sexta-feira, 16 de novembro de 2012

AMACI abre a mente, os sentidos, o espirito e a alma


 
Axé a todos! A Umbanda é realizadora e transformadora por excelência. É uma religião que nos aproxima do Sagrado e que permite adentrarmos em nós mesmos para assim, de forma mais verdadeira e intensa, nos colocarmos à “disposição” do próximo, seja ele encarnado ou desencarnado.
Simbolicamente, o médium deve se considerar uma ferramenta usada pelo Divino em favor do Outro, da Comunhão e da Paz, um instrumento que deve e merece “reparos periódicos” para que não se perca a qualidade do trabalho manifestado, para que as engrenagens não enferrujem, para que as juntas não atrofiem, para que a maleabilidade não resseque e para que o molejo não se enrijeça.
Envolto em toda essa grandiosidade, um dos rituais mais potentes quando pensamos em “reparos periódicos”, é o que chamamos de AMACI.
AMACI vem da palavra ‘amaciar’, ‘tornar receptivo’, é um ritual, uma espécie de iniciação que todos os médiuns umbandistas, iniciantes ou não, devem, pelo menos uma vez ao ano, passar.
É um liquido preparado com folhas e águas sagradas escorado por alguns fundamentos específicos da Umbanda e que tem como objetivo a lavagem da cabeça/coroa do médium.
Nesse contexto, o Amaci ‘despertar’ as faculdades nobres do médium que ainda estão adormecidas, descarrega e apazigua o chacra coronário (centro de recepção espiritual Superior) e ainda liga/religa o médium ao Orixá, fazendo com que ele tenha a Sua vibração e energia interiorizada em seu espírito, mente e coração.
Receber o Amaci é entrar em contato direto com o Poder do Orixá, é um momento de grande emoção e que deve estar enredado pela reverência, amor, devoção, lealdade e comprometimento para com o Orixá, a Umbanda e o Plano Espiritual.
É o momento em que o médium se coloca diante do Sagrado como ‘Filho de Orixá’, que abaixa sua cabeça em respeito e em saber à Superioridade Divina. Ocasião em que o médium deve se ajoelhar e deixar a voz do coração dizer: (… nome Orixá…), estou aqui! Estou aqui de joelhos me reverenciando diante de sua Força Sagrada e pedindo que me acolha em seu “colo” Divino. Estou pedindo que me receba como seu filho (… nome Orixá…) e me ampare como espírito. Sim, me entrego! Me entrego de corpo e alma, consciente e convicto de que é a Lei de Pemba que me ajuíza e que é a Lei de Umbanda que me sustenta.
(… nome Orixá…), que seu Poder se manifeste em mim e através de mim. Que suas Forças sejam as minhas forças. E que seu Amor Divino e Incondicional envolva minha mente, meu coração e minha alma para que eu O manifeste através de minhas palavras, pensamentos e ações…
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E ainda com o coração batendo forte, o médium deita-se sobre a esteira de palha aos pés de seu Pai Espiritual e recebe o Amaci. Água cheirosa que ao escorrer pelo rosto se mistura com as lágrimas numa junção de fé, sagrado e pertencimento.
Sim! Agora o médium não está mais sozinho. Agora ele “pertence” ao Orixá, ao Poder Realizador que em forma de Divindade o acolherá em todos os momentos.
É um ritual fundamental para uma verdadeira e segura caminhada espiritual dentro dos fundamentos da Umbanda. É um cerimonial único e divino que quando bem orientado e bem realizado, o médium perceberá as mudanças que acontecerão em sua vida espiritual, consequentemente em toda sua vida.
Reconheçamos, esse ritual é mais uma benesse para o médium que qualquer outra coisa. É uma firmeza espiritual que ainda permite o médium, caso deseje ou seja necessário, mudar de terreiro sem qualquer dano. Portanto, não é e não propicia fechamento de portas, pelo contrário, abre nossa mente, nossos sentidos, nosso espirito e nossa alma para que a Aruanda se instale dentro de nós e que construa um futuro de Paz, Alegria, Bondade, Crença e muito, muito AXÉÉÉÉ.
Por fim, que tal aproveitar o mês de outubro, mês que para muitos É d’Oxum para realizar e receber o Amaci, afinal, as águas, a amorosidade, a força e a sensibilidade de Oxum são únicas e especialmente condutora e concededora.
Axéééé  a todos, que Oxum acalente nossos corações. Hoje e sempre!

FONTE: http://www.minhaumbanda.com.br

ELEMENTOS E RITUAIS NA UMBANDA.

A PEMBA - por Rubens Saraceni

A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos, e ela pode ser usada de várias formas, tais como:
-Para riscar pontos cabalísticos;
-Para cruzar os filhos de fé;
-Para pós purificadores;
-Para limpa pessoas;
-Para cruzarem imagens ou outros objetos;
-Para assentamentos;
Pemba significa e é um elemento mágico mineral.
A confecção das pembas acontece desta forma: um mineral, tipo calcário (um gesso - Gipsita) branco é moído e coado, depois é moldado em formas ovais que lhe proporcionam fácil manuseio e boa resistência, não sendo muito duro nem muito mole.
A pemba ideal é aquela que risca facilmente sem esfarelar-se.
Os guias espirituais gostam de riscar pontos cabalísticos quando vão trabalhar. Cada um com seu próprio ponto, raramente repetido por outros guias, ainda que alguns símbolos, signos e ondas sejam comuns.
Porém, sempre vemos diferenças entre os pontos de guias pertencentes a uma mesma linha ou corrente de trabalho espiritual.
As pembas podem ser consagradas ou não, tudo depende da orientação dos guias espirituais.

A) Uma consagração simples:
Pode ser feita por todos os médiuns e se processa desta forma:
1. Risca-se um círculo, firmam-se sete velas coloridas sobre ele e uma vela branca no centro.
2. Colocam-se as pembas brancas ou coloridas (menos a de cor preta) dentro dele.
3. Evoca-se Deus e os sagrados orixás, pedindo-lhes irradiação sobre aquele círculo e a imantação das suas vibrações divinas sob as pembas ali colocadas. Que as consagrem para serem usadas segundo as necessidades dos guias e dos médiuns (para riscarem pontos, cruzarem pessoas, fazerem pós específicos, tornando-as condensadoras e anuladoras de energias negativas etc.).
Após a queima das velas, devem ser recolhidas as pembas já consagradas pelos sagrados orixás e guardadas em uma caixa ou envolvidas em tecidos com suas respectivas cores, só voltando a manuseá-las quando forem usadas.
Esta forma de consagração é a mais simples de ser feita. Sendo realizada dentro do congá ou na casa do médium, em um local adequado.

As Ervas e sua Utilização
Por Alexandre Cumino

Defumação
A defumação consiste no ato de queimar ervas e resinas aromáticas no carvão em brasa, o que é feito dentro de um turíbulo (defumador), aonde as ervas e resinas exalam seu aroma e essência no ar. È uma prática milenar usada em todas as culturas, alguns utilizavam a queima direta em piras e fogueiras.
O uso ritualístico, ancestral, da defumação tem a finalidade de promover a limpeza astral de ambientes e pessoas. Aqui ressaltamos a importância de seus elementos para a queima de larvas e miasmas astrais, bem como a purificação das energias negativas. Podemos utilizar muitas ervas e resinas diferentes, dependendo dos objetivos propostos, pois é ato magístico-religioso, onde associamos as qualidades, “propriedades”, que a erva ou resina possui com as que desejamos adquirir. Para fazer sua defumação em casa, muna-se de um turíbulo (defumador) colocando carvão para queimar dentro do mesmo (tomar cuidado com o álcool e evitar o manuseio perto de crianças), quando já estiver em brasa despeje aos poucos as ervas e resinas aromáticas. Ofereça às divindades guardiãs dos reinos vegetais e peça para que através desta defumação as pessoas possam ser limpas e descarregadas, assim purificando todas as energias negativas que se encontram em seus corpos astrais. Manuseie seu defumador de forma que a “fumaça aromática” envolva as pessoas a serem limpas e purificadas na defumação.
Lembre-se que na defumação utilizamos ervas secas.

As resinas
A Mirra, o incenso e o beijoim são resinas aromáticas (seiva natural), milenarmente conhecidas e utilizadas ritualisticamente dentro de quase todas as tradições religiosas.
Dentre as suas diversas utilidades a mais tradicional e conhecida é defumação. Todas estas três resinas têm a capacidade de agir em nosso campo astral e mediúnico sutilizando-o e desagregando energias negativas, por esta razão as mais antigas tradições religiosas se utilizavam e ainda utilizam delas, são usadas também para facilitar o contato espiritual. Pela sua alta capacidade de volatilização e por sua qualidade potencializadora são muito utilizadas em conjunto com ervas secas já direcionadas para os campos aos quais estas atuam.

Banhos de limpeza astral
A exemplo da defumação os banhos de ervas também são excelentes para limpeza de nosso corpo astral assim como nosso corpo material também é limpo das impurezas e estimulado pela essência vegetal, aqui nós impregnamos com a força e propriedade das ervas.
Nós utilizamos ervas frescas ou secas para o banho, preparadas como um chá, apagando o fogo assim que começa a ferver e deixando, enquanto esfria um pouco, a água absorver o elemento vegetal. Após o banho normal de higiene, despejamos aos poucos o “banho de ervas”, do pescoço para baixo, entoando nossos pedidos ao Criador e às Divindades. Após, deixe que a essência vegetal seja absorvida por um minuto, enxugue-se normalmente e aproveite este contato com a natureza.

Banhos na Natureza
Os banhos feitos na natureza, de cachoeira ou mar, também são excelentes para desagregar energias enfermiças localizadas nos órgãos do corpo etérico. Tem na natureza energia e magnetismo que limpa e sutiliza nosso corpo energético (nos sentimos mais “leves”) expandindo nosso aura, a energia salina do mar “queima” as larvas e miasmas astrais.

As ervas
A seguir daremos uma sequência de ervas com suas características e qualidades a serem trabalhadas ritualisticamente nos banhos e ou defumações.
Arruda (Ruta graveoleos)– Ótimo protetor astral, desagrega as larvas astrais e energias enfermiças. Quebra as formações energéticas negativas, resultantes das egrégoras de pensamentos negativos e atuações do baixo astral.
Alecrim (Rosmarinus officinalis) – Desagrega energias enfermiças, limpa e purifica ambiente criando uma “esfera” de proteção, boa contra obsessão e afasta a tristeza.
Alfazema (Lavandula augustifolia ou Vera) – Ajuda a equilibrar nossas energias, limpa e purifica o ambiente trazendo a paz e harmonia.
Anis estrelado (Illicium verum)– Atua melhorando nosso humor, desperta a intuição, torna o ambiente agradável e desagrega energias negativas
Absinto – Losna (Artemisia absinthium) – Em banhos, desagrega fluidos negativos. Na defumação afasta influencia negativa.
Alho (casca) (Allium sativum)– desagrega as energias negativas de ordem sexual , protege contra influencias negativas e purifica o ambiente
Artemísia (Artemísia Vulgaris) – Quebra as egrégoras de pensamentos negativos e traz proteção
Bambu (Oxytenanthera abyssinica) – contra influencias negativas
Botões de flor de laranjeira – Para o amor
Camomila (Matricaria chamomilla) – Calmante, contra depressão e ansiedade
Cana de açúcar (palha e bagaço) – Dá força e vigor para enfrentar as situações do dia a dia
Canela (Cinnamomun zeylanicun Ness) – Condensador de fluidos benéficos, destrói miasmas astrais, afrodisíaco e atrai a prosperidade. Cebola (casca) – desagrega energias negativas de ordem sexual, afasta fluidos indesejados.
Capim limão / Capim Santo (Cymbopogon citratus) – Bom para acalmar e trazer bons fluidos
Cravo (Syzygium aromaticum)– Afrodisíaco, estimulante, aumenta o magnetismo pessoal e atrai a prosperidade.
Eucalipto (Eucalyptus globulus labill) – Desagrega as energias negativas e enfermiças, renova nossas energias, equilibra o emocional.
Erva Doce (Pimpinella anisum) – Acalma e harmoniza o ambiente, desagregando energias enfermiças e nocivas
Girassol (folhas) – Excelente condensador de fluidos positivos e ajuda a aguçar a intuição
Guiné (Petiveria alliacea) – Quebra formas pensamento baixas e ajuda na comunicação com os bons espíritos. Bom contra obsessões de natureza sexual
Hortelã (Mentha piperita) – Bom para proteção e contra o desanimo Ipê amarelo – para harmonizar ambientes
Laranja (flor, folhas e casca) – Estimula o amor nos tornando mais atraentes, também torna o ambiente mais agradável e “leve”.
Levante – Bom para proteção e abertura de caminhos
Limão (casca) – Queima os fluidos negativos e enfermiços arrancando
Lírio – bom para nos tornar mais puros simples e humildes, estimula nosso lado compreensivo e amoroso.
Louro (Laurus nobilis) (a folha do sacerdote) – Excelente para aguçar a intuição e para a prosperidade
Maçã (folhas, flores e casca) – Desperta nossa sensibilidade ao amor e aumenta nosso poder magnético de atrair o que nos agrada. Malva (Malva parviflora) – Acalma e desperta a sensibilidade
Manjericão (Ocimun basilicum)– Ótimo para tirar as energias negativas, trazer vida ao ambiente e as pessoas, aumenta o magnetismo pessoal, atua contra a depressão e ansiedade.
Maracujá (Passiflora alata dryand) (flor) – Para fortalecer nossos laços de amizade
Melissa (Melissa oficinallis) – Acalma os ânimos nos tornando mais alegres, limpa e sutiliza o corpo astral
Morango (folhas e fruto) – Desperta o prazer em todos os sentidos
Noz-Moscada – Aguça a intuição, ajuda na comunicação astral e é boa para a prosperidade.
Poejo – Ótima para proteção e para acalmar os ânimos
Pitanga (Eugenia uniflora) (folhas) – Prosperidade e proteção
Patchuli (Pogostemon patchouly) – Bom para amor, prosperidade e intuição fortalecendo o magnetismo pessoal Salsa – Usada para a proteção afasta a negatividade
Salvia (Salvia officinalis) – considerada a erva da saúde serve para limpeza, proteção e intuição
Rosa Branca – Desperta o amor e espiritualidade
Rosa vermelha - Desperta a paixão Rosa cor de rosa – Desperta o amor maternal, filial e fraternal.
Romã (casca e flores) – Utilizada para a prosperidade e protege contra as emanações provindas de inveja e ódio
Orquídea – Desperta a libido

Obs: Ao trabalhar com as essências das ervas, banhos ou defumação, estamos entrando em um universo vegetal que vai além da matéria. Assim, como não somos apenas carne e as divindades não são apenas arquétipos, as plantas também possuem um “espírito vegetal” que as anima e tem seus respectivos gênios e divindades guardiãs responsáveis pela força vegetal. Portanto ao trabalhar com ervas entre em contato com estes espíritos, gênios e guardiões vegetais pedindo sua licença e sua força para realizarmos nossa tarefa. Dentro do conceito de divindades podemos recorrer a Oxossi como Guardião do reino vegetal e Ossain como gênio deste reino e da cura pelas ervas.

Receitas de Banhos e Defumação

Para depressão e purificar a aura:
Salsinha, aniz estrelado e alecrim.

Acabar com os males e desagregar energias negativas:
Banho de cerveja

Prosperidade financeira:
Salsinha com noz moscada

Para ajudar no comércio:
Alecrim, abre-caminho, hortelã, levante, girassol, cana, açúcar mascavo. Fazer banho, defumação e passar no chão do escritório ou loja.

Banho para o amor:
Aniz estrelado, calêndula, rosa vermelha, pathuli, malva branca e jasmim.

Banho para atrair a sorte: Milho de galinha, abre-caminho, café e açúcar mascavo.

Defumação de prosperidade:
Noz moscada, cana, insenso, folha de louro, canela em pó,aroz com casca e alfazema.

Purifica o espírito e fortalece o mental:
Levante, alecrim e hortelã.

Bom para a saúde, ajuda a fortalecer pessoas debilitadas:
Banho de leite com levante (feito as terças e quintas feiras)

Para Prosperidade:
Pó de café, açúcar, louro, manjericão, folha de pitanga, hortelã.

Para descarga forte:
Folhas de eucalipto, casca de alho, palha ou bagaço de cana (seco), folha de bambu, folha de pinhão roxo.

Para descarga de energias sexuais densas:
Cravo, canela, casca de alho roxo, erva-doce, casca de limão

Para cansaço ou depressão:
(Respirar bastante) sementes de girassol, semente de imburana, anis estrelado.

Contra a insônia:
Pétalas de rosa, Erva-sândalo, Hortelã e cravo da Índia

Descarrego de energias pesadas:
Manjericão, Alecrim, Mirra, Alfazema e Arruda.

Para afastar a obsessão e alcoolismo:
Alho, salsão, arruda, guiné, espada de São Jorge, folha de fumo, folha de mangueira, levante e cipó mil-homens.

Para abrir caminhos:
Açucena, agrião, angico, aroeira e espada de São Jorge.

Para ajudar no desenvolver da espiritualidade:
Jasmim, anis estrelado e alfazema


DESCARGAS
Por Ruben Saraceni

As descargas ou "descarregos" significa afastar determinadas perturbações espirituais ou obsessões que estão atuando sobre uma pessoa, uma residência, uma casa de comércio ou até mesmo contra os médiuns de um templo de Umbanda.
A pólvora é um dos elementos mais usados em um descarrego, quando é riscado um ponto mágico com ela e é ateado fogo. Com a queima da pólvora acontece uma explosão e um deslocamento de energia que penetra no campo magnético da pessoa, desagregando cascões astrais, queimando acúmulos de energias e possíveis espíritos perturbadores. A quantidade de pólvora deve ser pouca e têm que ser cuidadosos na hora de sua queima, senão pode acontecer de alguém se queimar. Uns fazem buchas de pólvora e ateiam fogo numa ponta do papel. Já outros riscam algum ponto cabalístico específico e colocam um pouco, uma colher de chá de pólvora em cima de algum dos riscos, queimando-a em seguida.
Enfim, várias são as formas de se usar os “pontos de fogo”, sempre para descarregar uma pessoa, uma residência, etc.
Recomendação: só usem os pontos de fogo caso saibam como fazê-lo. E antes, firmem vosso Orixá, vosso Mentor e vosso Exu guardião, pois aí sim, estarão protegidos durante a descarga, e de possíveis reações ao choque que o outro “lado” receberá.
Mas há outros tipos de descargas ou descarregos, e alguns são feitos com pipoca; outros com folhas de ervas específicas, quando são feitos os sacudimentos; banhos de mar e de cachoeira, dentro de todo um ritual, também realizam descargas nas pessoas.
Enfim, há todo um universo a ser conhecido neste campo magístico, que recomendamos que estudem, colocando em prática aqueles recursos que mais os atrair.

As Cores de Colares, Braceletes, Pulseiras, Anéis, Tiaras, etc.
Texto extraido do Livro " Formulário de Consagrações Umbandistas" Editora Madras /Rubens Saraceni

Os Colares ou " Guias" Consagrar uma guia, como são chamados os colares dentro da Umbanda, é um procedimento correto, pois somente ele estando consagrado poderá ser usado como protetor ou instrumento mágico nas mãos dos guias espirituais. O procedimento regular tem sido o de lavá-los (purificação), de iluminá-los com velas (energização) e de entregá-los nas mãos dos guias espirituais para que sejam cruzados (consagração). Eventualmente são deixados nos altares por determinado número de dias para receber uma imantação divina que aumenta o poder energético deles. Os guias espirituais sabem como consagrá-los espiritualmente, imantando-os de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos para ser usados pelos médiuns como filtros protetores ou pelos seus guias como instrumentos mágicos, ainda que só uma minoria dos guias os utilize efetivamente com essa finalidade e a maioria os prefira como pára-raios protetores ou descarregadores das cargas energéticas negativas trazidas para dentro dos locais de trabalhos espirituais pelos seus consulentes.
Os procedimentos consagratórios dos colares usados pelos umbandistas têm sido estes e poucos têm mais alguns outros. Eles têm ajudado os médiuns durante seus trabalhos e auxiliado os consulentes a se proteger das pesadas projeções fluídicas que recebem de pessoas ou espíritos no dia-a-dia. Mas esses cruzamentos ou consagrações, com finalidades específicas e com imantação espiritual, são apenas o lado aberto ou exotérico e, numa escala de 0 a 100, só obtêm 10% do poder dos mesmos objetos que, se forem consagrados internamente ou receberem uma consagração completa, terão 100% de poder.
Normalmente, consagram-se ou cruzam-se colares a pedido dos guias espirituais e cada linha tem suas cores específicas, iguais às dos seus orixás regentes. Como algumas cores mudam conforme a região, então eventuais alterações de cores impedem a uniformização da identificação dos orixás simbolizados nos colares usados pelos médiuns. Na confecção dos colares, algumas regras devem ser seguidas:
1ª — Os colares dos orixás costumam ser de uma só cor.
2ª — Há algumas exceções (Obaluaiê = preto-branco), (Omolu = preto-branco-vermelho), (Nanã = branco-lilás-azul-claro), (Exu = preto-vermelho; preto; vermelho), (Pombagira = vermelho; preto e vermelho; dourado).
Enfim, há certa flexibilidade no uso das cores dos colares consagrados aos orixás na Umbanda. E isso se deve ao fato de que eles, na verdade, irradiam-se em padrões vibracionais diferentes e em cada um mudam as cores das energias irradiadas. Então, não podemos dizer que estão erradas as cores usadas na Umbanda. Apenas cremos que deveríamos padronizá-las e não recorrer ao uso individual delas. Também não deveríamos adotar as cores usadas em outros cultos afros.

— O uso de "quelê" também não deve ser adotado pelos umbandistas pois é privativo do Candomblé.

— "Quelê" é um colar curto, feito de pedras trabalhadas; é mais grosso que o normal e usado ao redor do pescoço, indicando que a pessoa é uma iniciada no seu orixá em ritual tradicional e só dele. Portanto, o seu uso não deve ser copiado, pois não é um colar umbandista.

Para a Umbanda, vamos dar as cores mais usadas ou aceitas pela maioria:
• Oxalá = branca
• Nanã = lilás
• Iemanjá = azul-leitoso
• Omolu = branco-preto-vermelho
• Ogum = vermelho
• Obaluaiê = branco-preto
• Xangô = marrom
• Exu = preto e vermelho
• Iansã = amarelo
• Pombagira = vermelho
• Oxum = azul-vivo
• Oxóssi = verde
• Obá, Oxumaré, Oiá-Tempo e Egunitá não são cultuados regularmente.
Como na Umbanda não são cultuados regularmente, alguns orixás foram incorporados por nós, pois ocupam pólos energo-magnéticos nas Sete Linhas de Umbanda. Então vamos dar as suas cores:
• Egunitá = laranja
• Oiá-Tempo = fumê
• Obá = magenta
• Oxumaré = azul-turquesa

Só que há um problema porque não são fabricadas regulamente contas de cristais ou de porcelanas nessas cores. Por isso, recomendamos que os umbandistas passem a usar colares de pedras naturais sempre que possível, porque só eles (e todos os elementos naturais) conseguem absorver e segurar as imantações divinas condensadas nas suas consagrações "internas". Contas e outros objetos artificiais ou sintéticos, produzidos industrialmente, não são capazes de reter as imantações poderosas dessas consagrações internas. Então, aqui há uma relação das pedras dos orixás:
• Oxalá = quartzo transparente
• Oiá-Tempo = quartzo fumê
• Oxum = ametista
• Oxumaré = quartzo azul
• Oxóssi = quartzo verde
• Obá = madeira petrificada
• Xangô = jaspe marrom
• Egunitá = ágata de fogo
• Ogum = granada
• Iansã = citrino
• Obaluaiê = quartzo branco e turmalina negra
• Nanã = ametrino
• Iemanjá = água-marinha
• Omolu = ônix preto — ônix verde
• Exu = ônix preto — hematita — turmalina negra
• Pombagira = ônix — ágata

Obs.: Outras pedras podem ser usadas, pois a variedade de espécies é grande, assim como é a de cores em cada espécie, certo? Agora, com as linhas de trabalhos formadas por guias espirituais, a coisa complica porque tudo depende das energias manipuladas por eles e pelos mistérios nos quais foram "iniciados" e que ativam durante seus atendimentos aos consulentes.
— Para a linha dos Baianos, recomendamos o uso de colares feitos de coquinhos.
— Para a linha das Sereias, recomendamos os colares feitos de conchinhas recolhidas à beira-mar.
— Para a linha dos Boiadeiros, recomendamos colares feitos de "jaspe leopardo".
— Para a linha das Crianças, recomendamos colares de quartzo rosa, de ametista, de água-marinha e quartzo branco.

Quanto aos colares para descarga, recomendamos que tenham grande variedade de espécies de pedras naturais, de porcelana de cristais industriais, de sementes, etc. No capítulo seguinte, comentaremos com detalhes fundamentais os colares de descarga. Um colar é em si um círculo e é um espaço mágico poderoso, se for consagrado corretamente. Então, supondo que os seus colares tenham sido consagrados corretamente, vamos aos comentários necessários para que você comece a usá-los com mais respeito e trate-os como objetos sacros de sua religião: a Umbanda.
Nós sabemos que não existem comentários sobre os muitos tipos de espaços-mágicos usados pelos praticantes de magia. Sabemos que usam o triângulo; o duplo triângulo entrelaçado, o pentagrama, etc, mas também que seus fundamentos ocultos ou esotéricos não foram revelados ou comentados por nenhum autor umbandista até a publicação do nosso livro A Magia Divina das Velas (Madras Editora), no qual comentamos superficialmente os espaços mágicos formados por velas. Bem, o fato é que o círculo é um espaço mágico, e um colar é um círculo, ainda que maleável, pois se movimenta ao redor do pescoço da pessoa que o está usando. Por isso, chamamos os colares de círculos maleáveis. E, por ser um espaço mágico fechado, se devidamente consagrado, é um espaço mágico permanente e que "trabalha" o tempo todo recolhendo e enviando para outras dimensões ou faixas vibratórias as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário. Como ele é um círculo, então o espaço mágico formado dentro dele é multidimensional e interage com todas as dimensões, planos e faixas vibratórias, enviando para eles as cargas energéticas projetadas contra o seu usuário.

• Ele interage com as dimensões elementais.
• Ele interage com as dimensões puras.
• Ele interage com as dimensões bielementais.
• Ele interage com as dimensões trielementais.
• Ele interage com as dimensões tetraelementais.
• Ele interage com as dimensões pentaelementais.
• Ele interage com as dimensões hexaelementais.
• Ele interage com as dimensões heptaelementais.


A ROUPA BRANCA
Extraído do site http://umbandadejesus.blogspot.com

E, quando o seu usuário o coloca no pescoço, ele começa a puxar para dentro do espaço mágico (que é em si) as irradiações projetadas desde outras faixas vibratórias negativas, dimensões ou planos da vida, recolhendo-as e enviando-as de volta às suas origens. Os guias espirituais, quando consagram colares para os seus médiuns ou para os consulentes, para serem usados como protetores, imantam esses colares com uma vibração específica que os tornam repulsores ou anuladores de projeções energéticas negativas, mas não os tornam espaços mágicos em si porque, para fazerem isso, teriam de ir a locais específicos da natureza e, ali, abrir campos consagratórios também específicos e imantá-los com as vibrações divinas dos seus orixás correspondentes, dotando-os de poderes mágicos multidimensionais. Mas, como os fundamentos consagratórios internos estavam fechados ao plano material até agora, então eles faziam isso de forma velada quando seus médiuns iam oferendá-los, ou aos orixás, nos campos vibratórios na natureza. Os guias espirituais sempre respeitaram o silêncio sobre a consagração interna e sempre fizeram o que tinham de fazer de forma que os seus médiuns não percebiam que, ao tirarem os colares do pescoço, trabalhando-os na verdade estavam imantando-os com as vibrações elementais e divinas existentes nos pontos de forças da natureza.
Então, agora você já sabe que o seu colar de cristais, porcelana, sementes, dentes, etc. não é só um adereço de enfeite ou identificador dos seus orixás ou de seus guias espirituais, mas que, se corretamente consagrado, é um espaço mágico circular, certo? E também sabe que, se for confeccionado com elementos colhidos na natureza, é mais poderoso que os feitos com elementos artificiais ou industrializados.

Dentre os principios da Umbanda,um dos elementos de grande significancia e fundamento,é o uso da roupa branca.A cor branca é um dos maiores simbolos de unidade e fraternidade ja utilizados.A roupa branca transmite a sensação de assepsia,calma,paz espiritual,serenidade e outros valores de elevada estirpe.A cor branca contem dentro de si todas as demais cores existentes.Portanto,a cor branca tem sua azão de ser na Umbanda,pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é capitaneada por Orixás,sendo que Oxalá,que tem a cor branca como representação,supervisiona os Orixás restantes.A roupa branca usada pelos médiuns,não dará oportunidade às pessoas que adentram um terreiro,etc...de saber qual o nível social,cultural,intelectual dos médiuns que fazem parte do mesmo,pois o branco significa IGUALDADE.Essa roupa branca,é a vestimenta para a qual devemos dispensar muito carinho e cuidado.Devem ser conservadas limpas,bem cuidadas,devem estar sempre longe do contato direto com as forças deletérias,devem estar dentro do vestiario do terreiro ou em casa sendo lavadas.Quando essas roupas ficam velhas,estragadas,jamais deve-se jogar fora ou dar,deverá ser despachada,pois trata-se de um instrumento de trabalho do médium.Nunca se deve vir vestido de casa,e sim, vestir suas roupas brancas,pois se voce vai trabalhar sem o banho e com roupas que andou pelas ruas,tento o médium quanto as roupas estão impregnados de cargas fluidico-magnéticas negativas,que por conseguinte interferema no campo aurico e perispiritual do médium.Portanto,tomar o banho e vestir as roupas brancas é de grande importancia.Além disso,o branco é uma cor relaxante,que induz o psiquismo à calma e à tranquilidade.
Em 16 de novembro de 1908, data da anunciação da Umbanda no plano físico e também ocasião em que foi fundado o primeiro templo de Umbanda, Tenda Espírita Nossa Senhora da Piedade, o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade anunciadora da nova religião, ao fixar as bases e diretrizes do segmento religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os sacerdotes (médiuns) utilizariam roupas brancas. Mas, por quê?.Teria sido uma orientação aleatória, ou o reflexo de um profundo conhecimento mítico, místico, científico e religioso da cor branca? No decorrer de toda a história da Humanidade, a cor branca aparece como um dos maiores símbolos de unidade e fraternidade já utilizados. Nas antigas ordens religiosas do continente asiático, encontramos a citada cor como representação de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade superior. As ordens iniciáticas utilizavam insígnias de cor branca; os brâmanes tinham como símbolo o Branco, que se exteriorizava em seus vestuário e estandartes. Os antigos druidas tinham na cor branca um de seus principais elos do material para o espiritual, do tangível para o intangível. Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados porque utilizavam a magia para fins positivos, e também porque suas vestes sacerdotais eram constituídas de túnicas e capuzes brancos. O próprio Cristo Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de tecido branco nas peregrinações e pregações que fazia. Nas guerras, quando os adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, se despojavam de comportamentos irracionais e manifestavam sincera intenção de encerrarem a contenda, o que faziam? Desfraldavam bandeiras brancas! O que falar então do vestuário dos profissionais das diversas áreas de saúde. Médicos, enfermeiros, dentistas etc., todos se utilizando de roupas brancas para suas atividades. Por quê? Porque a roupa branca transmite a sensação de assepsia, calma, paz espiritual, serenidade e outros valores de elevada estirpe. Se não bastasse tudo o que foi dito até agora, vamos encontrar a razão científica do uso da cor branca na Umbanda através das pesquisas de Isaac Newton. Este grande cientista do século XVII provou que a cor branca contém dentro de si todas as demais cores existentes. Portanto, a cor branca tem sua razão de ser na Umbanda, pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é capitaneada por Orixás, sendo que Oxalá, que tem a cor branca como representação, supervisiona os Orixás restantes. Assim como a cor branca contém dentro de si todas as demais cores, a Irradiação de Oxalá contém dentro de sua estrutura cósmico-astral todas as demais irradiações (Oxossi, Ogum, Xangô, etc.).A implantação desta cor em nossa religião, não foi fruto de opção aleatória, mas sim pautada em seguro e inequívoco conhecimento de quem teve a missão de anunciar a Umbanda.


PONTOS CANTADOS
Por Anna Chrystina

Desde os primórdios da humanidade que as diversas religiões encontravam nos cânticos uma forma de louvação e expressão da religiosidade.

Louvai a Deus no seu santuário;louvai-o no firmamento, ...
... Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve ao Senhor. Salmo 150 da Bíblia.

Os pontos cantados na Umbanda são como Mantas que ao serem entoados movimentam energias e promovem ligação com a espiritualidade,  harmonização, limpeza, purificação, segurança, desagregação de energias deletérias, desintegração de miasmas, além de servirem de chamada ou despedida das entidades para os trabalhos. São também louvores, uma maneira de se conectar com determinada energia e dela se beneficiar ou beneficiar a outrem.
Dessa forma, existem vários tipos de pontos cantados para serem utilizados em momentos específicos dentro da ritualística. Para citar alguns: Pontos de Descarrego, Pontos de Abertura dos Trabalhos, Pontos de Defumação, Pontos de Encerramento da Gira, Pontos de Louvação, Pontos de Firmeza e por aí vai.
A gira de Umbanda é toda cantada, desde sua abertura até o fim dos trabalhos, o que nós chamamos de Curimba, onde ecoam os atabaques (ressalto que algumas casas não se utilizam de atabaques) e o Ogã(responsável, dentre outras coisas, pela Curimba) vai "puxando" os pontos pertinentes a aquele momento no qual a gira se encontra.
O atabaque é considerado um instrumento sagrado na Umbanda e sua correta execução, dentre outras coisas, é responsável pelo bom andamento da Gira, assim sendo, o cargo de Ogã dentro de uma Casa é de extrema responsabilidade, devido a imensa energia que faz movimentar, estabelecendo e mantendo o padrão vibratório nos momentos dos trabalhos.
O mais importante com relação aos pontos cantados é que eles sejam executados com concentração pela corrente de trabalho para que as energias evocadas encontrem ambiente ideal para a prática da caridade. Normalmente acompanhada de dança ritualística, os pontos cantados são também um elo que facilita a conexão dos médiuns com suas entidades de trabalho.



FONTE;http://www.umbandadeluz.com.br/elementos.html

sexta-feira, 2 de novembro de 2012



Saravá, assim como axé, selam conversas e têm conotação positiva.
Saravá também pode significar "salve" ou "viva", por influência africana no idioma português do Brasil. É usada nesse sentido específico pelo poeta e compositor brasileiro Vinícius de Moraes.
[editar]Religiões afro-brasileiras

É comum relacionar essa expressão com rituais no Brasil, como o candomblé e umbanda.
O termo saravá também é usado em religiões afro-brasileiras como mantra (que são palavras especiais vocalizadas de maneira específica que produzem certos fenômenos de imantação e desagregação[carece de fontes]; são sons místicos ou sagrados, ou seja, sons específicos que elevam o espírito[carece de fontes]) e significa:
SA— (Força, Senhor) —RA— (Reinar, Movimento) —VÁ (Natureza, Energia).[carece de fontes]
Saravá significa então a força que movimenta a natureza. Esse termo é, portanto, um mantra que pode fixar ou dissipar determinadas vibrações, não sendo, portanto aconselhável pronunciá-lo sem a devida necessidade.[carece de fontes]
Na umbanda paulista, saravá também é utilizada como uma saudação possuindo o sentido de "Salve sua força!", da força de deus e da natureza que estão dentro da pessoa, como no mantra indiano namastê, que significa: o Deus que tem dentro de mim, saúda o deus que tem dentro de você.[carece de fontes]
Saravá - transliterado do Japonês significa "adeus", no sentido de nunca mais voltar.[1]´

fonte:wikpédia.

terça-feira, 16 de outubro de 2012


FIRMEZA DE PRETO VELHO NO CEMITÉRIO.

Muitos médiuns e dirigentes de Umbanda acreditam que basta incorporar seus guias para que eles comecem a trabalhar no atendimento às pessoas que vão aos centros em busca de auxilio.

Mas isto não é verdade e antes de um medium começar a dar atendimento ele deve firmar seus guias nos seus campos de atuação, sob a irradiação dos orixás que os regem e sustentam seus trabalhos.

Mesmo que um medium já esteja incorporando muito bem seus guias, ainda assim é preciso que ele firme todos os seus guias antes de começar a dar passes e consultas, e em hipótese alguma deve deixar para depois estes procedimento básicos e indispensáveis a um bom trabalho de atendimento às pessoas necessitadas.

Sim! Sem estar com todas as suas forças espirituais muito bem identificadas e firmadas em seus campos vibratórios, de já terem seus colares ou guias de trabalho cruzadas e consagradas, de já terem riscado seus pontos de firmeza, não se deve permitir a um medium novo que dê atendimento às pessoas dentro de um centro.

E isto, por duas razões:

1ª- Só com as forças devidamente firmadas elas poderão fazer um bom trabalho para os necessitados, por que contarão com a cobertura dos orixás que regem o campo em que atuam.

2ª- Só com suas forças espirituais bem firmadas um medium pode mexer com certas forças que entram com as pessoas que precisam ser ajudadas.

Se dou esse alerta é porque já estou cansado de ver medium ficar 1, 2, 3 anos frequentando os centros, girando e ajudando os trabalhos sem que tenham ido à natureza firmar corretamente as suas forças espirituais, que querem trabalhar, mas não podem mexer com coisas pesadas porque seus mediuns não têm o preparo necessário.

Durante o desenvolvimento, sem pressa e só após o guia se identificar, é dever, é obrigação de o medium firma-lo em seu campo vibratório na natureza, e fazer bem feita essa firmeza, dando ao guia os recursos necessários para que ele tenha meios de ajudar as pessoas necessitadas.

Mas não adianta ‘só ir à natureza e dar uma oferenda ao guia que tudo estará resolvido.

Não mesmo!

É preciso que a firmeza seja feita dentro de certos procedimentos para que tenha validade.

Procedimentos para firmar a força de um Preto Velho (a) no Campo Santo:

1º - Adquirir todos os elementos necessários: --(comidas e bebidas de preto velho), velas e flores de crisântemos brancos.

Comidas: bolo de fubá, arroz doce, canjica, pipocas estouradas e sem sal.

Bebidas: Café, agua, vinho licoroso branco, agua de côco, Sempre em acordo com o que ele pedir ou intuir ao seu medium.

Velas: - 7 velas brancas para o circulo da oferenda.

Mais uma vela branca para o Pai Obaluaiê, 1 vermelha para o Pai Ogum Megê, 1 amarela para a Mãe Iansã que deverão ser acesas em triangulo, (antes de se fazer a oferenda ao Preto Velho), na frente do cruzeiro das almas, e dentro dele o medium deve colocar uma vela branca para si e pedir a benção e a proteção destes orixás.

2º - Após firmar os orixás em triangulo o medium os saúda, pede-lhes a benção e a proteção. Depois pede licença para firmar seu Preto Velho no Campo Santo.

3º - Depois recua 7 passos largos para traz dando o primeiro com o pé direito e, no sétimo. Ajoelha, cruza o solo com a mão direita, saúda seu Preto Velho ou sua Preta Velha, e lhe pede licença para firmar ali, diante do Cruzeiro das Almas, a sua força.

4º - A seguir pega os elementos e começa a fazer a firmeza: - acende as velas brancas em circulo, coloca um pedaço de pana branco sobre o solo e deposita em cima dele um alguidar ou um prato de papelão com as pipocas, cruza-as com o mel; a seguir coloca os ramos de crisântemos brancos entre as velas, e com as flores viradas para o lado de fora do circulo de velas; a seguir coloca as comidas e as bebidas ao redor do alguidar, com cada um dos elementos acondicionado dentro de um recipiente adequado e biodegradável. (Os vasilhames usados para leva-los devem ser recolhidos pelo medium).

5º – Após fazer a firmeza o medium deve cantar pontos ao seu Preto Velho (a) ou fazer uma oração, pedindo lhe que firme suas forças no Campo Santo, para que possa, já firmado, incorporar no Centro e fazer a caridade espiritual ajudando os necessitados.

6º - Caso o Preto Velho incorpore, o cambone ou a pessoas que esta acompanhando deve atendê-lo, conversar com ele e servi-lo com o que ele pedir.

7º - Depois, o médium dever pedir a benção e o axé dele, dar 7 passos para traz e se retirar.

Obs.: O médium deve pedir licença na porteira para entrar e para sair do Campo Santo e sua firmeza deve ser feita com respeito, reverencia e muito amor no coração, pais é um ritual sagrado de Umbanda essa firmeza de forças e, assim como ele é necessário, ele também trará inúmeros benefícios para o médium que o fizer.

Rubens Saraceni

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

SAL GROSSO - Por Géro Maita

O sal grosso é considerado um potente purificador de ambientes.
Povos distintos usam o sal para combater o mau-olhado, 
e deixar a casa a salvo de energias nefastas.

O sal é um cristal e por isso emite ondas eletromagnéticas que podem ser medidas pelos radiestesistas. Ele tem o mesmo cumprimento de onda da cor violeta, capaz de neutralizar os campos eletromagnéticos negativos. Visto do microscópio o sal bruto revela que é um cristal, formado por pequenos quadrados ou cubos achatados.
As energias densas costumam se concentrar nos cantos da casa. Por isso, colocar um copo de água com sal grosso ou sal de cozinha equilibra essas forças e deixa a casa mais leve. Para uma sala média onde não circula muita gente, um copo de água com sal em dois cantos é suficiente. Em dois ou três dias já se percebe a diferença. Quando formam-se bolhas é hora de renovar a salmoura. A solução de água e sal também é capaz de puxar os íons positivos, isto é, as partículas de energia elétrica da atmosfera, e reequilibrar a energia dos ambientes. Principalmente em locais fechados, escuros ou mesmo antes de uma tempestade, esses íons têm efeito intensificador e podem provocar tensão e irritação.
A prática simples de purificação com água e sal deve ser feita à menor sensação de que o ambiente está carregado, depois de brigas ou à noite no quarto, para que o sono não seja perturbado.
Banho de sal grosso e o antigo escalda-pés (mergulhar os pés em salmoura bem quente) têm o poder de neutralizar a eletricidade do corpo. Para quem mora longe da praia é um ótimo jeito de relaxar e renovar as energias. Já foi considerado o ouro branco (salmoura para conservar alimentos). 
Os povos foram desenvolvendo técnicas de usar o sal, como as abaixo descritas:
Uma pitada de sal sobre os ombros afasta a inveja.
Para espantar o mau-olhado ou evitar visitas indesejáveis, caboclos e caipiras costumam colocar uma fileira de sal na soleira da porta ou um copo de salmoura do lado esquerdo da entrada.
A mistura de sal com água ou álcool absorve tudo de ruim que está no ar, ajuda a purificar e impede que a inveja, o mau-olhado e outros sentimentos inferiores entrem na casa. '
Depois de uma festa, lavar todos os copos e pratos com sal grosso para neutralizar a energia dos convidados, purificando a louça para o uso diário.
Tomar banho de água salgada com bicarbonato de sódio descarrega as energias ruins e é relaxante. O único cuidado é não molhar a cabeça, pois é aí que mora o nosso espírito e ele não deve ser neutralizado.
Na tradição africana, quando alguém se muda, as primeiras coisas a entrar na casa são: um copo de água e outro com sal. Usam sal marinho seco, num pires branco atrás da porta para puxar a energia negativa de quem entra. Também tomam banho com água salgada com ervas para renovar a energia interna e a vontade de viver.
No Japão, o sal é considerado poderoso purificar. Os japoneses mais tradicionais jogam sal todos os dias na soleira das portas e sempre que uma visita mal vinda vai embora. Símbolo de lealdade na luta de sumô. Os campeões jogam sal no ringue para que a luta transcorra com lealdade.
Use esse poderoso aliado!
É barato, fácil de encontrar, e pode lhe ajudar em momentos de dificuldade e de esgotamento energético!

Géro Maita

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

VIDA E OBRA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS



O nome de batismo inicial era Giovanni Bernardone (João Bernardone), dado pela mãe provavelmente em homenagem a João Batista, que o pai, Pedro Bernardone, altera para Francesco Bernardone. Por razões ainda muito controversas, acredita-se que o nome seria em homenagem à França, país com quem mantinha relações comerciais.

Renunciou ao mundo em 1206, fez penitência durante dois anos e lançou-se a pregar em linguagem simples e ardorosa. Tem-se dito, que, imitando a cavalaria, Francisco também teve a sua dama, Madonna Povertà, a Senhora Pobreza, que ele serviu e cantou com grande entusiasmo. Em 1209 formou, com doze discípulos, a família dos doze irmãos menores. Os Clunicenses de Assis cederam-lhes um pouco de terreno, a porciúncula, e os Franciscanos construíram ali as suas choças. Adotaram vestuário dos humildes: túnica grossa de lã, com uma corda na cinta, e sandálias. A sua missão consistia em praticar e pregar simplicidade e amor a Deus e a caridade cristã. Esteve em Espanha e África, onde se juntou aos cruzados do Nilo. Fundou a Ordem dos Frades Menores em 16 de Abril de 1209. Em 1212 recolhe junto de si Clara d'Offreducci e algumas companheiras, que, perseguindo o mesmo ideal de pobreza, funda a Ordem das Clarissas.
Assim, amava e respeitava todas as pessoas, ao mesmo tempo, que protegia animais e plantas aos quais chamava, carinhosamente, de irmãos. Para ele, também a chuva, o vento e o fogo deveriam ser reverenciados e respeitados como irmãos. Nunca consumia mais que o mínimo necessário para viver e incentivava a todas as pessoas a fazerem o mesmo. São Francisco é respeitado por várias religiões pela sua mensagem de paz. Ficou famosa uma oração atribuída a ele que começa com os dizeres "Senhor, fazei-me instrumento de Vossa paz...". Embora não haja certeza de sua autoria, ela reflete mais que qualquer outra os ensinamentos e a vida desse grande homem, reconhecido como santo no mundo todo e adotado como patrono da Ecologia e, porque não, da paz.
Vida e obraEste Santo homem não vivia para si mesmo, mas para aquele que morreu por todos nós. Enchia a terra com o Evangelho de Cristo e em um dia percorria 4 ou 5 povoados anunciando o Reino de Deus, a Salvação, a Penitência e a Oração. Não sabia favorecer a vida dos pecadores e os repreendia pacientemente. Seus maiores milagres sempre foram através da Oração. São Francisco era como um rio caudaloso de graça celeste que alimentava os corações com sua palavra e exemplo, propunha uma nova forma de vida, o caminho da salvação, o amor a Deus. Estava sempre preocupado com a construção espiritual de seus filhos, o caminho das virtudes, a pobreza, obediência, a castidade e sobretudo com a renúncia. São Francisco tinha o rosto alegre, de olhar simples, afeto sincero e com o abraço fraterno colhia os desamparados. Amava tanto a Deus que lutava constantemente pela salvação das almas, seu amor ao próximo era tão intenso que quando não podia mais andar e quase cego, percorria as terras montado em um jumento para levar a benção do Senhor. Em seu amor a Deus sempre repetia: "Senhor! Minha alma tem sede de Vós e meu corpo mais ainda". Veio ao mundo com assinalado e luminoso destino, filho de pais abastados, nasceu em Assis velha cidade da Itália, situada na região da Úmbria em 26 de Setembro de 1182 e foi criado no luxo e na vaidade. Seu pai Pedro Bernardone, rico comerciante de tecidos, sonhava fazê-lo homem de negócios e de fortuna, mas Francisco, de gênio alegre e cavalheiresco pensava mais nas glorias do mundo do que nos negócios. Em 1202, com 20 anos, foi a guerra entre sua cidade natal e Perúgia, ao partir, jurou voltar consagrado cavaleiro. Caiu prisioneiro, ficando um ano na prisão. Comportou-se com serenidade, levantou a moral dos seus companheiros, transmitindo confiança e alegria. É resgatado pelo pai, por estar muito doente. Permanece um tempo em Assis para sua recuperação. Após uma mensagem em sonhos quis alistar-se novamente, mais ainda debilitado e doente, desiste e aceita os desígnios de Deus. É modelo de vida cristã para muitos jovens, e é dos maiores santos da Igreja Católica. A sua vida encontra-se bem relatada nas Fontes Franciscanas(colectâneas de textos de S. Francisco, Santa Clara, Santo António de Lisboa, entre outros).
"Carta aos Governantes dos Povos"São Francisco escreveu: A todos os podestás, cônsules, juizes e regentes no mundo inteiro, e a todos quantos receberem esta carta, Frei Francisco, mísero e pequenino servo no Senhor, deseja saúde e paz. Considerai e vede que "se aproxima o dia da morte"(Gn 47,29). Peço-vos, pois, com todo o respeito de que sou capaz que, no meio dos cuidados e solicitudes que tendes neste século, não esqueçais o Senhor nem vos afastes dos seus mandamentos. Pois todos aqueles que o deixam cair no esquecimento e "se afastam dos seus mandamentos" são amaldiçoados (Sl 118,21) e serão por Ele "entregues ao esquecimento" (Ez 33,13). E quando chegar o dia da morte, "tudo o que entendiam possuir ser-lhe-á tirado" (Lc 8,18). E quanto mais sábios e poderosos houverem sido neste mundo, tanto maiores "tormentos padecerão no inferno" (Sb 6,7). Por isso aconselho-vos encarecidamente, meus senhores, que deixeis de lado todos os cuidados e solicitudes e recebais com amor o santíssimo sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, por ocasião de sua santa memória. Diante do povo que vos foi confiado, prestai ao Senhor este testemunho público de veneração: todas as tardes mandai proclamar por um pregoeiro, ou anunciai por algum sinal, que todo povo deverá render graças e louvores ao Senhor Deus Todo-Poderoso. E se não o fizerdes, sabei que havei de dar conta perante vosso Senhor Jesus Cristo no dia do juízo. Os que levarem consigo este escrito e o observarem saibam que serão abençoados por Deus nosso Senhor.
Primeiro chamado DivinoDe fato, pouco depois, teve a visão de um esplêndido palácio, em que encontrou toda sorte de armas e uma noiva belíssima. No sonho, foi chamado pelo nome de Francisco e seduzido pela promessa de possuir todas aquelas coisas. Tentou, por isso, ir à Apúlia para entrar no exército e, tendo preparado com muita largueza tudo que era preciso, apressou-se para receber o grau da honra militar. Seu espírito carnal sugeria-lhe uma interpretação carnal da visão que tivera, quando nos tesouros da sabedoria de Deus ocultava-se algo muito mais preclaro. Foi assim que, uma noite, estando a dormir, alguém lhe falou pela segunda vez em sonhos, interessado em saber para onde estava indo. Contou-lhe seus planos e disse que ia combater na Apúlia, mas foi solicitamente interrogado por ele: - "Quem lhe pode ser mais útil: o senhor ou o servo?" - "O senhor", respondeu Francisco. E ele: "Então, por que preferes o servo ao senhor?" - "Que queres que eu faça, Senhor (cfr. At 9,6)?" perguntou Francisco. E o Senhor: - "Volta para a terra em que nasceste (cfr. Gn 32,9), porque é espiritualmente que vou fazer cumprir a visão que tivestes".
Segundo chamado DivinoRefeito da grave doença e em período de transição que mudará sua vida, encontrava-se caminhando fora da cidade, quando viu um leproso vindo na sua direção, ficou apavorado, pois tinha horror desta doença, quis fugir, mas manteve-se firme, dirigiu-se ao doente, beijou-lhe as mãos e o rosto, em demonstração de afeto e encheu-lhe a bolsa de moedas, com generosidade. Ao retirar-se sentiu-se vitorioso e voltou-se para ver uma vez mais o estranho, não logrou perceber figura alguma na estrada, o homem desaparecera misteriosamente. Após este fato sente o chamado de Deus., mas não muito, ainda viria Segundo chamado Divino. São Francisco costumava orar numa velha e abandonada capela, São Damião, frente a um crucifixo repetia fervorosamente: "Concedei-me Senhor, que Vos conheça, para poder agir sempre segundo a vossa luz e de acordo à vossa Santíssima vontade".
Terceiro chamado DivinoSão Francisco ora ante a imagem do Cristo Crucificado e recebe a missão de restaurar a Igreja. Ora nas ruínas da Igreja de São Damião. Um dia, pareceu-lhe ouvir claramente: "Francisco, não vês que a minha casa está em ruínas? Restaurá-la para mim!". Pensando tratar-se do velho templo onde se achava, agiu de pronto, contando para a reforma com o dinheiro de seu pai, que tinha em suas mãos.
Ano de 1206Comparece ante o Bispo Dom Guido III acusado pelo pai de furto, devolve ao genitor o que lhe pertence, até as roupas e se declara servo de Deus. Pede ao Bispo sua benção e abandona a cidade em busca dos caminhos do Senhor, o Bispo vê nesse gesto o chamado do Altíssimo e se torna seu protetor pelo resto da vida. São Francisco renuncia à todos os bens que o prendiam neste mundo, veste-se como eremita e começa a restauração da Capela de São Damião e cuida dos leprosos. Seis anos mais tarde, esta capela será o lar das Damas Pobres de Santa Clara.
Ante o Bispo de Assis e seu pai, devolve o dinheiro a este e se despoja até das roupas, pede a benção do Bispo, dom Guido III É o começo da sua vida religiosa, sofre e luta da forma mais intensa; ele, que teve de tudo, abraça a pobreza, deve primeiramente vencer-se a si mesmo, para logo pedir esmolas. Ele ora e trabalha incessantemente. São Francisco dizia: "O trabalho, embora humilde e simples, confere honra e respeito e sempre será um mérito ante Nosso Senhor".
Ano de 1208Restaura a igreja de Sta. Maria de Anjos (porciúncula). Esta pequena igreja se conserva dentro da grande Basílica de São Francisco em Assis (Erigida por frei Elias).
Restaura a Igreja de Sta. Maria de Anjos e São Pedro, persuadido de que sua missão principal era a de restaurar e construir igrejas zelava ardentemente pelos lugares em que se celebravam os Santos Mistérios.
A torre da igreja de São Pedro, capela que o Santo restaurou, essa torre é moderna, mais esse é o lugar. Um dia, na missa de São Matias, escuta o Evangelho sobre a missão Apostólica, como Nosso Senhor enviou seus discípulos para pregar o Reino de Deus e a Penitência, fica tão impressionado que decide então seguir a vida de Nosso Senhor seria pobre como Ele e pregaria o Evangelho, muda suas vestes de eremita e passa a ser um pregador ambulante e descalço, começa o estilo de vida Franciscano. Desde então foi Apóstolo, não descansou jamais, nenhum instante sequer, pregou a paz e o amor no coração, vivendo sem ódio, egoísmo, inveja ou outros sentimentos mesquinhos, seus discursos sempre foram claros, simples, mas incisivos, que a todos afetavam profundamente.
Ano de 1209Recebe os primeiros irmãos: Frei Bernardo de Quintavalle que será mais tarde seu sucessor, homem de grande fortuna que abandona tudo para seguir São Francisco. Frei Pedro Cattani, cônego e conselheiro legal de Assis, homem de esmerada cultura, instrução e dotado de grande inteligência. E o irmão Leão que será sempre e em todas as horas o fiel companheiro. ele foi
Ano de 1210
Com 11 irmãos vai a Roma, levando uma breve Regra (esta se perdeu). O Papa Inocêncio III admirado, ouve a exposição do programa de vida e com regras tão severas, fica indeciso e decide esperar, assim e tudo aprova as regras só verbalmente. Conta-se que dias mais tarde o Papa em sonhos teve a revelação da missão destinada por Deus à Francisco (se diz que este Papa foi enterrado com vestes Franciscanas). Instala-se com seus irmãos em Rivotorto, perto de Assis, num rancho abandonado e próximo de um leprosário, esta mísera residência foi a primeira casa por uns tempos dos irmãos Franciscanos, foi uma vida difícil, sombria e assinalada por duras provas, mas São Francisco só desejava enxugar as lágrimas dos desprezados do mundo, os pobres e os leprosos. Apesar do espírito de renúncia e sacrifício que deveria existir na vida de seus filhos espirituais São Francisco pregava que um servo de Deus não podia manifestar tristeza, desanimo ou impaciência. Na alegria da vida, o Santo via a fortaleza da alma cristã, a força que devia levar aos desamparados e todos àqueles que sofriam provações. Suas humildes túnicas amarradas por um simples cordão levam até hoje três nós, são seus votos de: Pobreza, Obediência e Castidade. Irradiam a luz Franciscana para toda a Itália, envia missionários, ao igual que o Cristo, aos pares para pregar o Evangelho, envia também à todo o Continente Europeu. Na Alemanha são maltratados e encarcerados, pois não sabiam falar o idioma e a tudo respondiam "Ja" ("Sim"): exemplo: "vocês são hereges? E eles respondiam "Ja". São Francisco orava e trabalhava sem cessar, assistia as viúvas, às crianças famintas, a todos os deserdados, fosse no campo, nas cidades ou nos mosteiros, derramava suas orações para converter os pecadores, proclamava a paz, pregando a salvação e a penitência para remissão dos pecados, resolvia conflitos, desavenças, estabelecendo sempre a harmonia em nome do Senhor. Compreendia a dor e o sofrimento, pelo amor a Deus, considerava-se um pecador, o mais miserável dos homens, vivia em penitência e jejum, purificando seu corpo e todo seu ser, renunciava às mais mínimas comodidades. Era severíssimo com ele, como São Paulo, ao qual admirava, mais aos seus filhos espirituais não permitia que fizessem demasiada penitência nem jejum, pedia sempre que imperasse a virtude da moderação, para assim poder melhor servir a Deus.
Ano de 1212Os Padres Beneditinos oferecem-lhe as pequenas igrejas de Santa Maria dos Anjos, em Porciúncula, pois eram muitos os homens que atraídos pela vida de pureza do Santo, queriam ser acolhidos na Ordem. Esta seria o berço da ordem Franciscana, os frades renovam solenemente seus votos, o Santo os chama de "Frades Menores" porque sempre serão pobres e humildes. Como nosso Senhor Jesus Cristo desejava que fossem seus apóstolos, fossem puros e livres das coisas deste mundo, ter o coração e a mente dominados pelo desejo de Deus, para trilhar o caminho da bem-aventurada simplicidade. Trabalhava com suas próprias mãos para alcançar os meios de subsistência, só em último caso pediam ajuda a outros, jamais deveriam possuir bens de qualquer natureza, assim não teriam correntes que os prendessem à terra, não temiam a desaprovação, a caridade os levava até tirar o pão da boca ou a despojar-se de suas míseras vestes para ir em socorro de quem estivesse com fome ou fosse mais pobre do que eles. No mesmo ano de 1212 funda a segunda Ordem das Pobres Damas, destinada às mulheres que desejassem deixar o mundo, numa dedicação exclusiva à Deus e a nosso Senhor, para uma vida de oração e de santa pobreza. A figura central á Santa Clara de Assis jovem nobre que abandonou tudo para seguir a São Francisco, hoje conhecidas como as Irmãs Clarissas.
Ano de 1213O Conde Orlando de Chiusi oferece a São Francisco um monte chamado Alverne, para servir de eremitério, retiro e oração. É aqui que São Francisco recebe os sagrados estigmas.
Ano de 1216Obtém do Papa Honório III, sucessor de Inocêncio III e a pedido do próprio São Francisco a Indulgência para a Igreja de Santa Maria dos Anjos. Ato bastante audacioso do Santo pois a Indulgência só era dada aos peregrinos da Terra Santa e aos Cristãos que iam às Cruzadas. Indulgência é a remissão dos pecados na terra e no céu, por todas as culpas cometidas desde o nascimento.
Desde o Ano de 1217 a 1219Levou São Francisco o Evangelho a todos os povos sarracenos e hereges. Efetuam-se grandes missões ao exterior. São Francisco visita o Santuário de San Tiago de Compostella na Espanha. Vai de navio a Marrocos, no Egito atravessa as linhas inimigas e vai ao acampamento do Sultão do Egito Melek el Kamel, temido guerreiro pela sua crueldade e que comandava as forças Muçulmanas nas Cruzadas contra os Cristãos. O Sultão fica surpreso com o audaz visitante, mantém longas conversas com São Francisco e pede para que fique com ele. São Francisco responde: "De bom grado fico se te convertes ao Cristianismo e pedes o mesmo ao teu povo".
No Egito, ante o Sultão Melek-el Kamel, temível guerreiro muçulmano (no tempo das cruzadas), ante o qual São Francisco efetua um milagre. Em Damieta, São Francisco se encontra com os Cristãos que faziam parte das Cruzadas e que tinham sido derrotados pelos Muçulmanos, ele cuida dos feridos, prega a palavra de Deus, levando a todo conforto espiritual, diz a historia que nessa batalha morreram 6.000 cristãos. Em Marrocos, 5 de seus missionários são mortos e decapitados, foram os primeiros mártires da família Franciscana e em 1481 são canonizados pelo Papa Sisto IV. Até hoje, os Frades Menores encontra-se em todo o Oriente, trabalhando pela conversão ao Cristianismo. Desde os primeiros tempos estes Frades Menores tem a custódia do Santo Sepulcro em Jerusalém, obra que causa admiração aos cristãos do mundo inteiro, esta conquista se deve a suas Santas Missões, pelas orações, pelas obras de caridade, porem nunca pela força. A sua volta do Oriente, por onde passa São Francisco estabelece a paz, converte os incrédulos, opera inúmeros milagres através da oração, cura doentes, inclusive um menino cego de um olho, que mais tarde foi frade. Em todas as cidades lhe prestam homenagem, mas ele se mantém sempre humilde e em penitência, com uma vida cheia de amor, fé e obras. Em Bolonha instala seu primeiro hospital. Conhece Santo Antônio de Pádua, que era cônego de Santo Agostinho, o qual passa para os irmãos Menores, era um profundo estudioso das Sagradas Escrituras e grande orador. São Francisco por carta pede ao seu querido irmão que ensine Teologia aos frades para que não se extinga o espírito da oração e devoção como mandava a Regra. Faz amizade também com São Domingos de Gusmão, fundador dos Dominicanos. Conta-se que este, arrebatado em êxtase recebeu um rosário das mãos da Santíssima Virgem, nossa Senhora do Rosário, Ordem dos Pregadores, hoje Dominicanos. Por ocasião do Concílio de Latrão em 1215 encontram-se em Roma, Francisco e Domingos. Dizem que ao sair de uma igreja Domingos viu São Francisco de Assis, reconhecendo de imediato o homem predestinado por Deus para a restauração da Igreja Universal. Sentiram-se atraído um pelo outro e uma santa amizade uniu aquelas duas almas, que tanto bem deveriam fazer para a humanidade. Os dois receberam do Papa Inocêncio III, em Roma, no ano de 1215 a incumbência de um trabalho gigantesco para a gloria de Deus e salvação das almas. São Francisco sempre foi um grande devoto da Santíssima Virgem Maria, prestou-lhe sempre homenagem. Foram os Franciscanos os promulgadores da devoção da Imaculada Conceição. O dogma foi promulgado em 1854. A virgem Maria representava para São Francisco as portas do céu, ela lhes oferecia o diurno auxílio na senda espiritual. Apesar de sua vida de árduos trabalhos, São Francisco agradecia sempre a Deus, porque se julgava um homem feliz, pelas graças que recebia. O Pensamento de São Francisco nunca se afastava da luz divina, era uma oração ininterrupta, sempre aperfeiçoando suas virtudes, jamais teve ostentação, as palavras do Evangelho e a vida do nosso Senhor Jesus Cristo estavam sempre presentes. Na sua humildade unia-se cada vez mais a Deus, desejando a confraternização de todos os seres, sem distinção de raça, credo ou cor. Ele repetia: "Todos os seres são iguais, pela sua origem, seus direitos naturais e divinos e seu objetivo final. Homens pobres, ricos e poderosos, rudes ou letrados pediam para seguir-lhe naquela vida.
Ano de 1221Funda a Ordem Terceira, ainda como instrumento de concórdia e de bem estar social. À Ordem primeira dos Frades Menores incumbia o apostolado de seguir os passos do nosso Senhor Jesus Cristo e de exemplo de obediência para a Igreja; á Ordem Segunda das Pobres Damas o sacrifício, a oração e o amor a Deus no Claustro e à Ordem Terceira a nobre missão de reavivar nas consciências a honestidade dos costumes e os sentimentos Cristãos de paz e caridade, destinada a homens e mulheres que sem deserção da própria família e sem renunciar as suas propriedades, pudessem levar a todos os sentimentos Cristãos e a estes os chamou de Irmãos da Penitência, conhecida hoje como Ordem Terceira Franciscana e seus membros tentam alcançar a perfeição Cristã. Nesse mesmo ano é aprovada a terceira Regra, chamada de Regra Bulada (aprovada) que impera até hoje, o texto original conserva-se como relíquia no Sacro Colégio de Assis, outra cópia, com a aprovação Papal se encontra no Vaticano.
Ano de 1224O Frei Elias fica sabendo em sonhos que São Francisco só terá mais dois anos de vida. Neste mesmo ano o Santo de Assis nomeia o próprio Frei Elias vigário, para suceder o Frei Pedro Cattani, falecido há pouco. São Francisco inspirado por Deus junto com o Irmão Leão, seu fiel companheiro e confessor e outros Freis retira-se ao Monte Alverne já bastante doente, preparando-se para a quaresma de oração e jejum e a festa de São Miguel Arcanjo, vive em louvor a Deus passando noites e dias inteiros em oração, só um pedaço de pão e água que o irmão Leão lhe levava. O Santo de Assis aceitou os percalços e as vicissitudes da vida terrena, numa demonstração de coragem e de fé inabalável, sempre aceitou tudo se colocando dentro da virtude da humildade, e de todas as graças dadas pelo Espírito Santo, nenhuma é mais preciosa do que a da renúncia. O maior dom de Deus é o da vitória sobre o amor próprio. É feliz todo aquele que suporta todos os sofrimentos por amor a Deus. Em toda sua vida religiosa espalhou o amor universal, a caridade, a paz e a humildade, levando felicidade a muitas almas, quantas vezes no fim da sua vida, doente estigmatizado e quase cego visitava cidades e aldeias pregando as verdades evangélicas, atendia os pobres, os leprosos e necessitados, com seu coração cheio de santas consolações pedindo a paz, jamais dando por terminada sua missão terrena e desejando ainda servir a Deus. Corrigia com doces palavras, mas sabia ser enérgico quando necessário. Falava aos seus filhos espirituais para que se afastassem do orgulho, vaidade, egoísmo e avareza, que fossem sempre o exemplo da santa pobreza (como ela a chamava), humildade, caridade e trabalho. Sempre foi simples em tudo, severo consigo mesmo, mas benigno com os outros. Nos ensinamentos do Evangelho encontrava o apoio para aliviar a dor de aquelas almas que em desespero acudiam a ele, e através da sua fervorosa oração operou grandes milagres. Ele dizia: "Tudo o que faço é Nosso Senhor que me guia". Sua alma pura e cristalina aparecia aureolada de luz e ao igual que o Apóstolo Paulo repetia: "Já não vivo eu, é Cristo que vive em mim". Suas orações e meditações, constantes e prolongadas por dias e noites eram elevadas ao Ser Divino, que ele tanto amava, eram de adoração, de louvor e de ação de graças, ardentes diálogos para poder servir melhor ao Senhor, outras para pedir pelos pobres, os doentes e desamparados, ou para implorar sem cessar a Deus por seus filhos espirituais, temendo a infidelidade de uns e a deserção de outros. Conta-se que estando ante uma visão divina, dizia humildemente: "Senhor Deus, que será depois da minha morte, da tua pobre família, que por tua benignidade foi entregue a mim pecador? Quem a confortará? Quem a corrigirá? ou Quem rogará por ela? Prometeu-lhe o Senhor que seus filhos espirituais não desapareceriam da face da terra, até o fim dos tempos, grandes graças do céu receberiam os religiosos da Ordem que permanecessem na prática do bem e na pureza da Regra. Os frades Franciscanos existem há mais de 800 anos!!
O milagre da vertente, São Francisco orando a caminho do monte Alverne (onde São Francisco recebeu os estigmas). Conta-se que quando ia para o Eremitério, na longa caminhada de Assis ao monte Alverne, o pobre homem, dono do jumento que levava São Francisco lastimava-se dolorosamente: "Estou morrendo de sede, se não beber água vou morrer!". O Santo compadecido e vendo o lugar tão árido, composto só de pedras e cascalho, desceu do jumento e ficou em fervorosa oração, logo disse ao homem: "Corre para trás daquela pedra, ali encontrarás água viva, que neste momento Cristo com sua força, misericórdia e poder fez nascer". Este fato é muito comentado porque nessa região nunca existiu água. No monte Alverne falou aos irmãos: "Sinto aproximar-me da morte e desejo permanecer solitário, recolher-me com Deus para lamentar meus pecados". O Frei Leão contava que muitas vezes viu São Francisco em êxtase adorando a Deus em visões celestiais. Em uma oportunidade viu que São Francisco falava diante de uma resplandecente chama, outra vez disse que viu o Santo extrair algo de seu peito para oferecer a Deus, o Frei Leão perguntou depois a São Francisco o que significava aquilo e ele respondeu: "Meu irmão, naquela chama que viste estava Deus, o qual daquela maneira me falava, como antigamente o fez com Moisés, e entre outras coisas me pediu para lhe oferecer três coisas, e eu lhe respondi: Senhor meu, Tu sabes bem que só tenho o hábito, o cordão e uma pobre vestem e ainda estas três coisas são Tuas, que posso, pois Te oferecer Senhor?" "Então Deus me disse: Procura no teu peito e oferece-me o que encontrares. Levei a mão ao coração e encontrei uma bola de ouro e a ofereci a Deus e assim fiz por três vezes, segundo Deus me ordenara! Imediatamente pude compreender que aquelas três oferendas significavam: a Santa Obediência, a Altíssima pobreza e a Esplêndida Castidade". Noutra ocasião o próprio São Francisco ainda deslumbrado, contou a Frei Leão que viu-se cercado de inúmeros anjos, um deles tocava em delicado violino uma maravilhosa música e que se o anjo continuasse com os acordes da celeste melodia, ele certamente teria deixado a vida terrena, para participar das harmonias eternas. Na solidão em que desejou ficar o Santo também teve momentos de difíceis provações. Nos estados contemplativos, eram-lhe revelados por Deus, não somente coisas do presente, mais também do futuro, assim como, por exemplo, as dúvidas, os secretos desejos e pensamentos dos irmãos. Frei Leão numa hora amarga quando sofria tentações, recebeu uma preciosa benção para qualquer doença do espírito. Uma benção assinada com um simples Tau, que representa o símbolo da cruz, o amor a Cristo, também é o signo dos que são amados por Deus, São Francisco tinha grande veneração por este símbolo e nas suas cartas assinava com ele. Tau é a transformação, o equilíbrio, o trabalho, a conversão interior que o homem deve sofrer para unir-se as coisas superiores.
Benção a Frei Leão: "O Senhor te abençoe e te proteja. Mostre a Sua face e se compadeça de ti. Volte para ti o Seu rosto e te dê a paz. Frei Leão, que o Senhor te abençoe". Tchau São Francisco amava tanto o Cristo crucificado que pediu ardentemente duas graças, que antes de morrer pudesse ele (São Francisco) sentir na alma e no corpo o amor e o sofrimento da paixão e o Santo de Assis alcançou essas duas graças. Ele pode ver no céu, um Serafim todo resplandecente de luz que se lhe aproximou e recebe os estigmas da Paixão, traspassando-lhe os pés, as mãos e o lado direito, imprimiu-lhe no corpo os sagrados estigmas do Cristo, isto foi em 14 Setembro de 1224.
São Francisco em êxtase, recebe os estigmas, a sua frente o Serafim Alado com o rosto de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Ano de 1225São Francisco retorna a Sta. Maria dos Anjos, muito doente e quase cego, muitos foram os milagres realizados com seus estigmas, temos o exemplo quando em Rieti, em 1225 uma grave peste devastava os rebanhos, as ovelhas caíam vitimadas por estranho mal, alguém que conhecera São Francisco pediu-lhe a benção e a sua valiosa oração para que Deus fizesse cessar a peste. O Santo, abençoando, mesmo de longe a região atingida, e mesmo estigmatizado, orou humildemente, e deu-se o milagre, da noite para o dia desapareceu o terrível mal. A corte papal envia-lhe médico para tratamento, nada resolve, sabendo-se próximo da morte, desde a planície lança uma benção sobre Assis, compõe o Cântico ao Sol e dita seu testamento.
Morte de São Francisco, rodeado de seus Filhos Espirituais e coro de Anjos. Fez ler o Evangelho e na Última Ceia abençoa seus filhos espirituais presentes e futuros.
Sta. Clara na porta do convento de São Damião, despede-se dos restos mortais de São Francisco. No dia 3 de Outubro de 1226, morre São Francisco de Assis, cantando o Salmo 141 e foi sepultado na Igreja de São Jorge na cidade de Assis.
Ano de 1228A dois anos da sua morte é canonizado pelo próprio Papa Gregório IX no dia 16 de Julho de 1228, que vai a Assis. Conta-se que o Papa Gregório IX duvidando da chaga do lado de São Francisco, conforme depois contou, apareceu-lhe uma noite São Francisco e erguendo um pouco o braço direito, descobriu a ferida do lado e o Papa viu o sangue com água que saía da ferida, toda dúvida foi apagada.
Ano de 1230Suas relíquias foram trasladadas para a nova Basílica em construção.
Oração de São Francisco de AssisA Oração da Paz é atribuída a São Francisco de Assis e comumente denominada de Oração de São Francisco, esta oração anônima foi escrita no início do século XX tendo aparecido inicialmente num boletim paroquial na Normandia, França, em menos de dois anos foi impressa em Roma em uma folha, em que num verso estava a oração e no outro verso da folha foi impresso uma estampa de São Francisco; por isto e pelo fato de que o texto reflete muito bem o franciscanismo esta oração começou a ser divulgada como se fosse de autoria do santo.
1. A versão original em francêsBelle prière à faire pendant la Messe 
Seigneur, faites de moi un instrument de votre paix. 
Là où il y a de la haine, que je mette l'amour. 
Là où il y a l'offense, que je mette le pardon. 
Là où il y a la discorde, que je mette l'union. 
Là où il y a l'erreur, que je mette la vérité. 
Là où il y a le doute, que je mette la foi. 
Là où il y a le désespoir, que je mette l'espérance. 
Là où il y a les ténèbres, que je mette votre lumière. 
Là où il y a la tristesse, que je mette la joie. 
Ô Maître, que je ne cherche pas tant à être consolé qu'à consoler, à être compris qu'à comprendre, à être aimé qu'à aimer, car c'est en donnant qu'on reçoit, c'est en s'oubliant qu'on trouve, c'est en pardonnant qu'on est pardonné, c'est en mourant qu'on ressuscite à l'éternelle vie. 
La Clochette, n° 12, déc. 1912, p. 285.
2. A tradução em latimFac nos, Domine, instrumenta pacis tuae. 
Ubi odium, ibi caritatem seramus; 
ubi iniuria, ibi veniam; 
ubi dissensio, ibi concordiam; 
ubi dubium, ibi fidem; 
ubi desperatio, ibi spem; 
ubi tenebrae, ibi lucem; 
ubi tristitia, ibi laetitiam. 
Concede nobis ut 
non tantum consolationem quaeramus quam adhibeamus; 
non tantum comprehendi quaeramus quam comprehendamus; 
non tantum diligi quaeramus quam diligamus. 
Quoniam in donando accipiamus; in condonando condonamur; 
et in moriendo nascimur ad vitam aeternam. 
Amen.
3. A tradução em portuguêsUma das mais conhecidas traduções para a língua portuguesa desta oração é:
Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz! 
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor, 
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão. 
Onde houver Discórdia, que eu leve a União. 
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé. 
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade. 
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança. 
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria. 
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz! 
Ó Mestre, 
fazei que eu procure mais. 
Consolar, que ser consolado. 
Compreender, que ser compreendido. 
Amar, que ser amado. 
Pois é dando, que se recebe. 
Perdoando, que se é perdoado e 
é morrendo, que se vive para a vida eterna! 
Amém 
De todo o meu coraçao meu grande mestre.