A PEMBA - por Rubens Saraceni
A Umbanda tem no uso da pemba um dos seus recursos mágicos, e ela pode ser usada de várias formas, tais como:
-Para riscar pontos cabalísticos;
-Para cruzar os filhos de fé;
-Para pós purificadores;
-Para limpa pessoas;
-Para cruzarem imagens ou outros objetos;
-Para assentamentos;
Pemba significa e é um elemento mágico mineral.
A confecção das pembas
acontece desta forma: um mineral, tipo calcário (um gesso - Gipsita)
branco é moído e coado, depois é moldado em formas ovais que lhe
proporcionam fácil manuseio e boa resistência, não sendo muito duro nem
muito mole.
A pemba ideal é aquela que risca facilmente sem esfarelar-se.
Os guias espirituais
gostam de riscar pontos cabalísticos quando vão trabalhar. Cada um com
seu próprio ponto, raramente repetido por outros guias, ainda que alguns
símbolos, signos e ondas sejam comuns.
Porém, sempre vemos diferenças entre os pontos de guias pertencentes a uma mesma linha ou corrente de trabalho espiritual.
As pembas podem ser consagradas ou não, tudo depende da orientação dos guias espirituais.
A) Uma consagração simples:
Pode ser feita por todos os médiuns e se processa desta forma:
1. Risca-se um círculo, firmam-se sete velas coloridas sobre ele e uma vela branca no centro.
2. Colocam-se as pembas brancas ou coloridas (menos a de cor preta) dentro dele.
3. Evoca-se Deus e os
sagrados orixás, pedindo-lhes irradiação sobre aquele círculo e a
imantação das suas vibrações divinas sob as pembas ali colocadas. Que as
consagrem para serem usadas segundo as necessidades dos guias e dos
médiuns (para riscarem pontos, cruzarem pessoas, fazerem pós
específicos, tornando-as condensadoras e anuladoras de energias
negativas etc.).
Após a queima das velas,
devem ser recolhidas as pembas já consagradas pelos sagrados orixás e
guardadas em uma caixa ou envolvidas em tecidos com suas respectivas
cores, só voltando a manuseá-las quando forem usadas.
Esta forma de consagração é
a mais simples de ser feita. Sendo realizada dentro do congá ou na casa
do médium, em um local adequado.
As Ervas e sua Utilização
Por Alexandre Cumino
Defumação
A defumação consiste no
ato de queimar ervas e resinas aromáticas no carvão em brasa, o que é
feito dentro de um turíbulo (defumador), aonde as ervas e resinas exalam
seu aroma e essência no ar. È uma prática milenar usada em todas as
culturas, alguns utilizavam a queima direta em piras e fogueiras.
O uso ritualístico,
ancestral, da defumação tem a finalidade de promover a limpeza astral de
ambientes e pessoas. Aqui ressaltamos a importância de seus elementos
para a queima de larvas e miasmas astrais, bem como a purificação das
energias negativas. Podemos utilizar muitas ervas e resinas diferentes,
dependendo dos objetivos propostos, pois é ato magístico-religioso, onde
associamos as qualidades, “propriedades”, que a erva ou resina possui
com as que desejamos adquirir. Para fazer sua defumação em casa, muna-se
de um turíbulo (defumador) colocando carvão para queimar dentro do
mesmo (tomar cuidado com o álcool e evitar o manuseio perto de
crianças), quando já estiver em brasa despeje aos poucos as ervas e
resinas aromáticas. Ofereça às divindades guardiãs dos reinos vegetais e
peça para que através desta defumação as pessoas possam ser limpas e
descarregadas, assim purificando todas as energias negativas que se
encontram em seus corpos astrais. Manuseie seu defumador de forma que a
“fumaça aromática” envolva as pessoas a serem limpas e purificadas na
defumação.
Lembre-se que na defumação utilizamos ervas secas.
As resinas
A Mirra, o incenso e o
beijoim são resinas aromáticas (seiva natural), milenarmente conhecidas e
utilizadas ritualisticamente dentro de quase todas as tradições
religiosas.
Dentre as suas diversas
utilidades a mais tradicional e conhecida é defumação. Todas estas três
resinas têm a capacidade de agir em nosso campo astral e mediúnico
sutilizando-o e desagregando energias negativas, por esta razão as mais
antigas tradições religiosas se utilizavam e ainda utilizam delas, são
usadas também para facilitar o contato espiritual. Pela sua alta
capacidade de volatilização e por sua qualidade potencializadora são
muito utilizadas em conjunto com ervas secas já direcionadas para os
campos aos quais estas atuam.
Banhos de limpeza astral
A exemplo da defumação os
banhos de ervas também são excelentes para limpeza de nosso corpo astral
assim como nosso corpo material também é limpo das impurezas e
estimulado pela essência vegetal, aqui nós impregnamos com a força e
propriedade das ervas.
Nós utilizamos ervas
frescas ou secas para o banho, preparadas como um chá, apagando o fogo
assim que começa a ferver e deixando, enquanto esfria um pouco, a água
absorver o elemento vegetal. Após o banho normal de higiene, despejamos
aos poucos o “banho de ervas”, do pescoço para baixo, entoando nossos
pedidos ao Criador e às Divindades. Após, deixe que a essência vegetal
seja absorvida por um minuto, enxugue-se normalmente e aproveite este
contato com a natureza.
Banhos na Natureza
Os banhos feitos na
natureza, de cachoeira ou mar, também são excelentes para desagregar
energias enfermiças localizadas nos órgãos do corpo etérico. Tem na
natureza energia e magnetismo que limpa e sutiliza nosso corpo
energético (nos sentimos mais “leves”) expandindo nosso aura, a energia
salina do mar “queima” as larvas e miasmas astrais.
As ervas
A seguir daremos uma
sequência de ervas com suas características e qualidades a serem
trabalhadas ritualisticamente nos banhos e ou defumações.
Arruda
(Ruta graveoleos)– Ótimo protetor astral, desagrega as larvas astrais e
energias enfermiças. Quebra as formações energéticas negativas,
resultantes das egrégoras de pensamentos negativos e atuações do baixo
astral.
Alecrim
(Rosmarinus officinalis) – Desagrega energias enfermiças, limpa e
purifica ambiente criando uma “esfera” de proteção, boa contra obsessão e
afasta a tristeza.
Alfazema (Lavandula augustifolia ou Vera) – Ajuda a equilibrar nossas energias, limpa e purifica o ambiente trazendo a paz e harmonia.
Anis estrelado (Illicium verum)– Atua melhorando nosso humor, desperta a intuição, torna o ambiente agradável e desagrega energias negativas
Absinto – Losna (Artemisia absinthium) – Em banhos, desagrega fluidos negativos. Na defumação afasta influencia negativa.
Alho
(casca) (Allium sativum)– desagrega as energias negativas de ordem
sexual , protege contra influencias negativas e purifica o ambiente
Artemísia (Artemísia Vulgaris) – Quebra as egrégoras de pensamentos negativos e traz proteção
Bambu (Oxytenanthera abyssinica) – contra influencias negativas
Botões de flor de laranjeira – Para o amor
Camomila (Matricaria chamomilla) – Calmante, contra depressão e ansiedade
Cana de açúcar (palha e bagaço) – Dá força e vigor para enfrentar as situações do dia a dia
Canela (Cinnamomun zeylanicun Ness) – Condensador de fluidos benéficos, destrói miasmas astrais, afrodisíaco e atrai a prosperidade. Cebola (casca) – desagrega energias negativas de ordem sexual, afasta fluidos indesejados.
Capim limão / Capim Santo (Cymbopogon citratus) – Bom para acalmar e trazer bons fluidos
Cravo (Syzygium aromaticum)– Afrodisíaco, estimulante, aumenta o magnetismo pessoal e atrai a prosperidade.
Eucalipto (Eucalyptus globulus labill) – Desagrega as energias negativas e enfermiças, renova nossas energias, equilibra o emocional.
Erva Doce (Pimpinella anisum) – Acalma e harmoniza o ambiente, desagregando energias enfermiças e nocivas
Girassol (folhas) – Excelente condensador de fluidos positivos e ajuda a aguçar a intuição
Guiné (Petiveria
alliacea) – Quebra formas pensamento baixas e ajuda na comunicação com
os bons espíritos. Bom contra obsessões de natureza sexual
Hortelã (Mentha piperita) – Bom para proteção e contra o desanimo Ipê amarelo – para harmonizar ambientes
Laranja (flor, folhas e casca) – Estimula o amor nos tornando mais atraentes, também torna o ambiente mais agradável e “leve”.
Levante – Bom para proteção e abertura de caminhos
Limão (casca) – Queima os fluidos negativos e enfermiços arrancando
Lírio – bom para nos tornar mais puros simples e humildes, estimula nosso lado compreensivo e amoroso.
Louro (Laurus nobilis) (a folha do sacerdote) – Excelente para aguçar a intuição e para a prosperidade
Maçã (folhas, flores e casca) – Desperta nossa sensibilidade ao amor e aumenta nosso poder magnético de atrair o que nos agrada. Malva (Malva parviflora) – Acalma e desperta a sensibilidade
Manjericão
(Ocimun basilicum)– Ótimo para tirar as energias negativas, trazer vida
ao ambiente e as pessoas, aumenta o magnetismo pessoal, atua contra a
depressão e ansiedade.
Maracujá (Passiflora alata dryand) (flor) – Para fortalecer nossos laços de amizade
Melissa (Melissa oficinallis) – Acalma os ânimos nos tornando mais alegres, limpa e sutiliza o corpo astral
Morango (folhas e fruto) – Desperta o prazer em todos os sentidos
Noz-Moscada – Aguça a intuição, ajuda na comunicação astral e é boa para a prosperidade.
Poejo – Ótima para proteção e para acalmar os ânimos
Pitanga (Eugenia uniflora) (folhas) – Prosperidade e proteção
Patchuli (Pogostemon
patchouly) – Bom para amor, prosperidade e intuição fortalecendo o
magnetismo pessoal Salsa – Usada para a proteção afasta a negatividade
Salvia (Salvia officinalis) – considerada a erva da saúde serve para limpeza, proteção e intuição
Rosa Branca – Desperta o amor e espiritualidade
Rosa vermelha - Desperta a paixão Rosa cor de rosa – Desperta o amor maternal, filial e fraternal.
Romã (casca e flores) – Utilizada para a prosperidade e protege contra as emanações provindas de inveja e ódio
Orquídea – Desperta a libido
Obs: Ao trabalhar com as
essências das ervas, banhos ou defumação, estamos entrando em um
universo vegetal que vai além da matéria. Assim, como não somos apenas
carne e as divindades não são apenas arquétipos, as plantas também
possuem um “espírito vegetal” que as anima e tem seus respectivos gênios
e divindades guardiãs responsáveis pela força vegetal. Portanto ao
trabalhar com ervas entre em contato com estes espíritos, gênios e
guardiões vegetais pedindo sua licença e sua força para realizarmos
nossa tarefa. Dentro do conceito de divindades podemos recorrer a Oxossi
como Guardião do reino vegetal e Ossain como gênio deste reino e da
cura pelas ervas.
Receitas de Banhos e Defumação
Para depressão e purificar a aura:
Salsinha, aniz estrelado e alecrim.
Acabar com os males e desagregar energias negativas:
Banho de cerveja
Prosperidade financeira:
Salsinha com noz moscada
Para ajudar no comércio:
Alecrim, abre-caminho,
hortelã, levante, girassol, cana, açúcar mascavo. Fazer banho, defumação
e passar no chão do escritório ou loja.
Banho para o amor:
Aniz estrelado, calêndula, rosa vermelha, pathuli, malva branca e jasmim.
Banho para atrair a sorte: Milho de galinha, abre-caminho, café e açúcar mascavo.
Defumação de prosperidade:
Noz moscada, cana, insenso, folha de louro, canela em pó,aroz com casca e alfazema.
Purifica o espírito e fortalece o mental:
Levante, alecrim e hortelã.
Bom para a saúde, ajuda a fortalecer pessoas debilitadas:
Banho de leite com levante (feito as terças e quintas feiras)
Para Prosperidade:
Pó de café, açúcar, louro, manjericão, folha de pitanga, hortelã.
Para descarga forte:
Folhas de eucalipto, casca de alho, palha ou bagaço de cana (seco), folha de bambu, folha de pinhão roxo.
Para descarga de energias sexuais densas:
Cravo, canela, casca de alho roxo, erva-doce, casca de limão
Para cansaço ou depressão:
(Respirar bastante) sementes de girassol, semente de imburana, anis estrelado.
Contra a insônia:
Pétalas de rosa, Erva-sândalo, Hortelã e cravo da Índia
Descarrego de energias pesadas:
Manjericão, Alecrim, Mirra, Alfazema e Arruda.
Para afastar a obsessão e alcoolismo:
Alho, salsão, arruda, guiné, espada de São Jorge, folha de fumo, folha de mangueira, levante e cipó mil-homens.
Para abrir caminhos:
Açucena, agrião, angico, aroeira e espada de São Jorge.
Para ajudar no desenvolver da espiritualidade:
Jasmim, anis estrelado e alfazema
DESCARGAS
Por Ruben Saraceni
As descargas ou
"descarregos" significa afastar determinadas perturbações espirituais ou
obsessões que estão atuando sobre uma pessoa, uma residência, uma casa
de comércio ou até mesmo contra os médiuns de um templo de Umbanda.
A pólvora
é um dos elementos mais usados em um descarrego, quando é riscado um
ponto mágico com ela e é ateado fogo. Com a queima da pólvora acontece
uma explosão e um deslocamento de energia que penetra no campo magnético
da pessoa, desagregando cascões astrais, queimando acúmulos de energias
e possíveis espíritos perturbadores. A quantidade de pólvora deve ser
pouca e têm que ser cuidadosos na hora de sua queima, senão pode
acontecer de alguém se queimar. Uns fazem buchas de pólvora e ateiam
fogo numa ponta do papel. Já outros riscam algum ponto cabalístico
específico e colocam um pouco, uma colher de chá de pólvora em cima de
algum dos riscos, queimando-a em seguida.
Enfim, várias são as formas de se usar os “pontos de fogo”, sempre para descarregar uma pessoa, uma residência, etc.
Recomendação: só
usem os pontos de fogo caso saibam como fazê-lo. E antes, firmem vosso
Orixá, vosso Mentor e vosso Exu guardião, pois aí sim, estarão
protegidos durante a descarga, e de possíveis reações ao choque que o
outro “lado” receberá.
Mas há outros tipos de
descargas ou descarregos, e alguns são feitos com pipoca; outros com
folhas de ervas específicas, quando são feitos os sacudimentos; banhos
de mar e de cachoeira, dentro de todo um ritual, também realizam
descargas nas pessoas.
Enfim, há todo um universo
a ser conhecido neste campo magístico, que recomendamos que estudem,
colocando em prática aqueles recursos que mais os atrair.
As Cores de Colares, Braceletes, Pulseiras, Anéis, Tiaras, etc.
Texto extraido do Livro " Formulário de Consagrações Umbandistas" Editora Madras /Rubens Saraceni
Os Colares ou " Guias"
Consagrar uma guia, como são chamados os colares dentro da Umbanda, é um
procedimento correto, pois somente ele estando consagrado poderá ser
usado como protetor ou instrumento mágico nas mãos dos guias
espirituais. O procedimento regular tem sido o de lavá-los
(purificação), de iluminá-los com velas (energização) e de entregá-los
nas mãos dos guias espirituais para que sejam cruzados (consagração).
Eventualmente são deixados nos altares por determinado número de dias
para receber uma imantação divina que aumenta o poder energético deles.
Os guias espirituais sabem como consagrá-los espiritualmente,
imantando-os de tal forma que, após cruzá-los, estão prontos para ser
usados pelos médiuns como filtros protetores ou pelos seus guias como
instrumentos mágicos, ainda que só uma minoria dos guias os utilize
efetivamente com essa finalidade e a maioria os prefira como pára-raios
protetores ou descarregadores das cargas energéticas negativas trazidas
para dentro dos locais de trabalhos espirituais pelos seus consulentes.
Os procedimentos
consagratórios dos colares usados pelos umbandistas têm sido estes e
poucos têm mais alguns outros. Eles têm ajudado os médiuns durante seus
trabalhos e auxiliado os consulentes a se proteger das pesadas projeções
fluídicas que recebem de pessoas ou espíritos no dia-a-dia. Mas esses
cruzamentos ou consagrações, com finalidades específicas e com imantação
espiritual, são apenas o lado aberto ou exotérico e, numa escala de 0 a
100, só obtêm 10% do poder dos mesmos objetos que, se forem consagrados
internamente ou receberem uma consagração completa, terão 100% de
poder.
Normalmente, consagram-se
ou cruzam-se colares a pedido dos guias espirituais e cada linha tem
suas cores específicas, iguais às dos seus orixás regentes. Como algumas
cores mudam conforme a região, então eventuais alterações de cores
impedem a uniformização da identificação dos orixás simbolizados nos
colares usados pelos médiuns. Na confecção dos colares, algumas regras
devem ser seguidas:
1ª — Os colares dos orixás costumam ser de uma só cor.
2ª — Há algumas exceções
(Obaluaiê = preto-branco), (Omolu = preto-branco-vermelho), (Nanã =
branco-lilás-azul-claro), (Exu = preto-vermelho; preto; vermelho),
(Pombagira = vermelho; preto e vermelho; dourado).
Enfim, há certa
flexibilidade no uso das cores dos colares consagrados aos orixás na
Umbanda. E isso se deve ao fato de que eles, na verdade, irradiam-se em
padrões vibracionais diferentes e em cada um mudam as cores das energias
irradiadas. Então, não podemos dizer que estão erradas as cores usadas
na Umbanda. Apenas cremos que deveríamos padronizá-las e não recorrer ao
uso individual delas. Também não deveríamos adotar as cores usadas em
outros cultos afros.
— O uso de "quelê" também não deve ser adotado pelos umbandistas pois é privativo do Candomblé.
— "Quelê" é um colar
curto, feito de pedras trabalhadas; é mais grosso que o normal e usado
ao redor do pescoço, indicando que a pessoa é uma iniciada no seu orixá
em ritual tradicional e só dele. Portanto, o seu uso não deve ser
copiado, pois não é um colar umbandista.
Para a Umbanda, vamos dar as cores mais usadas ou aceitas pela maioria:
• Oxalá = branca
• Nanã = lilás
• Iemanjá = azul-leitoso
• Omolu = branco-preto-vermelho
• Ogum = vermelho
• Obaluaiê = branco-preto
• Xangô = marrom
• Exu = preto e vermelho
• Iansã = amarelo
• Pombagira = vermelho
• Oxum = azul-vivo
• Oxóssi = verde
• Obá, Oxumaré, Oiá-Tempo e Egunitá não são cultuados regularmente.
Como na Umbanda não são
cultuados regularmente, alguns orixás foram incorporados por nós, pois
ocupam pólos energo-magnéticos nas Sete Linhas de Umbanda. Então vamos
dar as suas cores:
• Egunitá = laranja
• Oiá-Tempo = fumê
• Obá = magenta
• Oxumaré = azul-turquesa
Só que há um problema
porque não são fabricadas regulamente contas de cristais ou de
porcelanas nessas cores. Por isso, recomendamos que os umbandistas
passem a usar colares de pedras naturais sempre que possível, porque só
eles (e todos os elementos naturais) conseguem absorver e segurar as
imantações divinas condensadas nas suas consagrações "internas". Contas e
outros objetos artificiais ou sintéticos, produzidos industrialmente,
não são capazes de reter as imantações poderosas dessas consagrações
internas. Então, aqui há uma relação das pedras dos orixás:
• Oxalá = quartzo transparente
• Oiá-Tempo = quartzo fumê
• Oxum = ametista
• Oxumaré = quartzo azul
• Oxóssi = quartzo verde
• Obá = madeira petrificada
• Xangô = jaspe marrom
• Egunitá = ágata de fogo
• Ogum = granada
• Iansã = citrino
• Obaluaiê = quartzo branco e turmalina negra
• Nanã = ametrino
• Iemanjá = água-marinha
• Omolu = ônix preto — ônix verde
• Exu = ônix preto — hematita — turmalina negra
• Pombagira = ônix — ágata
Obs.: Outras pedras podem
ser usadas, pois a variedade de espécies é grande, assim como é a de
cores em cada espécie, certo? Agora, com as linhas de trabalhos formadas
por guias espirituais, a coisa complica porque tudo depende das
energias manipuladas por eles e pelos mistérios nos quais foram
"iniciados" e que ativam durante seus atendimentos aos consulentes.
— Para a linha dos Baianos, recomendamos o uso de colares feitos de coquinhos.
— Para a linha das Sereias, recomendamos os colares feitos de conchinhas recolhidas à beira-mar.
— Para a linha dos Boiadeiros, recomendamos colares feitos de "jaspe leopardo".
— Para a linha das Crianças, recomendamos colares de quartzo rosa, de ametista, de água-marinha e quartzo branco.
Quanto aos colares para
descarga, recomendamos que tenham grande variedade de espécies de pedras
naturais, de porcelana de cristais industriais, de sementes, etc. No
capítulo seguinte, comentaremos com detalhes fundamentais os colares de
descarga. Um colar é em si um círculo e é um espaço mágico poderoso, se
for consagrado corretamente. Então, supondo que os seus colares tenham
sido consagrados corretamente, vamos aos comentários necessários para
que você comece a usá-los com mais respeito e trate-os como objetos
sacros de sua religião: a Umbanda.
Nós sabemos que não
existem comentários sobre os muitos tipos de espaços-mágicos usados
pelos praticantes de magia. Sabemos que usam o triângulo; o duplo
triângulo entrelaçado, o pentagrama, etc, mas também que seus
fundamentos ocultos ou esotéricos não foram revelados ou comentados por
nenhum autor umbandista até a publicação do nosso livro A Magia Divina
das Velas (Madras Editora), no qual comentamos superficialmente os
espaços mágicos formados por velas. Bem, o fato é que o círculo é um
espaço mágico, e um colar é um círculo, ainda que maleável, pois se
movimenta ao redor do pescoço da pessoa que o está usando. Por isso,
chamamos os colares de círculos maleáveis. E, por ser um espaço mágico
fechado, se devidamente consagrado, é um espaço mágico permanente e que
"trabalha" o tempo todo recolhendo e enviando para outras dimensões ou
faixas vibratórias as cargas energéticas projetadas contra o seu
usuário. Como ele é um círculo, então o espaço mágico formado dentro
dele é multidimensional e interage com todas as dimensões, planos e
faixas vibratórias, enviando para eles as cargas energéticas projetadas
contra o seu usuário.
• Ele interage com as dimensões elementais.
• Ele interage com as dimensões puras.
• Ele interage com as dimensões bielementais.
• Ele interage com as dimensões trielementais.
• Ele interage com as dimensões tetraelementais.
• Ele interage com as dimensões pentaelementais.
• Ele interage com as dimensões hexaelementais.
• Ele interage com as dimensões heptaelementais.
A ROUPA BRANCA
Extraído do site http://umbandadejesus.blogspot.com
E, quando o seu usuário o
coloca no pescoço, ele começa a puxar para dentro do espaço mágico (que é
em si) as irradiações projetadas desde outras faixas vibratórias
negativas, dimensões ou planos da vida, recolhendo-as e enviando-as de
volta às suas origens. Os guias espirituais, quando consagram colares
para os seus médiuns ou para os consulentes, para serem usados como
protetores, imantam esses colares com uma vibração específica que os
tornam repulsores ou anuladores de projeções energéticas negativas, mas
não os tornam espaços mágicos em si porque, para fazerem isso, teriam de
ir a locais específicos da natureza e, ali, abrir campos consagratórios
também específicos e imantá-los com as vibrações divinas dos seus
orixás correspondentes, dotando-os de poderes mágicos multidimensionais.
Mas, como os fundamentos consagratórios internos estavam fechados ao
plano material até agora, então eles faziam isso de forma velada quando
seus médiuns iam oferendá-los, ou aos orixás, nos campos vibratórios na
natureza. Os guias espirituais sempre respeitaram o silêncio sobre a
consagração interna e sempre fizeram o que tinham de fazer de forma que
os seus médiuns não percebiam que, ao tirarem os colares do pescoço,
trabalhando-os na verdade estavam imantando-os com as vibrações
elementais e divinas existentes nos pontos de forças da natureza.
Então, agora você já sabe
que o seu colar de cristais, porcelana, sementes, dentes, etc. não é só
um adereço de enfeite ou identificador dos seus orixás ou de seus guias
espirituais, mas que, se corretamente consagrado, é um espaço mágico
circular, certo? E também sabe que, se for confeccionado com elementos
colhidos na natureza, é mais poderoso que os feitos com elementos
artificiais ou industrializados.
Dentre os principios da
Umbanda,um dos elementos de grande significancia e fundamento,é o uso da
roupa branca.A cor branca é um dos maiores simbolos de unidade e
fraternidade ja utilizados.A roupa branca transmite a sensação de
assepsia,calma,paz espiritual,serenidade e outros valores de elevada
estirpe.A cor branca contem dentro de si todas as demais cores
existentes.Portanto,a cor branca tem sua azão de ser na Umbanda,pois
temos que lembrar que a religião que abraçamos é capitaneada por
Orixás,sendo que Oxalá,que tem a cor branca como
representação,supervisiona os Orixás restantes.A roupa branca usada
pelos médiuns,não dará oportunidade às pessoas que adentram um
terreiro,etc...de saber qual o nível social,cultural,intelectual dos
médiuns que fazem parte do mesmo,pois o branco significa IGUALDADE.Essa
roupa branca,é a vestimenta para a qual devemos dispensar muito carinho e
cuidado.Devem ser conservadas limpas,bem cuidadas,devem estar sempre
longe do contato direto com as forças deletérias,devem estar dentro do
vestiario do terreiro ou em casa sendo lavadas.Quando essas roupas ficam
velhas,estragadas,jamais deve-se jogar fora ou dar,deverá ser
despachada,pois trata-se de um instrumento de trabalho do médium.Nunca
se deve vir vestido de casa,e sim, vestir suas roupas brancas,pois se
voce vai trabalhar sem o banho e com roupas que andou pelas ruas,tento o
médium quanto as roupas estão impregnados de cargas fluidico-magnéticas
negativas,que por conseguinte interferema no campo aurico e
perispiritual do médium.Portanto,tomar o banho e vestir as roupas
brancas é de grande importancia.Além disso,o branco é uma cor
relaxante,que induz o psiquismo à calma e à tranquilidade.
Em 16 de novembro de 1908,
data da anunciação da Umbanda no plano físico e também ocasião em que
foi fundado o primeiro templo de Umbanda, Tenda Espírita Nossa Senhora
da Piedade, o espírito Caboclo das Sete Encruzilhadas, entidade
anunciadora da nova religião, ao fixar as bases e diretrizes do segmento
religioso, expôs, dentre outras coisas, que todos os sacerdotes
(médiuns) utilizariam roupas brancas. Mas, por quê?.Teria sido uma
orientação aleatória, ou o reflexo de um profundo conhecimento mítico,
místico, científico e religioso da cor branca? No decorrer de toda a
história da Humanidade, a cor branca aparece como um dos maiores
símbolos de unidade e fraternidade já utilizados. Nas antigas ordens
religiosas do continente asiático, encontramos a citada cor como
representação de elevada sabedoria e alto grau de espiritualidade
superior. As ordens iniciáticas utilizavam insígnias de cor branca; os
brâmanes tinham como símbolo o Branco, que se exteriorizava em seus
vestuário e estandartes. Os antigos druidas tinham na cor branca um de
seus principais elos do material para o espiritual, do tangível para o
intangível. Os Magos Brancos da antiga Índia eram assim chamados porque
utilizavam a magia para fins positivos, e também porque suas vestes
sacerdotais eram constituídas de túnicas e capuzes brancos. O próprio
Cristo Jesus, ao tempo de sua missão terrena, utilizava túnicas de
tecido branco nas peregrinações e pregações que fazia. Nas guerras,
quando os adversários, oprimidos pelo cansaço e perdas humanas, se
despojavam de comportamentos irracionais e manifestavam sincera intenção
de encerrarem a contenda, o que faziam? Desfraldavam bandeiras brancas!
O que falar então do vestuário dos profissionais das diversas áreas de
saúde. Médicos, enfermeiros, dentistas etc., todos se utilizando de
roupas brancas para suas atividades. Por quê? Porque a roupa branca
transmite a sensação de assepsia, calma, paz espiritual, serenidade e
outros valores de elevada estirpe. Se não bastasse tudo o que foi dito
até agora, vamos encontrar a razão científica do uso da cor branca na
Umbanda através das pesquisas de Isaac Newton. Este grande cientista do
século XVII provou que a cor branca contém dentro de si todas as demais
cores existentes. Portanto, a cor branca tem sua razão de ser na
Umbanda, pois temos que lembrar que a religião que abraçamos é
capitaneada por Orixás, sendo que Oxalá, que tem a cor branca como
representação, supervisiona os Orixás restantes. Assim como a cor branca
contém dentro de si todas as demais cores, a Irradiação de Oxalá contém
dentro de sua estrutura cósmico-astral todas as demais irradiações
(Oxossi, Ogum, Xangô, etc.).A implantação desta cor em nossa religião,
não foi fruto de opção aleatória, mas sim pautada em seguro e inequívoco
conhecimento de quem teve a missão de anunciar a Umbanda.
PONTOS CANTADOS
Por Anna Chrystina
Desde os primórdios da
humanidade que as diversas religiões encontravam nos cânticos uma forma
de louvação e expressão da religiosidade.
Louvai a Deus no seu santuário;louvai-o no firmamento, ...
... Louvai-o com címbalos sonoros; louvai-o com címbalos retumbantes. Todo ser que respira louve ao Senhor. Salmo 150 da Bíblia.
Os pontos cantados na
Umbanda são como Mantas que ao serem entoados movimentam energias e
promovem ligação com a espiritualidade, harmonização, limpeza,
purificação, segurança, desagregação de energias deletérias,
desintegração de miasmas, além de servirem de chamada ou despedida das
entidades para os trabalhos. São também louvores, uma maneira de se
conectar com determinada energia e dela se beneficiar ou beneficiar a
outrem.
Dessa forma, existem
vários tipos de pontos cantados para serem utilizados em momentos
específicos dentro da ritualística. Para citar alguns: Pontos de
Descarrego, Pontos de Abertura dos Trabalhos, Pontos de Defumação,
Pontos de Encerramento da Gira, Pontos de Louvação, Pontos de Firmeza e
por aí vai.
A gira de Umbanda é toda
cantada, desde sua abertura até o fim dos trabalhos, o que nós chamamos
de Curimba, onde ecoam os atabaques (ressalto que algumas casas não se
utilizam de atabaques) e o Ogã(responsável, dentre outras coisas, pela
Curimba) vai "puxando" os pontos pertinentes a aquele momento no qual a
gira se encontra.
O atabaque é considerado
um instrumento sagrado na Umbanda e sua correta execução, dentre outras
coisas, é responsável pelo bom andamento da Gira, assim sendo, o cargo
de Ogã dentro de uma Casa é de extrema responsabilidade, devido a imensa
energia que faz movimentar, estabelecendo e mantendo o padrão
vibratório nos momentos dos trabalhos.
O mais importante com
relação aos pontos cantados é que eles sejam executados com concentração
pela corrente de trabalho para que as energias evocadas encontrem
ambiente ideal para a prática da caridade. Normalmente acompanhada de
dança ritualística, os pontos cantados são também um elo que facilita a
conexão dos médiuns com suas entidades de trabalho.
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