõe essa dimensão, que é capaz de captar informações que estão além dessa dimensão nossa. A afirmação de Descartes, do ponto em que a alma se liga ao corpo, tem uma lógica até na questão física, que é esta glândula que lida com a outra dimensão, e isso é um fato.


Outros animais possuem a epífise? Ela está relacionada à consciência?


Todos os animais têm essa glândula; ela os orienta nos processos migratórios, por exemplo, pois ela sintoniza o campo magnético. Nos animais, a glândula pineal tem fotorreceptores iguais aos presentes na retina dos olhos, porque a origem biológica da pineal é a mesma dos olhos, é um terceiro olho, literalmente.


Esta glândula seria resquício de algum órgão que está se atrofiando, ou estaria ligada a uma capacidade psíquica a ser desenvolvida?


Eu acredito que a pineal evoluiu de um órgão fotorreceptor para um órgão neuroendócrino. A pineal não explica integralmente o fenômeno mediúnico, como simplesmente os olhos não explicam a visão. Você pode ter os olhos perfeitos, mas não ter a área cerebral que interprete aquela imagem. É como um computador: você pode ter todos os programas em ordem, mas se a tela não funciona, você não vê nada. A pineal, no que diz respeito à mediunidade, capta o campo eletromagnético, impregnado de informações, como se fosse um telefone celular. Mas tudo isso tem que ser interpretado em áreas cerebrais, como por exemplo, o córtex frontal. Um papagaio tem a pineal, mas não vai receber um espírito, porque ele não tem uma área no cérebro que lhe permita fazer um julgamento. A mediunidade está ligada a uma questão de senso-percepção. Então, a ela não basta a existência da glândula pineal, mas sim, todo o cone que vai até o córtex frontal, que é onde você faz a crítica daquilo que absorve. A mediunidade é uma função de senso (captar)-percepção (faz a crítica do que está acontecendo). Então, a mediunidade é uma função humana.


A pineal converte ondas eletromagnéticas em estímulos neuroquímicos? Isso é comprovado cientificamente?


Sim, isso é comprovado. Quem provou isso foram os cientistas Vollrath e Semm, que têm artigos publicados na revista científica Nature, de 1988.


A parapsicologia diz que estes campos eletromagnéticos podem afetar a mente humana. O dr. Michael Persinger, da Laurentian University, no Canadá, fez experiências com um capacete que emite ondas eletromagnéticas nos lobos temporais. As pessoas submetidas a essas experiências teriam tido “visões” e sentiram presenças espirituais. O dr. Persinger atribui esses fenômenos à influência dessas ondas eletromagnéticas. O que o senhor teria a dizer sobre isso?


Veja, o espiritual age pelo campo eletromagnético. Então, dizer que este campo interfere no cérebro não contraria a hipótese de uma influência espiritual. Porque, se há uma interferência espiritual, esta se dá justamente pelo campo eletromagnético. Quando se fala do espiritual, em Deus, a interferência acontece na natureza pelas leis da própria natureza. Se o campo magnético interfere no cérebro, a espiritualidade interfere no cérebro PELO campo magnético. Uma coisa não anula a outra. Pelo contrário, complementam-se.


A mediunidade seria atributo biológico e não um conceito religioso? Existe uma controvérsia no meio científico a esse respeito?


A mediunidade é um atributo biológico, acredito, que acontece pelo funcionamento da pineal, que capta o campo eletromagnético, através do qual a espiritualidade interfere. Não só no espiritismo, mas em qualquer expressão de religiosidade, ativa-se a mediunidade, que é uma ligação com o mundo espiritual. Um hindu, um católico, um judeu ou um protestante que estiver fazendo uma prece, está ativando sua capacidade de sintonizar com um plano espiritual. Isso é o que se chama mediunidade, que é intermediar. Então, isso não é uma bandeira religiosa, mas uma função natural, existente em todas as religiões. E isso deve acontecer através do campo magnético, sem dúvida. Se a espiritualidade interfere, é pelo campo eletromagnético, que depois é convertido, pela pineal, em estímulos eletroneuroquímicos. Não existe controvérsia entre ciência e espiritualidade, porque a ciência não nega a vida após a morte. Não nega a mediunidade. Não nega a existência do espírito. Também não há uma prova final de que tudo isto existe. Não existe oposição entre o espiritual e o científico. Você pode abordar o espiritual com metodologia científica, e o espiritismo sempre vai optar pela ciência. Essa é uma condição precípua do pensamento espírita. Os cientistas materialistas que disserem “esta é minha opinião pessoal”, estarão sendo coerentes. Mas se disserem que a opção materialista é a opinião da ciência, estarão subvertendo aquilo que é a ciência. A American Medical Association, do Ministério da Saúde dos EUA, possui vários trabalhos publicados sobre mediunidade e a glândula pineal. O Hospital das Clínicas sempre teve tradição de pesquisas na área da espiritualidade e espiritismo. Isso não é muito divulgado pela imprensa, mas existe um grupo de psiquiatras lá defendendo teses sobre isso.


Como são feitas as experiências em laboratório?


Existem dois tipos: um, que é a experiência de pesquisa das estruturas do cérebro, responsáveis pela integração espírito/corpo; e outra, que é a pesquisa clínica, das pessoas em transe mediúnico. São testes de hormônios, eletroencefalogramas, tomografias, ressonância magnética, mapeamento cerebral, entre outros. A coleta de hormônios, por exemplo, pode ser feita enquanto o paciente está em estado de transe. E os resultados apresentam alterações significativas.


As alterações em exames de tomografia, por exemplo, são exclusivas ou condizentes com outras patologias? O senhor descarta a hipótese de uma crise convulsiva?


Isso é bem claro: a suspeita de uma interferência espiritual surge quando a alteração nos exames não justifica a dimensão ou a proporção dos sintomas. Por exemplo: o indivíduo tem uma crise convulsiva fortíssima, é feito o eletroencefalograma e aparece uma lesão pequena. Não há, então, uma coerência entre o que está acontecendo e o que o exame está mostrando. A reação não é proporcional à causa. A mediunidade mexe com o sistema nervoso autônomo – descarga de adrenalina, aceleração do ritmo cardíaco, aumento da pressão arterial.


Como o senhor diferencia doença mental de mediunidade?


Na doença mental, o paciente não tem crítica da razão; no transe mediúnico, ele tem essa crítica. Quando o médium diz que incorporou tal entidade espiritual, mas que ele, médium, continua sendo determinada pessoa, ele usou a crítica, julgou racionalmente o que aconteceu. Agora, um indivíduo que diz ser Napoleão Bonaparte? Aí ele perdeu a crítica da razão. Essa é a diferença. O que não quer dizer que o indivíduo que esteja em psicose não possa estar em transe também. A mediunidade se instala no indivíduo são, ou pode dar uma dimensão muito maior a uma doença. A mediunidade sempre vai dar um efeito superlativo. Se a pessoa alimenta bons sentimentos, ela cresce. Se ela tem uma doença, aquela doença pode ficar fora de controle.


É verdade que a pineal se calcifica com a meia-idade? E essa calcificação prejudica a mediunidade?


Não, a pineal não se calcifica; ela forma cristais de apatita, e isso independe da idade. Estes cristais têm a ver com o perfil da função da glândula. Uma criança pode ter estes cristais na pineal em grande quantidade enquanto um adulto pode não ter nada. Percebemos, pelas pesquisas, que quando um adulto tem muito destes cristais na pineal, ele tem mais facilidade de seqüestrar o campo eletromagnético. Quando a pessoa tem muito desses cristais e sequestra esse campo magnético, esse campo chega num cristal e ele é repelido e rebatido pelos outros cristais, e este indivíduo então apresenta mais facilidade no fenômeno da incorporação. Ele incorpora o campo com as informações do universo mental de outrem. É possível visualizar estes cristais na tomografia. Observamos que quando o paciente tem muita facilidade de desdobramento, ele não apresenta estes cristais.


As crianças teriam mais sensibilidade mediúnica?


A mediunidade na criança é diferente da de um adulto. É uma mediunidade anímica, é de saída. Ela sai do corpo e entra em contato com o mundo espiritual.


A pineal pode ser estimulada com a entoação de mantras, como pregam os místicos?


A glândula está localizada em uma área cheia de líquido. Talvez o som desses mantras faça vibrar o líquido, provocando alguma reação na glândula. Os cristais também recebem influências de vibração. Deve vibrar o líquor, a glândula, alterando o metabolismo. Teria lógica.


Em que se concentrarão seus próximos estudos?


Estou preparando um estudo sobre Cronogenética da Reencarnação. Mas, sobre isso, falarei mais detalhadamente em 2003, durante o Congresso Médico-Espírita.

Vídeos da Palestra do Dr.Sérgio Felipe de Oliveira sobre a Glândula Pineal:
















segunda-feira, 18 de abril de 2011

RITUAIS DA PIPOCA NA UMBANDA.


Na Umbanda a pipoca é usada nas oferendas para os Orixás Obaluayê, usando só as pipocas brancas, e Omulu, usando também as pipocas queimadas (pretas). Os banhos de pipoca são rituais importantes e poderosíssimos para os médiuns. Em banhos de cura e harmonização as pipocas são feitas sem óleo e sem sal; nos banhos de descarrego o milho é estourado com azeite de dendê (nesse caso o banho deve ser feito sempre em campo aberto); nos banhos de fixação de força o milho deverá ser estourado na areia da praia.

A pipoca também é elemento vegetal transformador e transmutador, portanto é muito usada nos rituais de cura, além disso os Guias fazem verdadeiras mandingas com apenas um punhado de pipoca nas mãos, favorecendo o corpo astral dos consulentes.

Para falar um pouco mais sobre este elemento tão poderoso da nossa Umbanda quero compartilhar com vocês um texto muito bonito e muito expressivo. Espero que gostem e que consigam absorver todo o significado das palavras e todas as mensagens nas entrelinhas.

PIPOCA PARA RUBEM ALVES

“A culinária me fascina. De vez em quando eu até me atrevo a cozinhar. Mas o fato é que sou mais competente com as palavras do que com as panelas. Por isso tenho mais escrito sobre comidas que cozinhado. Dedico-me a algo que poderia ter o nome de “culinária literária”. Já escrevi sobre as mais variadas entidades do mundo da cozinha: cebolas, ora-pro-nobis, picadinho de carne com tomate feijão e arroz, bacalhoada, suflês, sopas, churrascos.

Cheguei mesmo a dedicar metade de um livro poético-filosófico a uma meditação sobre o filme “A Festa de Babette” que é uma celebração da comida como ritual de feitiçaria. Sabedor das minhas limitações e competências, nunca escrevi como chef. Escrevi como filósofo, poeta, psicanalista e teólogo — porque a culinária estimula todas essas funções do pensamento. As comidas, para mim, são entidades oníricas. Provocam a minha capacidade de sonhar. Nunca imaginei, entretanto, que chegaria um dia em que a pipoca iria me fazer sonhar. Pois foi precisamente isso que aconteceu.

A pipoca, milho mirrado, grãos redondos e duros, me pareceu uma simples molecagem, brincadeira deliciosa, sem dimensões metafísicas ou psicanalíticas. Entretanto, dias atrás, conversando com uma paciente, ela mencionou a pipoca. E algo inesperado na minha mente aconteceu. Minhas idéias começaram a estourar como pipoca. Percebi, então, a relação metafórica entre a pipoca e o ato de pensar. Um bom pensamento nasce como uma pipoca que estoura, de forma inesperada e imprevisível.

A pipoca se revelou a mim, então, como um extraordinário objeto poético. Poético porque, ao pensar nelas, as pipocas, meu pensamento se pôs a dar estouros e pulos como aqueles das pipocas dentro de uma panela. Lembrei-me do sentido religioso da pipoca. A pipoca tem sentido religioso? Pois tem.

Para os cristãos religiosos são o pão e o vinho, que simbolizam o corpo e o sangue de Cristo, a mistura de vida e alegria (porque vida, só vida, sem alegria, não é vida…). Pão e vinho devem ser bebidos juntos. Vida e alegria devem existir juntas. Lembrei-me, então, da lição que aprendi com a Mãe Stella, sábia poderosa do Candomblé baiano: que a pipoca é a comida sagrada do Candomblé…

A pipoca é um milho mirrado, subdesenvolvido. Fosse eu agricultor ignorante, e se no meio dos meus milhos graúdos aparecessem aquelas espigas nanicas, eu ficaria bravo e trataria de me livrar delas. Pois o fato é que, sob o ponto de vista de tamanho, os milhos da pipoca não podem competir com os milhos normais. Não sei como isso aconteceu, mas o fato é que houve alguém que teve a idéia de debulhar as espigas e colocá-las numa panela sobre o fogo, esperando que assim os grãos amolecessem e pudessem ser comidos.

Havendo fracassado a experiência com água, tentou a gordura. O que aconteceu, ninguém jamais poderia ter imaginado. Repentinamente os grãos começaram a estourar, saltavam da panela com uma enorme barulheira. Mas o extraordinário era o que acontecia com eles: os grãos duros quebra-dentes se transformavam em flores brancas e macias que até as crianças podiam comer. O estouro das pipocas se transformou, então, de uma simples operação culinária, em uma festa, brincadeira, molecagem, para os risos de todos, especialmente as crianças. É muito divertido ver o estouro das pipocas!

E o que é que isso tem a ver com o Candomblé? É que a transformação do milho duro em pipoca macia é símbolo da grande transformação porque devem passar os homens para que eles venham a ser o que devem ser. O milho da pipoca não é o que deve ser. Ele deve ser aquilo que acontece depois do estouro. O milho da pipoca somos nós: duros, quebra-dentes, impróprios para comer, pelo poder do fogo podemos, repentinamente, nos transformar em outra coisa — voltar a ser crianças! Mas a transformação só acontece pelo poder do fogo. Milho de pipoca que não passa pelo fogo continua a ser milho de pipoca, para sempre.

Assim acontece com a gente. As grandes transformações acontecem quando passamos pelo fogo. Quem não passa pelo fogo fica do mesmo jeito, a vida inteira. São pessoas de uma mesmice e dureza assombrosa. Só que elas não percebem. Acham que o seu jeito de ser é o melhor jeito de ser. Mas, de repente, vem o fogo. O fogo é quando a vida nos lança numa situação que nunca imaginamos. Dor. Pode ser fogo de fora: perder um amor, perder um filho, ficar doente, perder um emprego, ficar pobre. Pode ser fogo de dentro. Pânico, medo, ansiedade, depressão — sofrimentos cujas causas ignoramos. Há sempre o recurso aos remédios. Apagar o fogo. Sem fogo o sofrimento diminui. E com isso a possibilidade da grande transformação.

Imagino que a pobre pipoca, fechada dentro da panela, lá dentro ficando cada vez mais quente, pense que sua hora chegou: vai morrer. De dentro de sua casca dura, fechada em si mesma, ela não pode imaginar destino diferente. Não pode imaginar a transformação que está sendo preparada. A pipoca não imagina aquilo de que ela é capaz. Aí, sem aviso prévio, pelo poder do fogo, a grande transformação acontece: PUF!! — e ela aparece como outra coisa, completamente diferente, que ela mesma nunca havia sonhado. É a lagarta rastejante e feia que surge do casulo como borboleta voante.

Na simbologia cristã o milagre do milho de pipoca está representado pela morte e ressurreição de Cristo: a ressurreição é o estouro do milho de pipoca. É preciso deixar de ser de um jeito para ser de outro. “Morre e transforma-te!” — dizia Goethe.

Em Minas, todo mundo sabe o que é piruá. Falando sobre os piruás com os paulistas, descobri que eles ignoram o que seja. Alguns, inclusive, acharam que era gozação minha, que piruá é palavra inexistente. Cheguei a ser forçado a me valer do Aurélio para confirmar o meu conhecimento da língua. Piruá é o milho de pipoca que se recusa a estourar.

Meu amigo William, extraordinário professor pesquisador da Unicamp, especializou-se em milhos, e desvendou cientificamente o assombro do estouro da pipoca. Com certeza ele tem uma explicação científica para os piruás. Mas, no mundo da poesia, as explicações científicas não valem. Por exemplo: em Minas “piruá” é o nome que se dá às mulheres que não conseguiram casar. Minha prima, passada dos quarenta, lamentava: “Fiquei piruá!” Mas acho que o poder metafórico dos piruás é maior.

Piruás são aquelas pessoas que, por mais que o fogo esquente, se recusam a mudar. Elas acham que não pode existir coisa mais maravilhosa do que o jeito delas serem. Ignoram o dito de Jesus: “Quem preservar a sua vida perdê-la-á”. A sua presunção e o seu medo são a dura casca do milho que não estoura. O destino delas é triste. Vão ficar duras a vida inteira. Não vão se transformar na flor branca macia. Não vão dar alegria para ninguém. Terminado o estouro alegre da pipoca, no fundo da panela ficam os piruás que não servem para nada. Seu destino é o lixo.

Quanto às pipocas que estouraram, são adultos que voltaram a ser crianças e que sabem que a vida é uma grande brincadeira…”

Rubem Alves


Que todos nós possamos passar pelo fogo da vida para, enfim, nos transformar em pipocas !

Escrito por Mãe Mônica Caraccio






PEQUENO DICIONÁRIO DA UMBANDA.

A

Assentamento: O mesmo que segurança, conjunto de objetos com força mística (axé); que enterrados no chão protegem um terreiro e constituem sua base espiritual.



Alguidar: Vasilha de barro onde se coloca comida votiva.


Aldeia: Terreiro; Templo; É o conjunto de pessoas nele contida (caboclo).

Amassi ou Amaci: Líquido preparado de folhas sagradas, maceradas em água, deixando repousar durante sete dias. É destinado a banhar a cabeça dos médiuns. As folhas são do orixá chefe do templo e as de Ossain.


Amarrado: Estado do indivíduo atingido por vibrações maléficas, que prejudicam sua vida, seus negócios.


Amuleto: Objeto com finalidade protetora (poder passivo), que se traz pendurado ao pescoço, consigo na roupa, guardado no bolso, na bolsa ou em casa. Considera-se que tenha o poder de afastar os maus fluídos que trazem doenças, má sorte, morte, etc. Pode ser medalha, figura, inscrição ou objetos, dentro de um saquinho ou qualquer objeto “preparado”, para defesa, de qualquer material: pedra, marfim, madeira, metal, pano, etc.


Aparelho: Designa a pessoa que serve de suporte para a “descida” do orixá ou da entidade do médium(o mesmo que médium).


Aruanda: Céu; lugar onde mora os orixás e as entidades superiores.

Ajeum: Nome dado para as comidas votivas servidas dentro do terreiro.
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B


Babá: Termo que entra em grande número de palavras, com diferentes significados. No sentido de pai, compõe o nome de diferentes sacerdotes: Babalorixá; Babaojê; Babalaô; Babalossain; etc. Chefe feminino nos templos de umbanda; títulos de Orixá nos candomblés.


Babalorixá: Chefe masculino de terreiro; Sacerdote de candomblé; ou de umbanda (a umbanda também o usa = Babalaô). Denominado popularmente “pai-de-santo”, dirige tanto o corpo administrativo como o sacerdotal. Substitui o Axogum; pode colher as ervas sagradas. Orienta a vida espiritual da comunidade religiosa,significa(Pai no Culto ao Orixá).


Baixar: possuir por parte do orixá ou entidade, o corpo de um filho ou filha de santo,o mesmo que incorporar.


Banda: Lugar de origem de entidade.


Breve: Espécie de patuá; pequeno envelope de pano ou couro, contendo uma oração ou imagem de santo. Usado como proteção.


Burro: Termo usado pelos exus incorporados para designar o médium.
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C

Cabeça Maior: Pessoa de alta hierarquia no templo(dirigente espiritual).

Calunga Grande: Mar; oceano.


Calunga Pequena: Cemitério.


Capangueiro: Termo usado no sentido de companheiro.


Caricó: Templo, Terreiro.


Carregado: Pessoa que está com má vibrações espirituais, o que é demonstrado por mal-estar, medo sem causa, etc.


Caruruto: Charuto.


Casa das Almas: Pequeno cômodo com velas, cruzes. Alguns templos colocam a imagem de Obaluaiê.


Casa Limpa: Templo livre de más influências e de demandas.


Catimbozeiro: Termo para chefe de catimbó, no sentido de feiticeiro terrível.


Cavalo: Pessoa que serve de suporte para os orixás ou entidades. É o médium.


Cera dos Três Reinos: 1: Carnaúba; 2: Abelha; 3: Parafina. São empregadas para trabalhos de umbanda. 1: Reino Vegetal; 2: Reino Animal; 3 Reino Mineral.


Chefe de Cabeça: Entidade guia protetora do médium. Chefe de Falange: entidade espiritual muito evoluída. Já livre de reencarnação. Que serve como guia a um conjunto de espíritos também adiantados e vibrantes em uma mesma corrente espiritual.


Chefe de Terreiro: O mesmo que dirigente espiritual.


Chefe de Legião: Entidade de grande evolução espiritual, que “descem” nos terreiros, dentro de suas linhas ou correntes vibratórias.


Choque de Retorno: Ação de voltarem as más vibrações de um feitiço. Atingindo quem o fez ou encomendou.


Coité: Fruto do coitezeiro – seco ou partido com o meio pintado por dentro e por fora (cuia). Alguns usam coco, outros cabaça.


Compadre: Designação para Exu.


Consulta: Atendimento aos consulente para resolver seus problemas.


Cazuá: Terreiro, Templo, Local.
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D


Dar Firmeza ao Terreiro: Riscar ponto na porteira, sob o altar, defumar, cantar pontos, etc. São feitas antes de uma sessão, para afastar ou impedir a entrada de más influências espirituais.


Dar Passagem: Ato do orixá ou guia deixar o médium para que outra entidade nele se incorpore.


Dar passes: Até da entidade, através do médium incorporado, emitir vibrações que anulem as más influências sofridas pelos clientes, através de feitiço, olho gordo, inveja, etc. E que abrem os caminhos.


Demanda: Desentendimento, lutas entre orixás ou entidades,contra as forças inferiores.
Descarga: Ação de afastar do corpo de alguém ou de um ambiente, vibrações negativas ou maléficas por meio de banhos, passes, defumação, queima ou pólvora.


Descarregar: Livrar alguém de vibrações maléficas ou negativas.


Descer: Ato de orixá ou entidade incorporar.


Desencarnar: Ato do espírito da pessoa deixar o corpo – morrer.


Desenvolvimento: Aprendizado dos iniciados para melhoria de sua capacidade mediúnica; com a finalidade de incorporação de entidades. Não cair no chão, controlar o transe, etc.


Despachar: Colocar, arriar em local determinado pelos orixás ou entidades – guias, os restos de oferendas.


Despachar Exu: Enviar exu por meio de oferendas (de bebidas, comidas, cânticos ), para que impeçam que seres trevosos perturbem a cerimônia.


Despacho: Oferenda feita a exu com a finalidade de enviá-lo como mensageiro aos orixás e de conseguir sua boa vontade, para que a cerimônia a ser feita, não seja perturbada. Oferta feita por terreiros de Quimbanda com a finalidade de pedir o mal para alguém, geralmente colocado em encruzilhada. Oferenda a exu com finalidade de desfazer trabalhos maléficos. Colocação no mato, nos rios, etc. das oferendas votivas trocadas no templo por outras novas.
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E


Encarnação: Ato de vir um espírito à vida terrestre, tomando um corpo, ou voltar num corpo novo e continuar sua evolução espiritual.


Encosto: Espírito de pessoas mortas. Que se junta a uma pessoa viva, conscientemente ou não, prejudicando-a com suas vibrações negativas.


Encruza: Ritual realizado pelo dirigente espiritual antes do início das sessões e que consiste em traçar cruzes com pemba na testa, nunca no peito.

Encruza: Local onde habitam os exus; é o cruzamento dos caminhos, vias férreas, ruas, etc.


Engira: O mesmo que gira – trabalho – sessão.


Entidades: Seres espirituais na umbanda.


Escora: Pessoas que suporta os atabaques de espíritos obsessores sem ser prejudicados.


Espírito de Luz: Espírito muito desenvolvido, é superior, é puro.


Espírito sem Luz: Espírito inferior, pouco evoluído, apegado ainda à matéria.


Espíritos Obsessores: Espíritos sem nenhum desenvolvimento espiritual, que se apossam das pessoas, fazendo-as sentirem doentes, prejudicando-as em todos os sentidos.
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F


Falange: O mesmo que legião, conjunto de seres espirituais que trabalham dentro de uma mesma corrente (linha). Subdivisão das linhas de umbanda, cada uma com suas funções definidas e dirigidas por um “chefe” – espírito superior.


Fechar a Gira: Encerrar uma sessão ou uma cerimônia em que tenha havido formação de corrente vibratória.


Fechar a Tronqueira: Fechar o terreiro às más vibrações dos quiumbas, por meio de defumação e aspersão de aguardente nos quatro cantos do local onde se realizará o culto.


Feitiço: Irradiação de forças negativas, maléficas contra alguém, despacho, objeto que contém vibrações maléficas para atingir a quem tocar.
(Outra definição: Feitiço é você trabalhar em prol de um objetivo com elementos que alteram sua consciência e que te dão referências de que aquilo que você está fazendo vai dar certo. É claro que uma simples reza à luz de vela pode também ser considerada um feitiço. Não importa o que você usa, e sim como você usa o que você tem no momento. Objetos materiais são simples referências para dizer "estou fazendo um feitiço". Mas o que faz funcioná-lo é o modo como você trabalha a sua mente (é por isso que os grandes milagres na igreja acontecem. Orações e novenas, causam efeito porque a mente está em um trabalho contínuo em prol de um objetivo). Ter fé no que você faz é manter um pensamento positivo a acreditar em seus potencias.Copyright © 2001 Aengus Mac ind Óg).


Filho de Fé: Designação do médium iniciante ou não,também é a definição de médium de Umbanda.

Firmar: Concentrar-se para a incorporação.


Firmar Porteira: Riscar a entrada do templo, um ponto especial para protegê-lo de más influências ou fazer defumação na entrada, firmar = dar segurança.


Firmar Anjo da Guarda: Fortalecer por meio de vela de 7 dias acesa,com um copo dágua ou quartinha de louça branca sem asa,com água e uma pedra de cristal,sendo trocada a água sempre que a vela apagar.
Firmar Ponto: Cantar coletivamente o ponto (cântico) determinado pela entidade que vai dirigir os trabalhos para conseguir uma concentração da corrente espiritual.


Fluídos: Emanações positivas ou negativas, das forças cósmicas que podem ser manejadas por agentes espirituais para o bem ou para o mal.


Força Espiritual: Poderes e conhecimento que um médium tem quando em transe e quando as entidades que o protege têm. Grande poder, são fortes e importante no mundo astral. Força Espiritual provém dos Guias espirituais e Poder vem dos Sagrados Orixás.


Fundamentos: Leis de umbanda, suas crenças.


Fundanga: Pólvora.
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G


Gira: Sessão religiosa, com cânticos e danças para cultuar as entidades espirituais.


Gira de Caboclo: Sessão religiosa, o mesmo que gira; só que voltada única e exclusivamente para a linha de caboclo.


Guia: Colar ritualístico especial para cada entidade. Entidade espiritual, espírito superior. Alguns são o guia protetor do templo, outros do médium. Geralmente o guia do terreiro incorpora no dirigente espiritual do templo.


Guia de Cabeça: Orixá ou entidade principal do médium, seu protetor.


Guia de frente: È o guia espiritual que está de frente ao médium,sempre que ele esteja precisando de ajuda.
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H


Homem das Encruzilhadas: Exu.


Homem de Rua: Exu.
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I


Incorporação: Transe, possessão mediúnica.

Incorporar: Entrar em transe “receber” a entidade.
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L


Legião: Exercício de seres espirituais, o mesmo que falange. Conjunto de seres espirituais de grande evolução, conjunto de espíritos elementares (exus) em evolução.


Lei da Umbanda: A crença da umbanda e seus rituais,regras a serem seguidas no Geral.


Linha: Faixa de vibração, dentro da corrente vibratória espiritual. Um orixá também chamado protetor e que é chefe dos seres que vibram e atuam nessa faixa. Conjunto de falanges e que se subdivide uma faixa vibratória. Conjunto de representações (corporal, dança, cores, símbolos) e rituais (comidas, bebidas, dia da semana), etc.; de cada orixá ou entidade. Conjunto de cerimônias rituais de determinado tipo. Ex. linha de umbanda, linha branca, etc.


Linha Branca: Ritual visando unicamente o bem.


Linha Cruzada: Ritual com influência de duas ou mais procedências.


Linha das Almas: Corrente vibratória que congrega os espíritos evoluídos de antigos escravos africanos.


Linha de Cura: Ritual que se ocupa mais com a cura física e espiritual do adepto, do que com o culto às divindades.


Linha do Oriente: Congrega espíritos que viveram em povos do oriente.
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M


Macaia: Folhas sagradas. Local das matas onde se reúnem os terreiros.


Macumba: Antigo instrumento musical usado outrora nos terreiros afro-brasileiros. Nome que os leigos usam para denegrir a umbanda. Nome que os leigos usam para designar “despacho” de rua (pejorativo).


Madrinha: O mesmo que dirigente espiritual, Mãe de Santo, Babá sacerdotisa. Termo utilizado na Umbanda para designar à Entidade Espiritual e/ou Médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.


Mandinga: Feitiço, encantamento, também praga rogada em voz alta.


Manifestação: Incorporação, transe mediúnico.


Manifestar: Ato do ser espiritual incorporar-se em alguém, tomar conta do corpo de alguém.


Marafo: Aguardente, termo muito usado pelos exus.


Matéria: Corpo, Parte material do homem, a mais afastada da pureza espiritual.


Médium: Pessoa que tem a Faculdade Especial de servir de intermediário entre o mundo físico e espiritual. Termo do espiritismo, adotado pela umbanda.


Mesa Branca: Denominação dada as sessões de espiritismo Kardecistas.


Mironga: Segredo, mistério.
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O

Orixá Cruzado: Entidade pertencente às duas linhas.


Orixá de Cabeça: Orixá principal do médium.


Orixá de Frente: O mesmo que orixá de cabeça.
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P


Padrinho: dirigente espiritual, chefe de terreiro. Pai de Santo. Babalorixá. Termo utilizado na Umbanda para designar à Entidade Espiritual e/ou Médium que foi escolhido por um Filho de Fé para batizá-lo.


Parati: Aguardente.


Patuá: Amuleto que se leva pendurado ao pescoço ou pregado na roupa. Antigamente eram saquinhos de couro ou de pano, com boca amarrada com cordão metálico, junto a uma conta de vidro da cor da divindade protetora. Atualmente são de forma quadrada ou retangular, em couro natural ou sintético, mas cores rituais, contendo Figas de Guiné, Búzio, Estrela de Salomão, etc; ou pedaços de ervas as vezes orações. PA =erradicar doenças, antídoto, TU = propiciar, WA = viver, existir (viver, sem doenças).

Pemba:(giz)que serve para que os guias espirituais risquem os pontos,cruzem os médiuns´-elemento mineral feito de gesso e calcário.

Perna de Calça: Significado homem na linguagem de exu e pretos velhos.


Pito: Cachimbo (pretos-velhos),cigarro de palha,cigarros,etc...


Ponteiro: Pequeno punhal utilizado em magias e diversos rituais.


Ponto Cantado: Letra e melodia de cântico sagrado, diferente para cada entidade. É uma prece evocativa cantada que tem por finalidade atrair as entidades espirituais, homenageá-las. Quando chegam e despedi-las quando devem partir. Assim os pontos podem ser apenas de louvor ou cantados com finalidades rituais durante determinadas cerimônias.


Ponto de Abertura: Cântico de abertura de uma sessão.


Ponto de Chamada: Cântico que invoca as entidades para virem aos templos.


Ponto de Defumação: Cantado enquanto é feita a defumação do ambiente e dos presentes.


Ponto Riscado: Desenho formado por um conjunto de sinais cabalísticos, que riscado com pemba ajuda a chamar a entidade ao mundo terreno. Quando riscado pelo médium incorporado identifica a entidade.


Porteira: Entrada do templo.


Povo da Encruza: Exus.


Povo de Rua: Exus.


Preceito: Determinação. Prescrição feita para ser cumprida pelos fiéis,resguardo energético(não beber,não ter relações sexuais,não comer carne vermelha,manter os pensamentos positivos),antes dos trabalhos espirituais.

Puxar o Ponto: Iniciar um cântico. É geralmente feito por um ogã.
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Q

Quartinha: Vasilha de barro ou de louça- Com alças é para feminino, sem abas orixá masculino.


Quebrar as Forças: Neutralizar o poder de qualquer feitiço, seja para o bem ou para o mal.


Quimbanda: Linha ritual da umbanda que pratica a magia negra. Essa linha é assim chamada pelos umbandistas da “Linha Branca” pois os praticantes se dizem apenas umbandistas. A Quimbanda, influenciada mais diretamente pelos negros Bantus, Angolas, Cambindas, Benguelas, Congos, Moçambiques, etc. Cultua os mesmos orixás e entidades que a umbanda “branca” mas trabalha principalmente com exus que são considerados espíritos desencarnados. Havendo entre eles os exus em evolução e os quiumbas, mediante encomenda, realizam ou desmancham feitiços. Visando favorecer ou prejudicar determinadas pessoas, geralmente os terreiros de quimbanda chamada macumba para os leigos tem as mesmas características dos da linha de umbanda. Há congas com imagens de santos católicos representativos de orixás, imagens de caboclos e de pretos velhos tendo os exus (ou o exu chefe do terreiro) altar à parte, dentro do salão. As giras de exu são freqüentes na linha da umbanda são raras. Realizadas a partir da meia noite de 6a. feira. Exus e pombas giras danças, fumam charutos ou cigarrilhas, bebem marafo, dizem gentilezas ou palavrões aos assistentes e dão consultas, sobre saúde ou problemas pessoais. A cortina do conga fica fechada. A quimbanda cultua muito Omolu, orixá ligado a terra e à morte. No cemitério é feita uma parte da iniciação de muitos quimbandeiros, devendo o iniciado, deitar algumas horas sobre um túmulo entre velas e cantigas do dirigente e iniciados do terreiro, tendo de cumprir antes e depois diversas obrigações, as roupas em geral são as mesmas da linha da umbanda, havendo porém muito uso do vermelho e preto, cores de Exu e de Omolu. São muitos usados em trabalho com pólvora, pós e ervas mágicas, galos e galinhas pretas. Os despachos são colocados em encruzilhadas em cruz (machos), ou em T (fêmea) com velas, flores e fitas vermelhas em alguidares. Não sendo negativos todos os despachos de rua. Há caboclos e pretos velhos que incorporam na quimbanda, dando consultas em giras separadas dos Exus.


Quiumbas: Espíritos atrasadíssimos. São obsessores apossam-se dos humanos ou “encostam-se” neles, dando-lhes idéias obsedantes de doença, males suicídios, etc. São ainda mistificadores, fazendo-se passar por espíritos mais elevados. Chamados também “rabos de encruza”, estão no sétimo e último plano da hierarquia espiritual sendo vigiados e controlados pelos exus.
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R


Rabo de Saia: Mulher na linguagem dos pretos velhos e exus.


Receber: Dar informação a entidade espiritual, entrar em transe.


Receber Irradiação do Guia: Entrar em meio transe ou comunicar-se de algum modo com uma entidade superior.


Riscar Ponto: Sinais cabalísticos que representam determinadas entidades espirituais e que possuem poderes de chamamento das mesmas ou lhe servem de identificação.
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S


Sessão de Umbanda: Cerimônia, rituais geralmente com a finalidade de cura física e espiritual. Por meio de guias, após dança e toques, com o uso do ponto cantado e riscado, pólvora, aguardente, defumações. Também sessão de desenvolvimento, de aprendizado e aperfeiçoamento dos médiuns, sessões festivas, públicas, com toque de atabaque e danças.
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T


Tomar Passe: Receber das Mãos dos médiuns em transe vibrações da entidade, as quais retiram do corpo da pessoa os males provocados por vibrações negativas, provenientes de mau olhado, encosto, castigo das entidades, etc. Tuia: Pólvora.

Toco :Vela.




Fonte: Jornal Umbandista Irmãos de Fé.