domingo, 27 de fevereiro de 2011

Yemanjá-Trono Feminino da Geração.

Mãe Yemanjá




Yemanjá é o Trono feminino da Geração e seu campo preferencial de atuação é no amparo à maternidade.






Yemanjá é por demais conhecida e não nos alongaremos ao comentá-la.


O fato é que o Trono Essencial da Geração assentado na Coroa Divina projeta-se e faz surgir, na Umbanda, a linha da Geração, em cujo pólo magnético positivo está assentada a Orixá Natural Iemanjá, e em cujo pólo magnético negativo está assentado o Orixá Omulú.


Iemanjá, a nossa amada Mãe da Vida é a água que vivifica e o nosso amado pai Omulú é a terra que amolda os viventes. Como dedicamos um comentário extenso ao Orixá Omulú, vamos nos concentrar em Yemanjá.


Iemanjá rege sobre a geração e simboliza a maternidade, o amparo materno, a mãe propriamente. Ela se projeta e faz surgir sete pólos magnéticos ocupados por sete Iemanjás intermediarias, que são as regentes dos níveis vibratórios positivos e são as aplicadoras de seus aspectos, todos positivos, pois Yemanjá não possui aspectos negativos.


Estas sete Iemanjás são intermediárias e comandam incontáveis linhas de trabalho dentro da Umbanda. Suas Orixás intermediadoras estão espalhadas por todos os níveis vibratórios positivos, onde atuam como mães da “criação”, sempre estimulando nos seres os sentimentos maternais ou paternais.


Todas atuam a nível multidimensional e projetam-se também para a dimensão humana, onde têm muitas de suas filhas estagiando. Todas têm suas hierarquias de Orixás Iemanjás intermediadoras, que regem hierarquias de espíritos religados às hierarquias naturais.










Divindades: Yemanjá


Linha: Aquática


Pedra: Diamante, água marinha, madre pérola


Irradiação: Geração


Vela/Cor: Azul claro, prata


Sincretismo: N. Sra. das Candeias e dos Navegantes


Saudação: Adoce aba!


Ponto de Força: Praia, mar






Oferendas/Rituais






Mãe Yemanjá: Velas branca, azul claro e prata, champanhe branca, calda de ameixa, manjar, arroz doce, pêssego em calda, melão, uva itália, pêra, rosas brancas, palmas brancas. Pode oferendá-la à beira mar.


Fonte:.www.luzdourada.org.br
 
Ervas de Mãe Yemanjá
 
Ervas Quentes(Descarrego):Erva de bicho,buchinho do norte,alho
Verbos atuantes nas ervas quentes:invadir,transbordar,corroer,derramar,...
 
Ervas Mornas(Equilibradoras):Alfazema,aniz estrelado,rosa branca,camomila flor,manjericão,erva de Santa Maria mentruz,hibisco flor,manjerona,Mulungu Casca/raiz,noz moscada,margarida,sensitiva,arroz...
 
Verbos atuantes nas ervas mornas:gerar,fluir,sustentar,avolumar..
 
Fonte:.Jornal de Umbanda Sagrada(Adriano Camargo-Erveiro da Jurema)
 
YEMANJÁ – a grande Mãe da Vida é ofertada quando precisamos de coisas novas em nossos caminhos, por isso pedimos a Ela que gere em nós a vontade de viver, de crescer, de melhorar, etc. Pedimos que Ela gere em nós, e para nós, novas oportunidades em todos os sentidos da vida. Como grande Mãe que é, Ela rege a família e portanto equilibra e apazigua os laços familiares e o sentido de “ser mãe”. Ela nos favorece suas qualidades geradoras, renovadoras e criacionistas, ou seja, Ela nos permite buscar coisas novas, aguçando nossa criatividade e estimulando nossas percepções.
 
Fonte:.www.minhaumbanda.com.br

YEMANJÁ

Iemanjá, Iyemanjá, Yemanjá, Yemaya, Iemoja, ou Yemoja

Dandalunga (angolas), Kaiala (congos), Janaína, Inaê, Sobá, Oloxum, Princesa de Aiucá, Sereia Mukunã, Senhora da Calunga Grande, Rainha do Mar ou Senhora da Coroa Estrelada

Yemanjá é uma Divindade assentada no pólo positivo do Trono da Geração e da Vida.

Ela irradia o tempo todo seu fator gerador e criacionista que estimula a geração e a criatividade das pessoas, trazendo oportunidades de crescimento em todos os sentidos da vida, pois ira estimular a geração de vidas, geração de idéias, geração de amor, etc...

Nos mitos da criação do universo, ela é a representação do princípio feminino. Nos templos africanos, é retratada como uma mulher de seios fartos e semblante calmo, porém decidido. Associada ao movimento das águas e à fertilidade, Yemanjá é dona de grande poder de sedução, capaz de encantar os marinheiros e arrastá-los para o seu palácio submerso – de onde nunca mais retornam.

Suas águas salgadas simbolizam as lágrimas de uma mãe que sofre pela vida de seus filhos, que os vê se afastarem de seu abrigo, tomando rumos independentes

Além de protetora da vida marinha, Iemanjá é principalmente a protetora da harmonia familiar, do lar, do casamento e do nascimento, é sua força que ampara o momento do nascimento de um bebe.

Ela simboliza a maternidade, o amparo materno, pois é a Mãe da Vida.

A Regência de Yemanjá em nossas vidas se manifesta na necessidade de sabermos se aqueles que amamos estão bem e protegidos, é a preocupação, é o amor ao próximo, principalmente aqueles que nos são queridos.

É ela quem nos dá um sentido de união, de grupo, transformando a convivência num ato familiar, criando dependências e raízes, proporcionando sentimentos de irmão para irmão, de pai para filho, com ou sem laços consangüíneos.

ARQUETIPO DOS FILHOS DE YEMANJÁ

As filhas (e filhos) de Yemanjá possuem como características básicas a força e a determinação, assim como o sentido da amizade e do companheirismo, são pessoas presas no arquético da mãe, a família e os filhos; são doces, carinhosas, tradicionais, pouco rígidas, sentimentalmente envolventes e com grande capacidade de empatia com os problemas e sentimentos dos outros, não gostam de mudanças e apreciam a rotina do cotidiano, são muito protetoras, possuem o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e são justas, mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas, custam muito a perdoar uma ofensa e, se a perdoam, não a esquecem jamais.

Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm tendência à vida suntuosa mesmo se as possibilidades do cotidiano não lhes permitem, mesmo quando pobres, pode-se notar uma certa sofisticação em suas casas, se comparadas com as demais da comunidade de que fazem parte.

As filhas e filhos de Yemanjá não podem ficar expostos à poeira, pois tendem a desenvolver problemas respiratórios.

São pessoas que não gostam de viver sozinhas, sentem falta da tribo, inconsciente ancestral, e costumam, por isso casar ou associar-se cedo. Não apreciam as viagens, detestam os hotéis, preferindo casas onde rapidamente possam repetir os mecanismos e os quase ritos que fazem do cotidiano. Apesar do gosto pelo luxo, não são pessoas obcecadas pela própria carreira, sem grandes planos para atividades a longo prazo, a não ser quando se trata do futuro de filhos e entes próximos.

Mas nem tudo são qualidades em Iemanjá, como em nenhum Orixá. Seu caráter pode levar o filho desse Orixá a ter uma tendência a tentar concertar a vida dos que o cercam - o destino de todos estariam sob sua responsabilidade, serem controladores, voluntariosos, capazes de fazer chantagens emocionais e, algumas vezes, impetuosos e arrogantes. Os filhos de Iemanjá demoram muito para confiar em alguém, bons conhecedores que são da natureza humana. Quando finalmente passam a aceitar uma pessoa no seu verdadeiro e íntimo círculo de amigos, porém, deixam de ter restrições, aceitando-a completamente e defendendo-a, seja nos erros como nos acertos, tendo grande capacidade de perdoar as pequenas falhas humanas. Um filho de Iemanjá pode tornar-se controlador e rancoroso, remoendo questões antigas por anos e anos sem esquecê-las jamais.

QUANDO OFERENDAR YEMANJÁ

- Para Proteger a família.

- Para Harmonia do Lar, do Casamento, da Familia, dos Sócios

- Para Gerar oportunidades, bons negócios, harmonia, amor.

- Para iniciar algum projeto com proteção e êxito

FIRMEZA PARA YEMANJÁ

Colocar dentro de uma quartinha azul clara ou dentro de uma taça de cristal, 33 búzios e cobrir com água com alfazema. (trocar a água semanalmente)

TRONO FEMININO DA GERAÇÃO E DA VIDA

Linha

Geração

Fator

Gerador e Criacionista

Essência:Áquatica

Cor

branco cristalino, prata ou azul claro.

(Em algumas casas: Branco, azul claro. também verde claro e rosa claro)

Caracteristicas

Maternal, protetora, competente, dedicada, mandona, possessiva, Intrigante, controladora.

Instrumentos

Abebé, um leque em forma circular prateado que pode trazer um espelho no centro

Fio de Contas

Contas e Missangas de cristal. Firmas cristal.

Oferendas

Canjica branca, peixe, arroz-doce com mel, camarão, acaçá, pudim, manjar com calda de ameixa ou de pêssego, sagu com leite de coco, mamão, graviola, uvas brancas, melancia, melão água de coco, mel, água salgada ou potável, champanhe clara e suco de suas próprias ervas e frutos, rosas e palmas brancas, angélicas, orquídeas, crisântemos brancos,

Símbolo

Lua minguante, ondas, peixes.

Pontos da Natureza

Mar.

Flores

Rosas brancas, palmas brancas, angélicas, orquídeas, crisântemos brancos.

Essências

Jasmim, Rosa Branca, Orquídea, Crisântemo.

Pedras

Pérola, Água Marinha, Lápis-Lazúli, Calcedônia, Turquesa. Diamante,e madre pérola

Metal

Prata.

Saúde

Psiquismo, Sistema Nervoso.

Planeta

Lua.

Dia da Semana

Sábado.

Elemento: Água

Chakra :Frontal

Saudação

Odô iyá, Odô Fiaba, Odôyabá! Odoyá Omi Ô! Odô cyaba!

Bebida

Água Mineral ou Champanhe

Animais

Peixes, Cabra Branca, Pata ou Galinha branca.

Numero: 4

Data Comemorativa

15 de agosto (Em algumas casas: 2 de fevereiro, em 8 de dezembro)

Sincretismo

Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Glória, Nossa Senhora dos Navegantes

Incompatibilidades

Poeira, Sapo

Qualidades

Iemowo, Iamassê, Iewa, Olossa, Ogunté assabá, Assessu, Sobá, Tuman, Ataramogba, Masemale, Awoió, Kayala, Marabô, Inaiê, Aynu, Susure, Iyaku, Acurá, Maialeuó, Conlá.




quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Pai Omulú-Trono Masculino da Geração


Omulú é o orixá que rege a morte, ou no instante da passagem do plano material para o plano espiritual (desencarne).
É com tristeza que temos visto o temor dos irmãos umbandistas quando é mencionado o nome do nosso amado Pai Omulu. E no entanto descobrimos que este medo é um dos frutos amargos que nos foram legados pelos ancestrais semeadores dos orixás em solo brasileiro, pois difundiram só os dois extremos do mais caridoso dos orixás, já que Omulu é o guardião divino dos espíritos caídos.

O orixá Omulu guarda para Olorum todos os espíritos que fraquejaram durante sua jornada carnal e entregaram-se à vivenciação de seus vícios emocionais. Mas ele não pune ou castiga ninguém, pois estas ações são atributos da Lei Divina, que também não pune ou castiga. Ela apenas conduz cada um ao seu devido lugar após o desencarne. E se alguém semeou ventos, que colha sua tempestade pessoal, mas amparado pela própria Lei, que o recolhe a um dos sete domínios negativos, todos regidos pelos orixás cósmicos, que são magneticamente negativos.

E Tatá Omulu é um desses guardiões divinos que consagrou a si e à sua existência, enquanto divindade, ao amparo dos espíritos caídos perante as leis que dão sustentação a todas as manifestações da vida...

Esta qualidade divina do nosso amado pai foi interpretada de forma incorreta ou incompleta, e o que definiram no decorrer dos séculos foi que Tatá Omulu é um dos orixás mais “perigosos” de se lidar, ou um dos mais intolerantes, e isto quando não o descrevem como implacável nas suas punições.

Ele, na linha da Geração, que é a sétima linha de Umbanda, forma um par energético, magnético e vibratório com nossa amada mãe Yemanjá, onde ela gera a vida e ele paralisa os seres que atentam contra os princípios que dão sustentação às manifestações da vida. Em Tatá Omulu descobri o amor de Olorum, pois é por puro amor que uma divindade consagra-se por inteiro ao amparo dos espíritos caídos. E foi por amor a nós que ele assumiu a incumbência de nos paralisar em seus domínios, sempre que começássemos a atentar contra os princípios da vida. Enquanto a nossa mãe Yemanjá estimula em nós a geração, o nosso pai Omulu nos paralisa sempre que desvirtuamos os atos geradores.

Mas esta “geração” não se restringe só à hereditariedade, já que temos muitas faculdades além desta, de fundo sexual. Afinal, geramos idéias, projetos, empresas, conhecimentos, inventos, doutrinas, religiosidades, anseios, desejos, angústias, depressões, fobias, leis, preceitos, princípios, templos, etc. Temos a capacidade de gerar muitas coisas, e se elas estiverem em acordo com os princípios sustentados pela irradiação divina, que na Umbanda recebe o nome de “linha da Geração” ou “sétima linha de Umbanda”, então estamos sob a irradiação da divina mãe Yemanjá, que nos estimula.

Mas, se em nossas “gerações”, atentarmos contra os princípios da vida codificados como os únicos responsáveis pela sua multiplicação, então já estaremos sob a irradiação do divino pai Omulu, que nos paralisará e começará a atuar em nossas vidas, pois deseja preservar-nos e nos defender de nós mesmos, já que sempre que uma ação nossa for prejudicar alguém, antes ela já nos atingiu, feriu e nos escureceu, colocando-nos em um de seus sombrios domínios. Ele é o excelso curador divino pois acolhe em seus domínios todos os espíritos que se feriram quando, por egoísmo, pensaram que estavam atingindo seus semelhantes. E, por amor, ele nos dá seu amparo divino até que, sob sua irradiação, nós mesmos tenhamos nos curado para retomarmos ao caminho reto trilhado por todos os espíritos amantes da vida e multiplicadores de suas benesses.

Todos somos dotados dessa faculdade, já que todos somos multiplicadores da vida, seja em nós mesmos, através de nossa sexualidade seja nas idéias, através de nosso raciocínio, assim como geramos muitas coisas que tornam a vida uma verdadeira dádiva divina. Tatá Omulu, em seu pólo positivo, é o curador divino e tanto cura alma ferida quanto nosso corpo doente. Se orarmos a ele quando estivermos enfermos ele atuará em nosso corpo energético, nosso magnetismo, campo vibratório e sobre nosso corpo carnal, e tanto poderá curar-nos quanto nos conduzir a um médico que detectará de imediato a doença e receitaria medicação correta.

O orixá Omulu atua em todos os seres humanos, independente de qual,. seja a sua religião. Mas esta atuação geral e planetária processa-se através de, uma faixa vibratória especifica e exclusiva, pois é através dela que fluem as irradiações divinas de um dos mistérios de Deus, que nominamos de “Mistério da Morte”. Tatá Omulu, enquanto força cósmica e mistério divino, é a energia que se condensa em torno do fio de prata que une o espírito e seu corpo físico, e o dissolve no momento do desencarne ou passagem de um plano para o outro.

Neste caso ele não se apresenta como o espectro da morte coberto com manto e capuz negro, empunhando o alfanje da morte que corta o fio da vida. Esta descrição é apenas uma forma simbólica ou estilizada de se descrever a força divina que ceifa a vida na carne. Na verdade, a energia que rompe o fio da vida na carne é de cor escura, e tanto pode parti-lo num piscar de olhos quando a morte é natural e fulminante, como pode ir se condensando em torno dele, envolvendo-o todo até alcançar o espírito, que já entrou em desarmonia vibratória porque a passagem deve ser lenta, induzindo o ser a aceitar seu desencarne de forma passiva.

O orixá Omulu atua em todas as religiões e em algumas é nominado de “Anjo da Morte” e em outras de divindade ou “Senhor dos Mortos”. No antigo Egito ele foi muito cultuado e difundido e foi dali que partiram sacerdotes que o divulgaram em muitas culturas de então. Mas com o advento do Cristianismo seu culto foi desestimulado já que a religião cristã recorre aos termos “anjo” e “arcanjo” para designar as divindades. Logo, nada mais lógico do que recorrer ao arquétipo tão temido do “Anjo da Morte”, todo coberto de preto e portando o alfanje da morte, para preencher a lacuna surgida com o ostracismo do orixá ou divindade responsável por este momento tão delicado na vida dos seres.

O culto a Tatá Omulu surgiu entre os negros levados como escravos ao antigo Egito, que o identificaram como um orixá e o adaptaram às suas culturas e religiões. Com o tempo, ele foi, a partir desse sincretismo, assumindo sua forma definitiva, até que alcançou o grau de divindade ligada à morte, à medicina e às doenças. Já em outras regiões da África, este mistério foi assumindo outras feições e outros orixás semelhantes surgiram, foram cultuados e se humanizaram. “Humanizar-se” significa que o orixá ou a divindade assumiu feições humanas, compreensíveis por nós e de mais fácil assimilação e interpretação. Tatá Omulu não vibra menos amor por nós do que qualquer um dos outros orixás e está assentado na Coroa Divina, pois é um dos Tronos de Olorum, o Divino Criador. Atotô, meu pai!

Texto:Rubens Saraceni.


OMULU – sabemos que muitos identificam Omulu e Obaluayê como sendo o mesmo Orixá, no entanto, a ação de Omulu é muito mais ativa, pois é um Orixá cósmico, ou seja, atua em nossa vida de forma ativa paralisando nossos desequilíbrios e punindo, caso seja necessário, as terríveis quiumbas que já se encontram de forma super negativadas. Portanto solicitamos a Omulu, o grande Orixá do Fim, que coloque um fim nas ações do baixo astral, um fim em nossos desequilíbrios emocionais e espirituais, assim como um fim às dores da alma, do físico e da mente.

Texto:Monica Caraccio.

Ervas de Pai Omulú:

Ervas Quentes(Descarrego):

Alho desidratado,cipó cabeludo,dandá,olho de cabra,orégano,pinhão roxo,valeriana,garra do diabo,mamona roxa,picão preto,urtiga,peregun roxo,chorão.

Verbos atuantes nas ervas quentes:reduzir,esvaziar,paralisar,tornar pó,ceifaz,definhar.

Ervas Mornas(Equilibradoras):

Alcachofra folhas,angélica raiz,capim rosário,chapéu de couro,cravo da índia,sete sangrias,trapoeraba,manjericão,manjericão roxo,noz de cola-obi seco,verbena,beterraba folhas,catinga de mulata,ipê roxo,mirra,folha de fogo.

Verbos Atuantes nas ervas mornas:curar,externuar,secar,abreviar.

Texto:Adriano Camargo - O Erveiro da Jurema.

Divindades: Omulú


Linha: Aquática

Pedra: Ônix preto

Irradiação: Geração

Vela/Cor: Roxa, Branca, Preta e Vermelha

Sincretismo: São Roque

Saudação: Atotô!

Ponto de Força: Campo santo



Oferendas/Rituais

Pai Omulú: Velas branca, vermelha, preta e roxa, pipoca, 1 prato com sal grosso, 7 copos com água, terra, palha da costa, vinho licoroso, coco fatiado, 1 prato com mel. Pode oferendá-lo no campo santo.

Texto:Monica Berezutchi

OMULU

Omolu é o Orixá Cósmico assentado no pólo negativo (absorvedor) da Linha da Geração, que é a sétima Linha de Umbanda, onde polariza com o Orixá Universal Yemanjá.

Enquanto Yemanjá é a Regente Divina da Geração, Pai Omolu é o Regente do equilíbrio na Criação Divina.

Yemanjá é a Mãe da Vida; é maternal, mas autoritária. E Omolu é o Guardião da Vida; é rigoroso, mas compreensivo, ainda que não o demonstre.

Yemanjá é a Irradiação Divina que rege sobre a Vida e a Geração dos seres, das criaturas e das espécies. É a Grande Mãe, é o aspecto Mãe do Criador, é a Mãe de todas as Águas, simbolizada pelos mares e oceanos. Quem se coloca de forma reta sob a Sua Irradiação começa a vibrar o amor maternal, que aflora e se manifesta com intensidade.

As Irradiações de Mãe Yemanjá atuam de forma contínua sobre toda a Criação, estimulando a criatividade e o amparo à vida. Seu magnetismo é irradiante e Suas ondas são retas.

Em contrapartida, o Orixá Omolu paralisa tudo aquilo que atenta contra os Sentidos da Vida. É a Presença de DEUS garantindo a Vida e a Geração. É a profundidade da terra. As Irradiações do Sagrado Pai Omolu garantem o equilíbrio da Criação, pois atraem para o Seu campo Cósmico todos os seres que se desequilibraram e passaram a atuar de forma desvirtuada, atentando contra qualquer dos Sentidos da Vida. O magnetismo de Omolu é absorvente e Suas ondas são alternadas.

Omolu é também o Orixá que rege a morte física, ou seja, o instante seguinte à passagem do plano material para o plano espiritual (desencarne).

Mas Omolu não traz a morte, como alguns parecem imaginar. Na verdade, Ele representa “a morte” daquilo que atenta contra o Sentido da Vida e da Geração; o que é bem diferente. E Omolu também não traz a doença. Ele traz, sim, “a morte” da doença, do desequilíbrio e do vício, para viabilizar a restauração da saúde geral dos seres desvirtuados e desequilibrados (saúde espiritual, moral, mental, emocional e física).

Omolu representa “a morte” no sentido de trazer o fim a um estado de doença ou de desequilíbrio; e sempre para a preservação da Vida, no sentido mais elevado da palavra. Ele é um Orixá da Cura, portanto.

Quem age de má-fé para com o semelhante está “matando” a Fé no outro. Quem engana, trai ou age de forma negativa no campo do Amor está “matando” o Amor no outro. Quem usa do Conhecimento ou do dom da palavra para propagar mensagem mentirosa está divulgando a ignorância e “matando” o dom do Conhecimento. Quem é deliberadamente injusto para com o semelhante está “matando” o Sentido da Justiça. Quem de forma deliberada viola o direito do outro está “matando” o Sentido da Lei. Quem impede que o outro evolua está “matando” o Sentido da Evolução. Quem de alguma forma atenta contra a vida do semelhante está “matando” o Sentido da Geração. Tudo isso é atraído para o campo de Pai Omolu, que irá acionar o Seu Fator Paralisador sobre aquele ser desvirtuado, ativando uma de Suas Linhas de Esquerda, que será deslocada para “cobrar a dívida”. Não é raro que pessoas alcançadas por esta atuação acreditem “que “têm algum trabalho feito”, alguma “demanda” etc., esquecidas de que estão, isto sim, é respondendo perante a Lei e a Justiça Divinas pelos seus próprios atos.

O ser que daquela forma se desvirtuou é paralisado nas suas ações negativas, tanto para a preservação da própria vida e evolução quanto para o equilíbrio da Criação como um todo. Este é o Divino Mistério de Pai Omolu, O Sagrado Guardião da Vida.

O Mistério Omolu transcende a tudo, vai além do que possamos imaginar. Mas algumas lendas o limitaram a alguns de seus aspectos vistos como punitivos, tornando-o temido por muitos.

Se Omolu rege sobre o cemitério e sobre os espíritos dos mortos, é porque esses espíritos atentaram contra a vida ou algum dos seus Sentidos. Logo, só deve temê-LO quem proceder de forma desvirtuada.

“A cada um, segundo o seu merecimento”, diz a Lei Maior. E o Mistério Omolu aplica este princípio em seu aspecto negativo ou absorvedor. Ou seja, aplica-o quando o espírito atuou de forma desvirtuada e atraiu para si a força corretiva da Lei Maior, para então paralisar e esgotar seus vícios e desequilíbrios.

Podemos dizer: “A cada um, segundo seus atos”. Sendo positivos, que seus autores sejam conduzidos à Luz da Vida. Mas se foram negativos, que sejam levados para os sombrios domínios “da morte dos sentidos e dos sentimentos desvirtuadores da vida”.

Omolu encaminha para a faixa vibratória correspondente aquele espírito que muitas vezes atentou contra a Vida e a Geração, para “secar” os sentimentos e sentidos desvirtuados que deram origem às suas atuações degeneradas. Esgotadas todas as negatividades daquele ser, então ele estará pronto a recomeçar sua caminhada evolutiva.

Omolu é o Guardião Divino dos espíritos caídos. E é preciso muito AMOR para recolher os caídos. É preciso muito AMOR para “não desistir” dos caídos. É preciso muito AMOR para resgatar, abraçar, velar e regenerar um ser que deliberadamente se envolveu na podridão da maldade. E esta é a natureza do AMOR do Divino Pai Omolu por nós. Ele é o “último abrigo” dos caídos, a esperança da regeneração e do recomeço. Como temer esta Divindade? Não!

Não devemos temer Pai Omolu, mas sim reverenciá-LO como o Grande Velador da Vida, que atua no silêncio das eras para preservar a Vida e a Geração, garantindo o equilíbrio de toda a Criação. Ao envolver nas Suas Irradiações os seres negativados, Pai Omolu também está protegendo a existência daqueles que caminham na via reta, não podemos nos esquecer disso. Ele é quem garante “a eficácia”, digamos assim, das Divinas Irradiações de Mãe Yemanjá, como o Seu Par Divino complementar.

Nas primeiras sociedades tribais, o ser humano temia tudo aquilo que não compreendia: o ambiente inóspito, as bruscas mudanças climáticas, a aridez da terra, o sol ou a chuva excessivos, a escassez de alimentos, as doenças que não conhecia e a própria morte. Via, nessas dificuldades, “a presença de deuses terríveis que vinham castigá-lo”. Sentia-se, talvez, ”separado” do Divino, submetido e subjugado por forças que não compreendia. Mais tarde, quem sabe, atribuir caracteres humanos punitivos e até vingativos aos seus deuses foi um meio de preservar na memória das gerações futuras o culto a algo bem maior do que a existência terrena, já que tudo era transmitido de boca a ouvido.

Seja como for, o tempo passou. Hoje temos recursos para compreender muitos desses fenômenos e contorná-los. A nossa vida não é mais uma luta por sobrevivência. Estamos despertando para a compreensão de um novo existir. Doença e morte não podem mais ser vistos como “inimigos” ou “castigos”, pois são apenas estágios, são passagens, são caminhos para outras condições, situações e realidades. A continuidade da vida além da morte física já foi comprovada por várias maneiras. Ciência e Religião começam a andar de mãos dadas, cada uma no seu campo específico, na busca de explicações para muitas coisas que antes pareciam “sobrenaturais”. A Ciência já comprovou que tudo é energia; o que chamamos de matéria são apenas formas de arranjos das energias. Vida e morte são duas faces de uma mesma moeda, são arranjos, são transformações da Energia Criadora. Alguma coisa “morre” para se tornar em algo maior, mais complexo, mais aperfeiçoado, mais sutil. A “morte” é apenas o despir-se de um invólucro grosseiro, para se obter vestimenta mais elevada. O espírito que reencarna “morre” no plano astral; e o que desencarna “morre” no plano das formas para voltar ao plano espiritual.

A Vida prossegue, sempre. E todo esse processo Divino é regido pelas Divindades de Deus, que na Umbanda Sagrada chamamos de Orixás. Todos os estágios da nossa existência são regidos pelos Sagrados Orixás. Precisamos nos dedicar a compreender as atuações dessas Divindades, num exercício de fé raciocinada, para despertarmos a nossa Essência Divina e nos colocarmos como parte viva e inseparável desse Todo que é Deus e a Criação. Tudo é Deus, tudo é regido por Deus, por meio dos Sagrados Orixás. Não temos razão para temê-LOS, mas sim para reverenciá-LOS e amá-LOS, como nossos Pais e Mães Divinos.

O Orixá Omolu não pode ser temido pelos umbandistas, pois a Umbanda Sagrada nos revela que Ele é o nosso Pai da Vida, que tudo faz para nos preservar dentro das Leis Divinas que regem o Sentido da Vida e da Geração.

Como bem explica Rubens Saraceni, no processo Divino da Vida, Mãe Oxum agrega ou funde o espermatozóide com o óvulo; Mãe Yemanjá é o processo genético que inicia a multiplicação celular; Pai Ogum ordena essa multiplicação celular, que é comandada por Pai Oxóssi, direcionada por Mãe Yansã, equilibrada por Pai Xangô, estabilizada por Pai Obaluayê e cristalizada (num novo ser) por Pai Oxalá.

Neste processo, o Fator Paralisante ou Paralisador gerado por Pai Omolu é fundamental para o equilíbrio da Vida, porque Ele é o Mistério Divino que vai atuar onde houver uma geração ou criação desvirtuada ou desvirtuadora. Ele paralisa e esgota a energia caótica ou a criação degenerada ou viciada.

DEUS Cria e Gera, mas também paralisa a criação que não mais atenda aos SEUS desígnios e paralisa a geração que não atenda à SUA Vontade. Esta Qualidade Divina, representada por Pai Omolu, é um recurso para paralisar tudo e todos que estiverem criando ou gerando em sentido contrário (desvirtuado) ao que Deus estabeleceu como correto (virtuoso). E Omolu guarda para OLORUM (DEUS) todos os espíritos que fraquejaram na sua jornada carnal por se entregarem aos seus vícios emocionais.

Mas Omolu não pune ou castiga ninguém, pois estas ações competem à Lei Divina.

Os Tronos da Geração (Feminino: Yemanjá; Masculino: Omolu) regem sobre este aspecto da Gênese (toda a Vida, toda a Geração), e não apenas sobre o sexo.

Sabemos que:

Minerais afins fundem-se e dão origem aos minérios;

Elementos afins fundem-se e dão origem a novos elementais;

Energias afins fundem-se e dão origem a novas energias;

Cores afins fundem-se e dão origem a novas cores;

Seres afins (machos e fêmeas da mesma espécie) fundem-se e dão origem a novos seres.

Em todos esses processos, Mãe Yemanjá é a “Mãe da Vida”; e Pai Omolu é o Guardião Divino que paralisa tudo o que atenta contra a Vida, que paralisa todas as criações ou gerações desvirtuadas dos seres, dando estabilidade à Criação. (Do livro “Gênese Divina de Umbanda Sagrada”, páginas 233/236 e 270/272, Rubens Saraceni, Madras Editora, 2005.)

Na Umbanda, Pai Omolu é associado ao planeta Plutão e aos números 12 e 13.

Na Astrologia, Plutão é um astro que provoca atração, mas também repulsa, além de mudanças, alterações, a destruição e a reconstrução de novos ciclos na vida humana.

Na Mitologia, ele representa o inferno, o invisível e o misterioso.

No mapa astral de uma pessoa, a localização de Plutão mostra onde sua alma terá a possibilidade de “morrer para o que é inferior”, para renascer transformada e melhorada. O ser passará por essa “morte” ao descer ao próprio íntimo, para enfrentar seus medos, enxergar seus fantasmas e curar suas feridas internas, fazendo uma opção consciente por tornar-se um profundo investigador de si mesmo e de qualquer situação que possa vivenciar, de modo que possa ir além do que as aparências indicam. É uma espécie de mergulho no inconsciente, que permitirá o despertar da alma. Caso contrário, a pessoa terá de viver com seu lado sombrio, negativo, tempestuoso, destruidor e, às vezes, até vingativo.

Logo, a associação de Pai Omolu ao planeta Plutão evidencia a natureza paralisadora desta Divindade, no tocante ao que é negativo para a vida e a evolução dos seres.

Quanto ao número 12, também associado ao Orixá Omolu, é um número que, em síntese, simboliza um ciclo completo, a ordem cósmica. E isso também está implícito na atuação deste Orixá, que traz “a morte” dos atos que atentam contra a Vida e a Geração, para garantir o equilíbrio da Criação.

O doze é o produto da multiplicação do número três pelo número quatro.

O número três representa o Espírito (essência Divina), a Trindade (Pai/Mãe/Filho; espírito/mente/corpo).

O número quatro representa a matéria, a estruturação material, o plano material.

Então, o número doze simboliza a manifestação do espiritual (3) no plano material (4). É DEUS que SE manifesta na matéria.

E o número treze, igualmente relacionado ao Pai Omolu, simboliza os processos de transformação (“a morte” do que não serve mais, para um recomeço evolutivo).

Características dos filhos de Omolu

No positivo, os filhos de Omolu são extremamente prestativos e trabalhadores, são amigos de verdade. São perseverantes, pacientes, amorosos e fiéis a uma causa. Para os filhos de Omolu, a justiça não é a dos homens, e sim a de Deus (Olorun).

Muito intuitivos e de mente aguçada, têm uma capacidade mental atualizada ao seu tempo.

Raramente adoecem e quando isso acontece, recuperam-se rapidamente.

São discretos e um tanto austeros. Guardam sua individualidade, mesmo no círculo de suas amizades.

Não têm grandes ambições. São despretensiosos. Tiram a roupa do corpo para agradar uma pessoa e tratam o dinheiro pelo lado do prazer, da satisfação.

Muito limpos e vaidosos, na maioria das vezes são espiritualmente muito bonitos. E mesmo que não tenham muita beleza física, exercem atração sobre as pessoas porque o seu lado espiritual, íntimo, é muito forte.

Gostam da ordem e são ótimos mestres instrutores, levando suas empreitadas até o fim, sem se importarem com o preço a ser pago. Querem que as coisas saiam da maneira que planejaram.

Sinceros, não levam desaforo para casa, respondem no ato quando se sentem ofendidos.

Nos relacionamentos amorosos, costumam sentir-se atraídos por pessoas de temperamento extrovertido e exuberante. Admiram o brilho do parceiro ou parceira, embora intimamente isso possa lhes causar um sentimento de quase inferioridade e autopunição, já que sua natureza é reservada.

Têm a tendência da mudança. Podem mudar de opinião de uma hora para outra. Parecem “dançar Opanijé”, indo de um lado para outro outro, o tempo todo, sempre procurando por algo.

Trabalhadores incansáveis, os filhos de Omolu fazem de tudo no seu templo religioso. Mas não os magoem nem os tratem com indiferença, pois quando se sentem incompreendidos são capazes de exageros e podem ter repentinas depressões.

Fisicamente, costumam ser magros e de traços físicos bem definidos.

Apreciam: o ensino, o misticismo, a magia e as coisas religiosas; roupas bem alinhadas e discretas; a boa mesa; companhias inteligentes; a vida errante e o trabalho descompromissado, como se a qualquer momento fossem partir.

No negativo, os filhos de Omolu tornam-se pessoas pessimistas e teimosas, que adoram exibir os seus sofrimentos e que procuram o caminho mais longo e difícil para atingir algum fim.

Omolu é relacionado a um arquétipo psicológico derivado de sua postura na dança: se nela

Omolu esconde suas chagas dos espectadores, por outro lado sua postura pesada e lenta simboliza o sofrimento que o abate. No comportamento do dia-a-dia, tal tendência pode revelar-se de forma negativa nos seus filhos, através de um caráter tipicamente masoquista. Podem, então, sentir-se incompreendidos e se tornar céticos, reprimidos, perversos, irritantes ou vingativos.

Quando deprimidos e depressivos, agem como velhos: lentos, exigentes e rabugentos; acham que nada pode dar certo, que nada está bom. Neste caso, é difícil relacionar-se com eles.

Podem não ter muita beleza física e apresentar doenças de pele, marcas no rosto, dores e problemas nas pernas.

Mas o lado positivo dos filhos de Omolu supera, em muito, o lado autodestrutivo que a maioria deles possa ter (uns mais, outros menos).

Oferenda: Velas roxas; crisântemos brancos; flores do campo roxas; vinho tinto seco;
água mineral; um coco seco aberto só nos “olhinhos,” o suficiente para se colocar dentro dele um pouco de mel; um punhado de sal grosso; um punhado de terra vegetal coberta por fios de palha da costa; uma porção de pipoca coberta de coco ralado e estourada em azeite doce (ou no dendê, se for uma oferenda para o corte de magia negativa); frutas (de preferência, as de casca ou polpa escura); ervas.

Onde oferendar: No cemitério (na parte esquerda do cruzeiro); à beira-mar.

Quando oferendar:

Para pedir a cura de doenças. Especialmente nos casos de doenças auto-imunes, infecto-contagiosas, ósseas, musculares e de pele;

Para proteção e defesa contra magias negativas, atuações mentais negativas, ataques externos etc.;

Para o equilíbrio e a cura de enfermidades e desequilíbrios no campo sexual;

Para superar vícios de difícil tratamento;

Para vencer o desamor e o desânimo diante da vida, buscando a recuperação da autoestima e da autoconfiança;

Para o tratamento de processos de obsessão e perturbações ligadas a presenças espirituais desequilibradas no campo magnético do enfermo.

Cozinha ritualística:

1-Arroz branco coberto com pipoca e enfeitado com fatias de pão preto regadas com dendê.

2-Pipoca feita no dendê e enfeitada com tirinhas de coco.

3-Feijoada: Preparar uma feijoada comum e depois temperar com dendê e cebola roxa. Enfeitar com tirinhas de coco.

4-Feijão preto com camarão: Cozinhar em ponto firme e apenas em água um punhado de feijão preto. Escorrer a água e reservar. Em separado, refogar no dendê um punhado de camarão fresco (ou camarão seco previamente dessalgado), cebola roxa picadinha e temperos (cheiro verde, orégano etc.). Juntar o feijão cozido e refogar ligeiramente. Servir num alguidar ou num prato de papelão forrado com coco (ralado ou em tirinhas), ou então com folhas de taioba. Pode-se fazer apenas o feijão com a cebola, passados no dendê (sem o camarão).

5-Carne de porco: Um pedaço de carne de porco, um pouco de dendê e meio quilo de cebola roxa. Aquecer o dendê e passar a carne de porco nesse azeite, só para dourar. Juntar um pouco de água para cozinhar levemente a carne. Cortar a cebola e passar no dendê quente, rapidamente, para não murchar. Colocar a carne num alguidar ou num prato de papelão forrado com folhas de taioba e cobrir com a cebola.

6- Aberém: Pequenas porções de massa de acarajé (ou de milho), sem sal. Enrolar em em folha de bananeira e cozinhar em banho-maria. Depois, regar com mel (ou dendê).

Alguns Caboclos de Omolu: Caboclo Terra Roxa (Omolu e Nanã), Caboclo Rompe Terras (de Ogum e Omolu), Caboclo Africano, Caboclo Folha Seca (regência de Oxóssi e Omolu), Caboclo Cipó Preto (Oxóssi e Omolu), Caboclo Arranca Toco (arranca= Ogum; toco= árvore que secou= Omolu); Caboclo Quebra toco (quebra= Ogum; toco=Omolu), Caboclo Pedra Preta (Oxalá e Omolu).

Alguns Exus de Omolu: Exu da Terra (Omolu e Obá); Exu Terra Preta; Exu Treme Terra (Omolu e Obá); Exu Caboclo (=da terra); Exu do Toco; Exu Trinca Ferro (de Ogum e Omolu: porque trincar o ferro é reduzi-lo a pedaços; vai estilhaçar, vai soltar “pó de ferro”); Exu Pedra Preta (Oxalá e Omolu); Exu do Pó; Exu Sete Poeiras (de Omolu e Iansã: porque a poeira é terra que vai pelos ares, que se movimenta com o vento); Exu Toco Preto.

TRONO Masculino da Geração.

Linha/Sentido
Geração

Fator

Fator Paralisador- tem a função de paralisar tudo o que atenta contra o Sentido da Vida e da Geração, para garantir a estabilidade e o equilíbrio da Criação.

O Fator Paralisador, na sua atuação, engloba: o Fator Puro Estabilizador (que dá estabilidade à Criação); e o Fator Misto Geracionista (que gera as condições para a multiplicação de tudo, inclusive a dos Fatores dos demais Orixás).

Essência

Telúrica (da terra).

Elemento

Primeiro Elemento: terra. Segundo Elemento: água.

Polariza com Yemanjá

Cor

Roxo.
Também o branco, o preto e o vermelho juntos.
E ainda o branco e o preto juntos.

Fio de Contas

Contas de porcelana roxas; ou brancas, pretas e vermelhas; ou brancas e pretas; ou contas feitas de rodelas bem pequenas de casca de coco (escuras).

Ferramentas

O azê (vestimenta de palha); o cajado (xaxará); a lança de ferro (okó); os búzios.

Símbolos

O cruzeiro do cemitério; a foice (alfanje); a terra; as pipocas; a palha da costa.

Ponto de força na Natureza

O cemitério (calunga pequena);
O ponto à esquerda do cruzeiro do cemitério;
O mar (calunga grande).

Flores

Crisântemos; galhos secos de figueira e de pitangueira; tinhorão; inhame preto; cipó São João; cravo-de-defunto; todas as flores brancas; todas as flores roxas.

Essências

Cravo, manjericão, café, alfazema.

Pedras

Pedras: As pedras roxas e algumas pedras pretas, tais como ônix e ametista da Bahia (ou cacochinita). Seus principais minerais são: ferro, manganês, potássio e zinco, como componentes internos e agentes corantes destes Cristais. (Fonte: Angélica Lisanty.)

Pedra mais usada: Ônix preto. Dia Indicado para a consagração: 2ª feira. Hora indicada: meia noite.

Metal e Minérios

Metal: Chumbo.

Minério: Molibdenita (Molibdênio). Dia indicado para a consagração: 6ª feira. Hora indicada: 18 horas. (Fonte: “Código de Umbanda”, Rubens Saraceni, Madras Editora.)

Chakra

Básico ou Raiz

Saúde

Coluna vertebral, os rins, o aparelho reprodutor e os membros inferiores. As musculaturas que podem ser envolvidas por um bloqueio nessa região são: glúteos, diafragma pélvico, músculos internos da barriga e da região lombar (abdominais, lombares, lombo sacrais e glúteos médios). Pessoas com estes bloqueios podem apresentar hemorróidas, dores lombares, tensão nas pernas e pés, problemas nos aparelhos urogenitais e dificuldades sexuais.

Ligado às glândulas supra-renais, este chakra é o responsável pela absorção da Kundalini (energia da terra) e pelo estímulo direto da energia no corpo e na circulação do sangue. Está muito ligado às sensações físicas. Relacionado diretamente com os membros inferiores e com os instintos físicos. Atua na irrigação dos órgãos sexuais. Por meio dele é que entram as energias que nos conectam com a terra e com o mundo exterior. Ligação com a terra, com o bem-estar físico, com o instinto de sobrevivência, com a vitalidade e com a sexualidade.

Está diretamente ligado à vontade, pois nos dá motivação e energia para agir, fazer, realizar, ganhar nosso sustento, enfrentar obstáculos etc.

Na época atual, encontra-se passivo, na maioria dos indivíduos, pois só entra em atividade pela vontade dirigida e controlada pelo iniciado. Por que isso? Porque o chakra Básico responde ao aspecto vontade. Da mesma forma que o princípio “vida” está situado no coração, o princípio da vontade está situado no chakra básico, na base da coluna.

Seu principal aspecto é a inocência, qualidade pela qual experimentamos a alegria pura, infantil, sem as limitações do preconceito e dos condicionamentos, e que nos dá dignidade, equilíbrio e um enorme senso de direção e propósito na vida. É apenas simplicidade, pureza e alegria.

Portais de cura (cf. Adriano Camargo): Potes com terra escura, velas roxas e brancas, peregum roxo (quatro, sete, ou oito folhas), raízes escuras (dandá, valeriana).

Dia da Semana

Na Umbanda: terça-feira, dia regido por Plutão.
Planeta: Plutão

Saudação

Salve Nosso Pai Omolu! Resposta: “Atotô, Omolu!”; ou então: “Omolu-Yê Tatá!”

Bebida

Vinho branco licoroso, vinho tinto seco, vinho moscatel, aguardente, água mineral, suco de laranja lima, suco de limão, água de arroz (lavar o arroz, deixar de molho em água e utilizar esta água), sumo de ervas (usar as ervas do Orixá), dendê, mel.

Animais

Cachorro, porco, cabrito, galos carijós, frangos rajados, galinha d'angola, tatu e cágado, patos pretos e brancos.

Comidas

Pipoca; milho, nabo; verduras refogadas no dendê (taioba, bertalha, espinafre etc.), chamadas genericamente de efó; abacaxi, ameixa preta, amora, banana da terra, cereja preta, coco seco, figo, feijão preto, fruta do conde, fruta pão, gengibre, goiaba branca, jamelão, jabuticaba, laranja lima, limão, mandioca, maracujá, uva preta, tamarindo, frutas ácidas em geral, melão.

Números

Na Umbanda: 12 e 13. No Candomblé: 14

Data Comemorativa

02 de novembro, Dia de Finados.

Sincretismo

Na Umbanda: São Bento. No Candomblé costuma-se sincretizar Omolu com São Lázaro e com São Roque.

Incompatibilidades

No Culto de Nação e no Candomblé as proibições (euós ou quizilas) guardadas em relação ao Orixá Omolu são: o carneiro (a grande quizila); os sapos; os peixes de pele; o caranguejo; a jaca; as folhas trepadeiras; a claridade. Seus filhos não devem fazer uso da cachaça.

Qualidades

No Candomblé, Omolu é associado ao número 14. Em consequência, considera-se que são 14 as suas Qualidades.

As encontradas com mais frequência são estas:

1-Akavan- Tem ligação com Oyá. Veste estampado.

2-Azonsu/Ajunsu- Tem fundamentos com Oxumaré, Oxun e Oxalá. Carrega lança e veste branco.

3-Azoani- É jovem. Veste vermelho, palha vermelha Tem caminhos com Iroko, Oxumaré, Yemanjá e Oyá.

4-Arawe/Jagun- Tem fundamento com Oyá e Oxalá.

5-Ajoji / Jagun- Tem fundamentos com Ogun e Oxagian.

6-Avimaje-Tem fundamento com Nanã, Ossain e Odé.

7-Ajoji /Segí/Jagun- Tem ligação com Yemanjá, Oxumaré e Nanã.

8-Afomam ou Afenan- Veste a estopa e carrega duas bolsas de onde tira as doenças. Veste-se de amarelo e preto. Todas as plantas trepadeiras lhe pertencem. Tem caminhos com Oxumaré e com Ogun, de quem é companheiro. Dança com o corpo curvado, cavando a terra, como Intoto, para depositar os corpos que lhe pertencem.

9-Agbagba Jagun- Tem fundamento com Oyá.

10-Itubé Jagun/Jagun ou Ajagun - Tem caminhos com Oxalá. É jovem e guerreiro. Leva na mão uma lança chamada okó. É vingativo e ambicioso, luta para alcançar posição alta sem ver de que maneira. Tem caminhos com Ogunjá, Oxaguian, Ayrá, Exu e Oxalufan. É cultuado no dia 17 de dezembro. Veste branco e preto e suas contas são rajadas. Em seu cântaro (moringa de uma asa só) se colocam jóias e dinheiro. Não come feijão preto. Sua comida inclui miúdos de boi no azeite doce (e não em dendê, como a dos outros). Ele é o único que come igbin (caracol ou caramujo, que é tradicionalmente oferecido para Oxalá, sendo popularmente chamado de “boi de Oxalá”).

11-Ìpòpò: Tem forte fundamento com Nanã. Usa biokô.

12-Tetu / Etetu Jagun: É jovem e guerreiro. Recebe oferenda com Ogum e Oyá. Veste branco, usa biokô.

13-Agòrò: Veste branco, usa biokô com franjas de palha

14-Itetù Jagun: Ligado a Yemanjá e Oxalá.

Aparecem ainda vários nomes, títulos e qualidades parecidas: Ajágùsí, Topodún, Janbèlé, Parú, Polibojí, Akarejebé, Aruajé, Ahoye, Olutapá, Sapatá Ainon, Wari Warún etc.

Algumas Casas fazem ainda referência às seguintes Qualidades de Omolu:

1-Saponan- É o mais antigo. Deus da varíola e das doenças de pele. Tem caminhos com Oxóssi. Seu nome não deve ser pronunciado. Na África, quando se fala seu nome, coloca-se mel na boca. Recebe oferendas com Exu e tem fundamento nas encruzilhadas. Suas contas são brancas e pretas.

3-Possun- No Jêje é louvado como Azanssun, ligado ao tempo, às estações do ano e ao culto da terra. É o verdadeiro dono do cruzeiro. Seu assentamento é feito no barro vermelho. Veste-se de vermelho, preto e branco. Na perna esquerda leva uma pulseira de aço.

No Keto e na Angola é reverenciado como Tempo. Recebe oferendas diretamente na terra. Sua dança mostra claramente sua ligação com Exu e com a terra: dança com garras nas mãos, como se estivesse cavando a terra ou retalhando alguma coisa. Animais para oferenda: cágado e tatu. Tem caminhos com Intoto, Iroko e Oyá.

4-Intoto- Suas contas são em vermelho e preto. É um Orixá cultuado apenas em seu assentamento (não “vira” na cabeça de ninguém). Representa o fundo da terra. Recebe oferendas com Ewá, Oyá e Iku. Seus assentos são cultuados ao lado de Nanã e Yemanjá. Não aceita a faca, assim como Nanã. Suas oferendas sempre levam dendê e são feitas no campo que tenha barro. Animais para oferenda: porco preto, frangos, pombos de cor e galinha d'angola.

Fonte:www.seteporteiras.org.br