sábado, 30 de julho de 2011

Trono Feminino do Amor e Trono ­Masculino do Amor

Trono Feminino do Amor

Por Alexandre Cumino

Oxum, Afrodite, Vênus, Hebe, Concórdia, Carmenta, Juturna, Pax, Lakshmi, Ísis, Ganga, Ranu Bai, Hator, Ísis, Bast, Freyja, Blodeuwedd, Allat, Ishkhara, Kwan Yin, Chang Um, Tsai Shen, Kwannon, Maile, Erzulie, Astarte, Xochiquetzal, Chu-Si Niu, Sammuramat, Branwen, Anahita, Erzulie Freda, Partaskeva, Caritas ou Graças, Branwen, Comentário.

Oxum — Divindade de Umbanda, é o Trono Feminino do Amor, irradia o amor o tempo todo de forma passiva não forçando ninguém a vivenciá-lo, mas sustentando a todos que têm amor.

Fator agregador e conceptivo, traz a energia e o magnetismo, de Amor, que agrega e une desde os átomos e planetas até as pessoas. Também atua nas concepções através dessas uniões que se estabelecem a partir de suas qualidades.

Elemento mineral, rios e cachoeiras são seu ponto de força. Pode ser simbolizada ainda por um coração, a ela são feitos os pedidos para o amor em todos os sentidos. Também considerada Senhora do ouro, lembra que o verdadeiro ouro da espiritualidade é o Amor e que com ele se atrai toda a prosperidade, tanto na matéria como em espírito, esta é a chave da interpretação para essa sua relação com o ouro material. Cor: amarelo, rosa, azul-claro ou dourado. Pedra: quartzo rosa, pirita e ouro.

Afrodite — Divindade grega, conhecida como Vênus entre os romanos. O nome já explica sua origem “nascida da espuma”, é a grande Deusa do Amor, sua beleza era inigualável, casada com Hefaístos, teve casos com Ares, Hermes e Dionísio. Mãe de Eros e Príapo.

Hebe — Deusa grega da juventude, era responsável de servir o néctar e a Ambrósia, alimento dos deuses. A criada ideal dos deuses, quando Héracles ganhou a imortalidade, tornou-se sua esposa.

Concórdia — Divindade grega da reconciliação e da ­harmonia.

Carmenta — Divindade romana, padroeira dos partos e dos recém-nascidos. Recebia oferendas de arroz e pastéis, modelados na forma de genitálias femininas. Costumava-se pedir a ela que lhes dessem um parto tranqüilo.

Juturna — Divindade romana das fontes e águas sagradas, senhora das profecias.

Pax — Divindade romana da Paz.

Lakshmi — Divindade hindu do ouro, fortuna, prosperidade, beleza e Amor. Consorte de Vishnu. Muito popular na Índia, ­sendo considerada a mais próxima dos seres humanos. Quer o bem-estar de todos sem se preocupar com suas ações ou seu passado. Surgiu das águas cósmicas da eternidade. Traz riqueza material e ­espiritual.

Ganga — Divindade hindu que é o próprio rio Ganges ou aquelas dos seios aos quais o rio saiu.

Ranu Bai — Divindade hindu que com a água de todos os rios em seu jarro de ouro trazia a fertilidade às mulheres.

Hator — Divindade egípcia, “a casa de Hórus”, Senhora do céu e do horizonte (em dendera). Uma das Divindades que melhor representa o sentido do Amor.

Ísis — Divindade egípcia, uma das mais importantes Divindades do panteão egípcio. Também chamada de senhora dos mil ­nomes.
Divindade de forte personalidade percorre os quatro cantos do globo, por Amor, atrás dos pedaços de seu marido, Osíris, assassinado pelo irmão Set. Tendo encontrado todas as partes (menos o falo que continuou desaparecido) do amado, ainda conseguiu unir-se a ele assim concebendo o filho Hórus. Com o tempo, Ísis teve seu culto muito difundido, passando assim a absorver as qualidades de outras Divindades femininas que deixavam de ser adoradas. Além de uma grande Divindade do amor, tornou-se também a Deusa Mãe, já absorvendo e manifestando qualidades do Trono Feminino da Geração, conhecido como Yemanjá. Cleópatra foi uma sacerdotisa de Ísis, colaborou muito para levar seu culto aos “quatro cantos do globo”, ela se autodenominava “A Nova Ísis”, vestindo-se de Ísis nos rituais públicos. Tendo se envolvido com Júlio César e Marco Antônio, teve facilidade em instituir o culto de Ísis em Roma. É dito que a Catedral de Notre Dame, na França, foi um dos templos de Ísis.

Bast — Divindade egípcia com cabeça de gata, Divindade solar aparece como o aspecto bom, doce e agradável do Sol, enquanto Sekmet rege os aspectos de purificação e destruição.
Bast era adorada em Bubastis, trazia alegria e prazer estando ligada à dança, à música, à saúde e à cura.

Freyja — Divindade nórdica, feminina, uma das três esposas de Odin e mãe de Balder. Divindade do Amor e da Beleza. De seu nome deriva o nome da sexta-feira (Freitag, em alemão; Friday, em inglês). Freyja é o aspecto sensual desta divindade enquanto suas qualidades de Mãe ficam sob o nome de Frigga. Freyja foi amante de quase todas as Divindades masculinas, aparecia em um manto de plumas, não usando mais nada além de seu colar de Âmbar; todos ficavam embriagados por sua beleza e magia.

Blodeuwedd — Divindade celta, no seu aspecto de donzela, jovem, representa o amor, as flores e a primavera.

Allat — Divindade babilônica da cópula, das uniões, atua no campo do Amor ajudando as pessoas a conceberem a vida e os ­projetos.

Ishkhara — Deusa babilônica do amor, sacerdotisa de Ishtar.

Kwan Yin — Divindade chinesa do amor faz parte de um culto ancestral muito antigo, que se perde no tempo, também representa a paz, o perdão, a cura e a luz.

Chang Um — Divindade chinesa, protetora das parturientes e dos recém-nascidos, padroeira das mulheres.

Tsai Shen — Divindade japonesa da riqueza. Traz os símbolos de boa sorte como o sapo de três pernas, as moedas, a caixinha do tesouro com o espírito da fortuna, o morcego e os lingotes de ouro.

Kwannon — Divindade japonesa do amor, do perdão e da paz.

Maile — Divindade havaiana, é aquela que rege a Hula (dança sagrada), a alegria e a sedução. É ainda representada com a murta, trepadeira de flores muito cheirosas.

Erzulie — Divindade haitiana do amor e da sexualidade.

Astarte — Divindade canaanita, seu nome significa “o ­ventre”, de grande sensualidade, regia o amor, o desejo e a paixão. Usava o vermelho e o branco simbolizando o sangue menstrual e o sêmen.

Xochiquetzal — Divindade asteca, significa “flor preciosa”. Ela é a deusa das flores, do amor, criadora de toda a humanidade e intermediadora dos deuses.
Foi mulher do deus Tlaloc, deus da chuva, mas acabou sendo raptada por Tezcatlipoca que a levou aos nove céus. Vivia em Tamoanchan na “Árvore Florida”, um verdadeiro paraíso. Teve vários nomes incluindo Ixquina e Tlaelquani.

Chu-Si Niu — Divindade tailandesa dos partos, recebia oferendas de flores em seus templos.

Sammuramat — Divindade assíria, Senhora do Amor, da fertilidade e sexualidade.

Branwen — Divindade escocesa do Amor, da sexualidade, da Lua e da noite. Chamada de “Seios Brancos” ou “Vaca Prateada”.

Anahita — Divindade persa do Amor, considerada uma das Divindades governantes do império. Considerada como o poder fertilizador da Lua e das águas. Senhora da concepção, purificava o sêmen e consagrava o ventre e seios da mulher. Aparecia como uma linda mulher vestida de dourado e ornada com peles, diademas e colares de ouro.

Erzulie Freda — Divindade haitiana do Amor, cultuada e oferendada nas cachoeiras.

Partaskeva — Divindade eslava do amor e da sexualidade. Regente da água trazia fertilidade, bênçãos para as uniões matrimoniais e saúde.

Caritas ou Graças — Divindades doadoras do carisma e da graça. Para os romanos, eram aspectos de Vênus, chamadas de ­Vênia, ou Afrodite para os gregos. Seus nomes eram Aglaia, a brilhante, Thaleia, a que traz flores, e Euphrosyne, a alegria do coração.

Branwen — Divindade galesa do amor, conhecida como a divindade do seio branco, seu nome significa “corvo branco”.

Comentário: O Trono Feminino do Amor, Oxum, torna-se um dos Tronos mais presentes nas culturas, facilmente identificado, sendo a Mãe do Amor Universal ou ainda a donzela que representa o despertar do amor e da beleza. Na Umbanda, sincretizada com Nossa Senhora da Concepção, Santa virginal e imaculada que representa o Amor em seu sentido mais puro.

Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre Cumino. Editora Madras (www.madras.com.br)

Trono ­Masculino do Amor

Por Alexandre Cumino

Oxumaré, Eros, Kâma, Heindal, Angus Óg, Tamuz, Comentário.

Oxumaré — Divindade da Umbanda, é o Trono Masculino do Amor, absorve o amor em desequilíbrio de forma ativa reconduzindo o ser ao caminho do equilíbrio. Cósmico, pune quem dá mau uso ou se aproveita dessa qualidade divina com más ­intenções.

Fator renovador, atua “reciclando”, renovando, a vida do ser. Divindade da alegria, nos ajuda também a sermos mais crianças, puros. Elemento cristalino-mineral muito presente nas cachoeiras. Sua cor é o colorido do arco-íris.

Faz par com Oxum, nesta linha do amor, onde numa cachoeira quando vemos suas águas caírem em queda, na luz do Sol, Oxumaré se faz presente no arco-íris que se forma do vapor d‘água, subindo até a cabeceira da cachoeira.

Ponto de força na cachoeira. Cor: todas as cores do arco-íris. Pedra: Fluorita.

Eros — Divindade grega, Cupido entre os romanos, filho de Afrodite e Ares, disparava flechas de amor, menino alado, uma corporificação do amor. Atormentava Deuses e humanos, com uma tocha que inflamava os desejos ou as flechas que insuflavam o Amor.

Kâma — Divindade hindu, Senhor do amor e do desejo, esposo de Rati (divindade da volúpia). Representado sob a figura de um adolescente, armado de arco e flechas. Considerado uma divindade muito antiga e que alguns mais tarde lhe deram características negativas.

Heindal — Divindade nórdica da luz, chamado de “Deus reluzente de dentes de ouro”, ele é o guardião da ponte do arco-íris.

Angus Óg — Divindade celta, filho de Boann com Dagda, adotado por Midir. Seu nome quer dizer “deus jovem”. É a divindade do amor e da juventude. Como um cupido lançava beijos pelo ar que após atingir seu objetivo se transformavam em aves delicadas para alegrar a vida dos apaixonados.

Tamuz — Divindade babilônica da primavera, das flores, das plantas verdes e filhotes dos rebanhos.

Comentário: Trono Masculino do Amor, Oxumaré, não tão comum nas mitologias, parece-nos mais fácil relacionar a figura feminina com o sentido do amor. Geralmente as Divindades masculinas se voltam mais para os outros sentidos da vida, sendo a natureza masculina mais racional. Há ainda muito campo para o estudo e muitas Divindades a serem descritas como Trono Masculino do Amor. Na Umbanda, é sincretizado com São Bartolomeu, que aparece enrolado em uma cobra até a cintura, um dos símbolos de Oxumaré.



Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre Cumino. Editora Madras (www.madras.com.br)



Logunan – O Trono Feminino da Fé

Por Alexandre Cumino

Logunan / Oyá-Tempo, Éos, Moiras, Andrômeda, Horas, Nornes, Rodjenice, Tara, Nut, Shait, Arianhod, Aya, Tamar, Mora, Menat, Tanith, Nicnevin, Comentário.

Oyá-Tempo — Divindade de Umbanda, é o Trono Feminino da Fé, absorve a fé em desequilíbrio, de forma ativa, reconduzindo o ser a caminho de seu equilíbrio. Cósmica, pune quem dá mau uso ou se aproveita desta qualidade divina com más intenções.

Fator cristalizador e temporal é o próprio espaço-tempo onde tudo se manifesta. Lembrando que nossa relação de espaço-tempo depende totalmente da movimentação dos astros no espaço, da onde vêm conceitos como dia e noite juntamente com nosso senso cronológico. Dizemos que é uma divindade atemporal, pois é em si o próprio tempo não estando sujeita a ele, mas regendo seu sincronismo.

Elemento cristalino. Religiosamente goza de posição de destaque, pois rege a própria religiosidade no ser.

Sua cor é o branco e o preto, que é a presença de todas as cores ou a ausência de todas (em seu aspecto de absorção e esgotamento da religiosidade desvirtuada e dos excessos cometidos em nome da fé). Simbolizada pela espiral do tempo, se manifesta em todos os locais, assim como Oxalá com o qual faz um par nesta linha da fé. Cor: Branco e preto ou fumê. Pedra: Quartzo fumê rutilado.

Éos — Divindade grega, conhecida entre os romanos como Aurora, filha de Hipérion com Teia. Irmã de Hélio (o Sol) e Selene (a Lua). Era sua tarefa abrir todas as manhãs os portões do céu para deixar sair a carruagem do Sol. Teve muitas uniões e muitos filhos, entre os quais podemos citar os Ventos e os Astros.

Moiras — Divindades gregas, conhecidas como Parcas entre os romanos. São três irmãs, responsáveis pelo tempo e por tecer os fios de nosso destino. Aparecem humanizadas como anciãs encantadas. Seus nomes são Lachesis, Cloto e Átropos. Filhas de Nyx, a Noite, são elas que tecem os fios de nossa vida e destino. Cloto, “a tecelã”, tecia o fio da vida; Lachesis, “a medidora”, media o comprimento certo de cada fio, e Átropos, “a inevitável”, o cortava com sua ­tesoura.

Andrômeda — Divindade grega das estrelas e planetas, vista como sendo a própria constelação que leva o seu nome.

Horas — Divindades gregas, originariamente a palavra Hora era utilizada para determinar as estações do ano que se dividia apenas em três, Primavera, Verão e Inverno. São filhas de Zeus e Têmis, Eunomia (a Boa Ordem), Dicéa (a Justiça) e Irene (a Paz). Quando surge o conceito de Outono e Solstício de Inverno, duas novas horas aparecem na mitologia, Carpo e Talate, guardiãs dos frutos e flores. Quando os gregos dividiram os dias em 12 partes iguais, os poetas identificaram 12 horas, chamadas “As 12 Irmãs”. Contando-se primavera, verão, outono e inverno as horas aparecem com idades diferentes, nesta ordem, da jovem e ingênua adolescente até a madura e sábia anciã.

Nornes — Divindades nórdicas do tempo e do destino se dividem em Urdhr, a avó anciã (passado), Verdanti, a mãe matrona (presente) e Skuld, a jovem (futuro).

Rodjenice — Divindades eslavas do destino, eram três mulheres que teciam os fios da vida assim como as parcas gregas e nornes nórdicas, eram oferecidas a elas as primeiras porções de comida das comemorações batismais, assim como a placenta do bebê, enterrada ao lado de uma árvore. Eram conhecidas por Rodjenice, Sudnice e Sudjenice ou Fatit, Ore e Urme.

Tara — Divindade hindu, regente do céu e das estrelas, senhora do tempo.

Nut — Divindade egípcia, Divindade do céu, seu corpo forma a abóboda celeste, aparece curvada como um arco sobre a Terra. Nut é o próprio céu, o espaço onde tudo acontece. Representada por uma vaca, também tem a função de recolher os mortos em seu império.

Shait — Divindade egípcia do destino, acompanhava toda a encarnação de cada um anotando seus vícios e virtudes. Ela é quem dava a sentença final após a alma passar pela balança de Maat.

Arianrhod — Divindade celta, guardiã da “roda de prata” que circunda as estrelas, símbolo do tempo e do carma. Deusa da reencarnação tem como símbolo a própria espiral do tempo.

Divindade dos ancestrais celtas vive em sua própria dimensão com suas sacerdotisas. Decide o destino dos mortos levando-os para sua morada ou para a Lua. Aparece no Mabinogion, uma coleção de relatos escritos entre o século XI e XIII d.C., como filha de Don e mãe dos gêmeos Lleu Llow Gyffes e Dylan.

Aya — Divindade babilônica, “Aurora”, esposa do deus-sol babilônico Shamash.

Tamar — Antiga Divindade russa, do tempo, que habitava no céu, de onde regia as estações do ano. Aparece como a virgem que viaja pelo céu montada em uma serpente dourada. Tamar é quem aprisionava o Senhor dos ventos no Verão para soltar no Inverno, para que trouxesse a neve.

Mora — Divindade eslava do tempo e do destino. Aparece como divindade branca e alta para dar a vida, e como negra, olhos de serpente e patas de cavalo para ceifar a vida.

Menat — Antiga Divindade árabe que teve seu culto abolido por Maomé e o Islã. Essa divindade representa a força do destino, senhora do tempo e da morte, aparece sob a forma de anciã.

Tanith — Divindade cartaginense, regente do céu. Aparece com asas tendo o Zodíaco a lhe envolver a cabeça. Usa um vestido repleto de estrelas trazendo em suas mãos o Sol e a Lua.

Nicnevin — Divindade escocesa que rodopia o céu durante a noite para conduzir as almas em sua passagem.

Comentário: O Trono Feminino da Fé, Oyá-Tempo, encontrado em várias culturas, nos mostra uma divindade que, não estando sujeita ao tempo, torna-se atemporal. Passa a regular tudo o que se refere a estações do ano e clima, também mostrando-se presente como o espaço onde tudo acontece, a abóbada celeste, pois a relação espaço-tempo também depende dela. Na Umbanda, pode ser sincretizada com Santa Clara, sempre evocada para resolver as questões relacionadas ao clima e ao tempo, pela maioria das pessoas.



UMBANDA É XAMANISMO !

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terça-feira, 26 de julho de 2011

Oxalá - O Trono Masculino da Fé - Por Alexandre Cumino.

Oxalá – O Trono Masculino da Fé

Por Alexandre Cumino

Oxalá, Apolo ou Febo, Hélios, Brahma, Suria, Varuna, Rá, Khnum, Baldur ou Balder, Brán, Anu, Nusku, Utu, Shemesh, Dagda, Inti, Kinich Ahau, Comentário.

Oxalá — Divindade de Umbanda é o Trono Masculino da Fé, irradia a fé o tempo todo de forma passiva, não forçando ninguém a vivenciá-la, universal, sustenta a todos que têm fé.

Fator magnetizador e congregador, está na base da criação, sem Fé não existe os outros atributos dos demais tronos e sem magnetismo nada existiria em nosso planeta. Este é o trono principal, regente de nosso planeta. As Divindades que representam esse trono costumam estar no topo do panteão ou serem identificadas com o Sol que a tudo sustém.

Elemento cristalino, representa a pureza, está em todos os lugares, religiosamente goza de posição de destaque, pois sem fé não há religião. Sua cor é o branco, que tem em si todas as cores. Tem como símbolo a pomba branca da paz e podemos ainda simbolizá-lo com a cruz da fé ou a estrela de cinco pontas, que desperta a magia da fé no ser humano. Seu ponto de força na natureza é qualquer lugar onde se possa sentir a paz do trono da fé, dando preferência muitas vezes a mirantes, campos abertos e bosques. Pedra: Quartzo cristalino.

Apolo ou Febo — Divindade grega, filho de Zeus com Leto; é o Deus da Luz Solar, da música, artes e medicina. Senhor do Oráculo de Delfos. Divindade radiante, sempre moço e belo. Traz pureza, tranqüilidade e espiritualidade.

Hélios — Divindade grega, irmão de Éos; era o próprio sol, representado como um jovem com raios de luz saindo da cabeça. É considerado também aquele que ilumina e traz a iluminação, a Luz.

Brahma — É a primeira pessoa da trindade hindu (Brahma, Vishnu e Shiva). É o primeiro criado; criador, incriado, do Universo. Costuma se manifestar com quatro cabeças simbolizando os quatro vedas (“conhecimento”), livros sagrados para os hindus, quatro yugas (eras, ciclos de tempo e realidade pela qual passa a humanidade, atualmente estamos na Kali-yuga, a era da destruição), quatro castas (classes sociais hindu). Tendo quatro braços segura em cada uma das mãos uma “mala” (colar de oração hindu, simbolizando a tranqüilidade da mente), uma colher e ervas (simbolizando os ­rituais), o Kamandalu (pote com água, simbolizando a renúncia) e os vedas (simbolizando o conhecimento). A mão que segura o “mala” faz um sinal, “abhaya mudrá”, que representa o afastamento do medo. Aparece de olhos fechados em meditação o que demonstra suas qualidades de paz e harmonia. Sua consorte, Sarasvati, o Conhecimento, manifestou-se a partir dele. Dessa união surgiu toda a criação.

Suria — Divindade hindu, Deus Sol; é a alma suprema dos vedas e deve ser adorado por todos os que desejam a libertação da ignorância.

Varuna — Divindade hindu, provém da raiz verbal “vr” (“cobrir, circundar”), circunda o Universo e tem como atributo a soberania, através do Sol ele controla tudo, e desta maneira fez três mundos, habitando em todos eles: céu, terra e o espaço intermediário de ar onde o vento é sopro de varuna. Sua morada é o Zênite, mansão de mil portas, onde fica sentado e a tudo observa; à sua volta ficam seus informantes que inspecionam o mundo e não se deixam enganar. Seu poder é ilimitado assim como seu conhecimento; ­inspeciona todo o mundo, sendo senhor das leis morais. Varuna já foi um Deus Único e Celeste, perante a criação, com o tempo tornou-se Divindade das águas, rios e oceanos.

Rá — Divindade egípcia; é o princípio da Luz, simbolizado pelo Sol; ele é mais do que o próprio. É ele quem penetra no disco solar e lhe confere a luz. Adorado como uma das maiores Divindades egípcias e muitas vezes associado ao nome do Ser Supremo para lhe conferir este status, como Atun-Rá ou Amon-Rá.

Khnum — Deus local do Alto Egito; era um Deus simbolizado com cabeça de carneiro. Tinha aspectos de criador, possuidor de um torno de oleiro, onde modelara o corpo de todos os homens.

Baldur ou Balder — “Distribuidor de todo o bem”. Divindade Nórdica, masculina, filho de Odim com a Deusa Mãe Frigg. Conhecido como Deus Sol, o todo radiante, de beleza incomparável. É conhecido como a deidade boa, pura e carismática. Deus pacífico. Conhecido ainda como “o bem-amado”, “o santo”, “o único sem pecado”. “Deus da bondade”, foi morto por obra de Loki. Frigga, sua mãe, pediu a todos, e a tudo, que jurassem não prejudicar o “deus radiante”, mas esqueceu-se do “frágil ramo de agárico”. Deste ramo, Loki fez um dardo e colocou na mão do cego Hoder, enquanto todos os deuses se divertiam tentando ferir Baldur com pedras e sem sucesso pelo juramento. Orientado por Loki, Hoder atira o dardo que mata Baldur. É dito que, quando um mundo novo e mais puro surgir, ele renascerá.

Brán — Divindade celta. “O abençoado”. Brán é muito cultuado no País de Gales; é considerado o Deus da profecia, das artes, dos líderes, da guerra, do Sol e da música.

Anu — Divindade sumeriana. O pai das Divindades, destronado por Enlil. É o próprio céu, Divindade do firmamento estrelado. O que reina na esfera superior. Adorado por sumérios, acádios e assírio-babilônicos, como sendo a divindade maior, por vezes visto como o Deus Supremo. Senhor dos anjos e dos demônios, de todas as potências inferiores e superiores. Adorado como deus em Uruk.

Nusku — Divindade sumeriana. Deus da luz, adorado ao lado do Deus da Lua em Harran e Neirab. Vizir de Anu e de Ellil. Tem como símbolo uma Lâmpada.

Utu — Divindade sumeriana. Deus Sol sumério. Traz o título de “meu sol” como “majestade”, como eram chamados os reis e deuses chefes de panteão.

Shemesh — Divindade hebraica. Aparece com raios flamejantes saindo de seus ombros, saltando sobre montanhas com uma espada flamejante de serra nas mãos e tiara de fogo na cabeça, também simboliza o Sol. É a mesma divindade arábica Shams.

Dagda — Divindade celta que aparece como o grande pai de todos, chamado de “o bom deus”. O poder de dagda aparece como um sopro que torna os agraciados em grandes trovadores.

Inti — Divindade inca do Sol também chamado de “Servo de Viracocha”. Protetor da casa real onde o Imperador era chamado de “filho de Inti”. É o grande doador da vida e da luz, Divindade popular mais importante com seu culto estabelecido em vários templos.

Kinich Ahau — Divindade maia do Sol, muito ligado ao Deus Criador Itzamná.

Comentário: O Trono Masculino da Fé, Oxalá, é facilmente encontrado nas várias culturas, por ser comumente representado como o Sol ou como a divindade que participou da criação, pois é a base da mesma. Sem o sentido da Fé nada existe religiosamente e sem o fator magnetizador nada existe na criação, onde tudo se sustenta por vibração magnética. Logo se torna sempre uma Divindade importante e benevolente. Na Umbanda, foi sincretizado com Jesus Cristo, expoente máximo da fé Católica.

Fonte: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre Cumino. Editora Madras www.madras.com.br

ORIXÁ EXÚ - O TRONO DA VITALIDADE.

Orixá Exu – O Trono da Vitalidade



Por Alexandre Cumino


Antes, algumas palavras sobre este trabalho e pesquisa comparativa entre Orixás e outras Divindades.

Sabemos que Deus é um só manifesto por meio de muitos nomes diferentes, que implicam culturas e formas diversas de entendimento e concepção do que Ele vem a ser. Também podemos caracterizar este fato como essência e forma, Deus é “Essencia” que se manifesta por diferentes “Formas”, segundo a cultura e o perfil coletivo e individual. Por esta razão é tão importante que hajam muitas religiões, pois cada uma atende umas maneira diversa de entender e expressar a realidade em que vivemos e o sagrado que permeia esta realidade.

As formas mudam e assim podemos dizer que uma forma não é igual a outra ou que são “coisas” distintas, sem medo de errar, mas ao mesmo tempo são de mesma essência.


Poderão dizer que Alá é diferente de Adonai e este de Braman, Tupã, Olorum, Ptah, Wakan Tanka, Jah... sim são diferentes na forma, desde a diferença na lingua e cultura de origem até a diferença ritual e doutrinaria de cada religião se conectar ou relacionar-se com Deus, por estas formas variadas. Logo UM não é a “mesma coisa” que OUTRO, mas guardam a mesma “essência primeira” e “original”. É Deus em suas variadas formas, em todos os casos acima e muitos outros estamos nos referindo ao mesmo “Principio – Essência”.

Com as Divindades de Deus se dá o mesmo fenômeno, uma mesma essência se manifesta por formas e culturas variadas, se assim não fosse a cada religião criada pelo homem Deus haveria de criar novas Divindades. Logo não são “culturalmente” as mesmas, mas guardam uma mesma essência, uma mesma origem comum, a que podemos chamar de “Tronos de Deus”. O que aqui tem o significado de “Divindades de Deus” em sua forma pura, na essência, em Deus, antes da nomeação e aculturação de cada um com nomes e formas. O termo “Trono” já existe na cultura Judaico-cristã, mas aqui foi “re-significado” para identificar a Divindade em sua essência original, que em cada cultura recebe diferentes nomes e formas.

O maior mitólogo que tenho conhecimento chama-se Joseph Campbell e em seus trabalhos afirma que “os mitos se repetem nas culturas diversas”, o homem os repete pois eles trazem “chaves de interpretação” de nossa realidade.

Quando um mito se repete ele apresenta um mesmo arquétipo, perfil ou qualidade, segundo um dos mais importantes Mestres da Psicologia Carl Gustav Jung estes arquétipos estão no inconsciente coletivo, ou seja em uma “memória inconsciente” que não pertence a ninguém e ao mesmo tempo pertence a todos. Em diferentes culturas se apresentam os mesmos arquétipos.

Mircea Eliade o maior de todos os pesquisadores e estudiosos de História das Religiões de forma comparada, afirma que os “fatos religiosos” se repetem ao infinito.

Estas repetições se dão porque tudo tem uma mesma origem divina que se repete nas diversas culturas, o que vem do alto se multiplica no meio, Rubens Saraceni e Pai Benedito afirma quem “Deus cria e se multiplica o tempo todo”, “Deus cria em si e a partir de si, em si mesmo Ele cria as Divindades e a partir de si cria os seres em evolução e suas realidades ou mundos”, ao mesmo tempo ele está em tudo e todos pois: “somos uma parte d’Ele e Ele é, todos nós, por inteiro”.

Alguns Umbandistas do passado acreditavam que a origem comum dos “fatos religiosos” que se repetem estava no mundo objetivo e cultural, daí surgiu a teoria do AUMBANDÃ (Primeiro Congresso de Umbanda 1941), como fonte original de todas as religiões a ser restaurada pela Umbanda. A “constatação” do que seria um fato se deu por reconhecer que a Umbanda faz repetir o que já se praticava nas mais diversas religiões. A repetição se dá de forma natural pois a origem é divina, dos dons, arquétipos, divindades assim como das chaves de interpretação dos mitos que revelam e ocultam ao mesmo tempo os mistérios do Macro (Deus) e do Micro (Homen).

Como os estudos de religião e a interpretação dos fatos religiosos evoluem, surgem novas formas de abordar e interpretar os mistérios, de dentro para fora da religião e de fora para dentro da mesma. Assim temos olhares de história, sociologia, antropologia... e teologia para estudar estes fenômenos.

Também surgem novas palavras para definir novos conceitos até então inéditos, como os exemplos abaixo:

Panenteismo

Há uma diferença entre afirmar que “Tudo é Deus” e afirmar que “Deus está em Tudo”, a primeira afirmação se define por “Panteismo” a segunda ganhou um neo-logismo chamado “Panenteismo”, podemos dizer que nós Umbandistas somos “panenteistas” pois “vemos” e reconhecemos Deus em tudo, sem no entanto confundir o todo com as partes.

Mono-politeismo

Da mesma forma reconhecemos um Deus único e reconhecemos que tem muitos nomes e divindades associadas, quem crê em um Deus Único é “Monoteista”, quem crê em muitos deuses é “Politeista”, também há um “neo-logismo” para quem crê em um Deus único e muitas Divindades, que manifestam suas qualidades, “Mono-politeismo”. Também Podemos dizer que somos, nós umbandistas, “Mono-politeistas”, Monoteistas com relação ao Deus Único e Politeistas com relação as suas divindades.

É dentro destes conceitos de que Deus Cria se Repetindo (Multiplicando) e se Repete (Multiplica) criando, que em 1999, Rubens Saraceni, afirmou que se procurássemos em outras culturas encontraríamos divindades análogas aos Orixás com outros nomes. E que tanto os Orixás quanto as demais divindades são formas de uma mesma essência, pois é a forma que cada cultura diversa, encontrou para culturas as Divindades de Deus ou “Tronos de Deus”.

Esta forma de pensar já pertencia ao africano que reconhecia nas divindades Bantu-Angolanas, Inquices, os mesmos Orixás da cultura Nagô, com outros nomes. Tanto é fato que é muito comum encontrarmos “Candomblés de Angola” cultuando os Orixás da Cultura Nagô-Yorubá, que tem origem na Nigéria e parte do Benim. O mesmo se deu entre alguns grupos Jejê que cultuam os Voduns que gerou Tambor de Mina no Maranhão e Voodoo no Haiti.

Logo compreendo que não seja exatamente a mesma coisa nos referirmos a Oxum, a grega Afrodite, romana Vênus, hindu Lakshmi, egípcia Isis, nórdica Freyja, celta Blodeuwed, chinesa Kwanin, asteca Xochiquetzal e outras... Mas nos remetem a uma mesma essência e seu estudo comparado nos ajuda a compreender mais e melhor as “chaves”, que os mitos revelam e ocultam, bem como o estudo comparado nos mostra que da nossa forma, do nosso jeito, estamos fazendo o mesmo que já fizemos em tantas outras encarnações, cultuando Deus e suas Divindades por meio de seus diversos nomes.

Há ainda casos de divindades que trazem em si qualidades de muitos “Tronos Originais”, como Logunedé que tem qualidades de Oxossi e Oxum; Oxalufã que tem qualidades de Oxalá e Obaluayê; Shiva que tem qualidades de Xangô, Omulu, Iansã, Obaluayê e Exu; Hermes que tem qualidades de Oxossi e Exu... claro segundo meu ponto de vista e interpretação. Logo há divindades que intermediam para muitas outras divindades o que apenas marca seu perfil. O que não invalida o estudo, apenas nos aguça a estudar mais e mais estes mistérios encantadores que são em si as diversas manifestações de Deus e suas Divindades.

No cristianismo negam-se as divindades, no entanto os vários santos católicos formam, praticamente, um panteão de “semideuses”, cada santo ocupa o lugar de um ou mais “Tronos de Deus”. O que foi uma necessidade, durante o período de expansão do Catolicismo, pois os vários cultos à “Deusa do Amor”, por exemplo, ou simplesmente ao “Trono Feminino do Amor”, tem uma função e razão de ser junto á humanidade; o que revela um arquétipo, mitos e sua presença no inconsciente coletivo. Desta forma os santos passaram a ocupar e manifestar as qualidades, virtudes e mistérios que pertencem às divindades (Tronos de Deus). Nossa Senhora praticamente assumiu a posição de Feminino de Deus, é ela a idealização da Grande Deusa, e em seus mais variados nomes vai apresentando os mistérios diversos de muitas divindades femininas em seus diversos nomes e arquétipos.

Encontramos Nossa Senhora das Graças, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora das Virtudes, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora das Dores, Nossa Senhora da Saúde, Nossa Senhora Desatadora dos Nós e outras, em que cada uma manifesta um mistério diferente na criação.

Orixá Exu

Sei que para alguns ainda é difícil entender a diferença entre Orixá Exu e Entidade Exu. O Orixá Exu é a nossa forma de entender uma divindade de Deus, a Divindade ou “Trono da Vitalidade”, aquele que dá vitalidade à toda a criação. A entidade exu é um espírito humano que trabalha com este mistério, todos os exus de Umbanda, todas as entidades exu, trabalham sob o amparo e sustentação do Orixá Exu.

Podemos dizer que o Orixá Exu está para as entidades Exu, assim como Oxossi está para os Caboclos, Obaluayê está para os Pretos-velhos ou Ibeji está para as Crianças.

Também já foram pensados sincretismos de santos com Orixá Exu, como o próprio Expedito, Santo Antônio, São Pedro e até Menino Jesus em alguns lugares do Caribe, no qual Exu não foi demonizado e guarda em um de seus aspectos a forma jovial e inocente, que justifica sua irreverência e traquinagens mitológicas. Algo semelhante se dá com Khrisna criança que se diverte com as próprias estripulias ou com Hermes grego que ainda criança faz mil e uma artes e até rouba os rebanhos de seu irmão Apolo.


No caso do Orixá Exu ou Trono da Vitalidade, trata-se de uma divindade que atua em todas as vibrações, em todas as linhas a partir de si mesmo ou por meio dos outros Orixás. Mas este já é assunto para outro texto, ou ainda para a leitura dos títulos Livro de Exu – O Mistério Revelado e Orixá Exu (Rubens Saraceni – Ed. Madras).

Quanto a Divindade ou Trono da Vitalidade também assume nomes diferentes e formas variadas nas diversas culturas, é para nós o Orixá Exu. Encontrar suas manifestações diversas é trabalho de pesquisa muito enriquecedor pois estudar outras manifestações do mesmo mistério nos traz maior compreensão sobre o mesmo.

O conteúdo abaixo faz parte do título Deus, Deuses, Divindades e Anjos , do excelente autor Alexandre Cumino, eu mesmo, rs. Os resultados são fruto dos estudos de “Teologia de Umbanda Sagrada”, no tema “Orixás – Teogonia de Umbanda” e assunto “Estudo Comparado dos Orixás”.

Orixá Exu – O Trono Masculino da Vitalidade

Por Alexandre Cumino

Exu, Shiva, Hermes, Pã, Príapo, Dionísio, Min, Bes, Seth, Savitri, Lóki, Baal, Shulpae, Shullat, Kanamara Matsuri, Baco, Anzu, Comentários.



Exu — Divindade africana, da cultura Nagô que predomina na região da atual Nigéria e parte da Republica Popular do Benim. É o Trono da Vitalidade e também um Trono Tripolar (vitaliza, desvitaliza ou neutraliza toda e qualquer ação).

Orixá Exu tem origem Nagô, onde é Divindade fálica, age também no sentido do vigor físico e espiritual. Seu nome, na língua Yorubá, quer dizer Esfera, mostrando ser uma Divindade que atua em Tudo e em todos os campos.

Considerado o mensageiro dos outros Orixás, Exu vitaliza ou desvitaliza qualquer um dos sete sentidos, sendo muito evocado e muito atuante pela abrangência de seu mistério.

O tridente, ferramenta de Exu na Umbanda, nunca teve conotação negativa, pelo contrário. O Tridente sempre foi algo divino nas culturas pagãs anteriores ao Cristianismo, por isso a cultura católica fez questão de pregar o inverso, para facilitar a conversão de seus fiéis e fazer com que esquecessem os mistérios a que tinham acesso direto. Agora o único acesso a qualquer mistério estaria na mão de um Sacerdote Católico.

Podemos citar o uso de Tridente por Zeus, Netuno, Tritão, Posseidon e Shiva, entre outros. Esses tridentes mostram o valor divino concedido a eles; a trindade; o alto, o meio e o embaixo; Céu, Mar e Terra; Luz, sombra e trevas; Pai, Mãe e Filho; etc. Na cultura católica, essa trindade perde toda sua relação com o tridente e aparece apenas como Pai, Filho e Espírito Santo, deixando de lado o elemento feminino, tão importante, que se concentrará na figura de Maria, Mãe de ­Jesus.

Assim, Exu evoca seu mistério do vigor e o mistério tridente já tão deturpado em nossa cultura, mas de grande valor como mistério divino, pois trás em si poder de realização, desde que manifesto da forma correta.

Elegbara – Também conhecido como Elegba, Legba, Elebá, Lebá, Elegua, Légua e outros é divindade da cultura Gêge, Vodun, na língua Fon. Seu nome significa Poderoso , tem em si todas as qualidades do Orixá Exu, e de cultura tão próxima na África houve também sincretismos. Elebara é sinônimo de Exu e tornou-se na cultura Yorubá, também, uma das qualidades do Orixá Exu.

Aluvaiá – Este é o nome da Divindade da Vitalidade na cultura bantu, na língua quimbundo, portanto é um “inquice”, é o Exu dos Cultos Angola/Congo.

Shiva – Divindade hindu, é a terceira pessoa da trindade formada por Brama, Vishnu e Shiva, na qual um constrói, ou outro mantém e o terceiro destrói a criação para que torne a construir outra vez. Tem como consorte (esposa) Parvati, que também se manifesta como Durga ou Kali. Pai de Ganesha a quem deu o titulo de Senhor dos Exércitos de Shiva. Shiva reina sobre todos os seres “infernais” e “trevosos” ele tem o poder destruidor e transformador. Shiva é o grande Yogue o Maha Deva (Grande Deus), todos vão a sua cidade natal Varanasi para passar os últimos dias de vida ao lado do Rio Ganges assim depurando o carma, para ao desencarnar na Cidade de Shiva ficar livre da roda dos renascimentos, Sansara. Shiva é Fálico, nos seus rituais chamados Puja o sacerdote Pujari, faz oferendas em torno de um lingan que representa o falo de Shiva. O lingan é todo besuntado com (iogurt) e mel que também consiste da oferenda. Shiva usa um Tridente que representa seu poder trino, enquanto terceira pessoa, e também para lembrar que onde está uma pessoa está as três pessoas. O Tridente também representa o poder no Alto, no meio e no Embaixo.

Shiva enquanto terceira pessoa da trindade também manifesta qualidade de outras divindades ou Orixás, pois uma de suas manifestações é chamada de Nataraja quando Shiva aparece dançando dentro de um circulo de fogo. Sua dança é quem mantém o universo em constante movimento, é a Dança Cósmica do Universo. No fogo, na dança e na destruição podemos associar Shiva a outros Orixás, o que é normal pois mesmo Ogum se manifesta de formas diversas, quando manifesta a lei no campo dos outros Orixás.

Hermes — Divindade grega, filho de Zeus com a ninfa Maia, é o mensageiro dos Deuses. Responsável por tudo que se relacionasse com movimento, viagem, estradas, moeda e transações comerciais. Por isso aparecia sempre usando um chapéu de viajante e sandálias aladas. Na mão, levava uma varinha mágica feita de duas cobras enroscadas em uma haste.

Pã — Divindade grega, filho de Hermes, torso humano, pernas e chifres de bode, deus dos campos, dos pastores e dos bosques. Adorava a companhia de Sátiros, excelente músico e dançarino, adorava perseguir as ninfas. De voz aterradora é a partir de seu nome que surgiu a palavra “pânico” que diz respeito a assustar-se com a presença de Pã.

Príapo — Divindade grega, filho de Afrodite e Hermes, Divindade fálica da fertilidade.

Dionísio — Divindade grega, filho de Zeus e de Sêmele, Deus dos vinhos e folguedos, vagava por todo o país bebendo vinho e dançando sem parar. Teve seu culto inicial mais ligado aos aspectos de divindade da floresta, possuindo qualidades fálicas foi deixando para trás sua natureza vegetal, lembrada apenas pelo vinho e videiras. Como divindade fálica, aparece com sobrenomes como Ortos, “O Ereto”, e Enorques, “O Bitesticulado”.

Min — Divindade egípcia, Divindade fálica, também da abundância, da fertilidade, da força, do poder e do vigor.

Bes — Divindade egípcia, “Deus da Concupiscência e do Prazer”, de origem estrangeira, aparece de pé sobre um lótus; também é fálico.

Seth — Divindade egípcia, Senhor do Caos ou da desordem, também transmite força, poder e vigor. Atua de forma tripolar e muitas vezes atuará no campo do Trono Oposto ao Trono da Lei, pois sua presença gera a desordem, bem como sua ausência beneficia a Ordem Divina.

Savitri — Divindade hindu, “su” raiz do nome (“estimular”) é o “estimulador de tudo”.

Lóki — Divindade nórdica, irmão de Odim, é Divindade de força e poder que muitas vezes direciona todo esse potencial de forma não compreensível. Incansável em suas ações, é em si o próprio mistério do Vigor agindo de forma dual, ora positivo e ora negativo.

Baal — Divindade caldéia, cananéia e fenícia, “Senhor” ou “Esposo”. Também é um deus fálico.

Shulpae — Divindade sumeriana com uma série de atribuições, incluindo fertilidade e poderes demoníacos.

Shullat — Divindade sumeriana, consorte de Hanish. Servo do deus sol. Equivalente a Hermes, o mensageiro divino.

Kanamara Matsuri — Divindade japonesa, “falo de ferro”, senhor da fertilidade, reprodução e sexualidade, trazia fartura e a cura para a impotência e a esterilidade.

Baco — Divindade grega do vinho e da vindina, da devassidão e do alvoroço.

Anzu — Divindade babilônica, Águia de cabeça de leão, porteiro de Enlil, nascido na montanha Hehe. Apresentado como o ladrão mal-intencionado no mito de Anzu, mas benevolente no épico sumério de Lugalbanda.

Comentários: O Trono Masculino da Vitalidade, Exu, tem sido muito mal compreendido desde que fomos dominados por uma cultura que vê a união carnal como pecado original. A região sacra do corpo humano tornou-se algo a ser escondido como vergonhoso. A fertilidade divina perde sua relação com o vigor físico, logo as Divindades fálicas são mal compreendidas e facilmente associadas a algo negativo. Espiritualmente o órgão sexual, responsável pela concepção, geração, multiplicação e perpetuação da espécie é divino, sem dúvida, sendo algo negativo a “bestialização” do que nos foi reservado para o Amor. Logo, a vitalidade, o vigor e o estímulo são algo essencial para a vida, pois é aplicado não apenas com ­conotação ­sexual e sim em todos os campos da vida, pois uma pessoa desvitalizada ou desestimulada, rapidamente, vai perdendo a vontade de ­viver.

Entendemos assim que, como esse, muitos outros mistérios e tronos de Deus são incompreendidos; nossos tabus e conceitos muitas vezes encobrem a visão do que é sagrado e divino em nossas vidas.

Bibliografia: Deus, Deuses, Divindades e Anjos. Alexandre Cumino, Ed. Madras

Orixá Ancestral,de Frente e Adjuntó!!!


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sexta-feira, 22 de julho de 2011

As Cores dos Orixás - Por Rubens Saraceni


Comentar sobre as cores do Ori­xás é o mesmo que tentar equili­brar-se e manter-se ereto na cris­ta de uma onda ou parar todos os movimentos no meio de um ciclone, pois nenhum Orixá tem uma única cor.

Isto tudo é apenas fruto da tentativa de individualizar o geral e generalizar o individual.

Como dar cor a uma energia?

Desde Oxalá, no extremo positivo, até Omolu, todos trazem em si tantas cores que, por não serem visíveis aos olhos humanos e serem ainda desconhecidas, é-nos impossível comentá-las.

Afinal todo Orixá é um mistério em si mesmo, e, por ser um mistério, por sua própria essência divina, assume a cor que lhe atribuem, além de todas as outras, pois um mistério é a Manifestação Divina do Divino Criador, tornada visível aos olhos humanos, os quais, por mais que estudem, jamais serão capazes de penetrar no interior de um mistério para desvendá-lo.

Em verdade, um Orixá irradia todas as cores, pois irradia em todas as sete faixas ou padrões vibratórios, e cada tipo de vibração, ao graduar a velocidade do giro, pode ser para mais ou para menos, dá uma cor a cada um dos elementos irradiados na forma de energias.

Por isso, uns dizem que Ogum é azul e outros dizem que é vermelho.

Ou uns dizem que Xangô é vermelho e outros dizem que é marrom.

Os Oguns individualizados assumem a cor vermelha, na Umbanda, porque o próprio astral aceitou essa classificação que fixaria a sua identificação e facilitaria seu entendimento. E o mesmo ocorreu com o marrom de Xangô.

Mas nós sabemos que as cores dos Oguns variam de acordo com a faixa vibratória em que atuam. E o mesmo acontece com todos os Orixás, pois temos Iansãs que irradiam a cor ama­rela, a cor vermelha, a cor azul, a cor cobre, a cor dourada, etc.

Logo, discutir a cor dos Orixás é um assunto ainda desconhecido no plano material. O comprimento de onda ou a velocidade da irradiação é que determina se uma energia irradiada é azul, verde ou vermelha. E o comprimento de onda ou velocidade obedece ao tipo de elemento e ao padrão vibratório da faixa por onde ele está sendo irradiado.

No padrão vibratório cristalino, as cores das energias praticamente desaparecem.

No padrão vibratório telúrico, elas assumem tonalidades tão densas, que temos a impressão de poder pegá-las com as mãos.

Além do mais, dentro de uma mesma faixa vibratória, temos os subníveis vibratórios. E aí a coisa complica ainda mais, porque nos subníveis mais eleva­dos, as cores se sutilizam, e, nos mais baixos, elas se densificam.

Mas todos os Orixás são Mistérios Divinos e aceitam, sem discussões as cores que já lhe atribuíram ou haverão de atribuir-lhes, pois, como Mistérios, trazem em si todas as cores.

Então que na mente das pessoas se afixe a cor que melhor irá permitir sua interação vibratória com seu que­rido Orixá, pois através dessa via colo­rida seu Orixá atuará em todo o seu mental, espiritual, emocional e físico, e o fará com tanto amor que, no fim, no imenso oceano da vida, todos serão cintilantes e multicoloridos “pingos” de amor à criação e de fé, muita fé, no nosso amoroso Criador.

Agora passaremos aos nossos ama­dos filhos-de-santo e filhos-de-fé, as cores que temos permissão de revelar, e que, se estudarem um pouco acabrão descobrindo fundamentos profundos no campo das irradiações energéticas que começam a acontecer após nossos “pedidos” e orações, invocações e fir­mezas, irradiações e cantos.

OXALÁ Branco, cristalino, furta-cor.

OIÁ-TEMPO Azul escuro, branco, preto e prata.

OXUM Rosa, dourado, azul e amarelo.

OXUMARÈ Azul, furta-cor, lilás e azul celeste.

OGUM Azul escuro, prateado, vermelho.

IANSÃ Amarelo, dourado, vermelho-coral.

XANGÔ Marrom claro, dourado, vermelho.

EGUNITÁ Laranja, dourado e vermelho.

OXOSSI Verde, azul escuro e magenta.

OBÁ Magenta, dourado e vermelho.

OBALUAÊ Branco, prateado, violeta e branco/preto.

NANÃ Lilás, azul claro e roxo.

IEMANJÁ Branco azulado, prateado cristalino, azul profundo (anil) e azul claro.

OMOLU Vermelho, preto, roxo, branco, vermelho, preto.

EXU Preto ou vermelho e preto.

POMBAGIRA............ Vermelho ou vermelho e preto.

EXU MIRIM vermelho e preto

Portanto, fiquem com as cores que já se tornaram padrão, e está tudo certo para os nossos amados Orixás, uma vez que eles querem vê-los a partir de sua fé, que deve ser pura e imaculada.



terça-feira, 19 de julho de 2011

O Anjo da Guarda na Umbanda.

O Anjo da Guarda na Umbanda

Por Alexandre Cumino

O Anjo da Guarda é um Anjo pessoal e tutelar, que têm por função velar, proteger, amparar, inspirar e acompanhar seu tutelado (este acompanhar não é algo necessariamente presencial).

Cada tradição explica o Anjo da Guarda de uma forma diferente, embora nos seja mais familiar os conceitos do Judaismo e Catolicismo é fato que já existia este conceito nas culturas sumeriana, babilônica, persa (zoroastrismo) e outras da mesopotâmia, no oriente médio antigo.

No Espiritismo (Doutrina de Allan Kardec), além de Deus todas as formas de vida seguem uma mesma e única via de origem e evolução, tudo que vive é, foi ou será espírito, logo anjos são espíritos e anjo da guarda é “espírito tutelar”, muitos o confundem com seu “espírito protetor”, “guia espiritual” ou “mentor”.

O esoterismo se apropriou dos 72 nomes de Deus na Cabala Hebraica, que são potencias de Adonai, atribuiu vogais para estes “nomes potencias” e os identificou como “anjos”, fazendo surgir uma tabela com nomes de anjos, 72 anjos, relacionada com os 365 dias do ano, em que se faz identificar pela data de nascimento o nome de seu anjo e qual suas qualidades. Embora em todas as tradições antigas anjo da guarda não tenha nome conhecido, passou-se a identificar estes nome de anjos como sendo a identidade dos “anjos da guarda”. Este conceito surge na obra de Lenain (A Ciência Cabalística ) e se repete na obra de Papus (A Cabala) que é também um seguimento do que se conhece como Alta Magia.

Na “Magia Sagrada de Abramelin”, um tratado de Magia Cabalistica, aparece um conceito de “Anjo Guardião” que se fará presente nos seguimentos “Mágikos” de Aleister Crowlei, OTO, Golden Daw e da Magia de Telema, em que o “Anjo Guardião” é uma forma personalizada do Mistério Maior, a forma de Deus manifesta para cada um...

Archibald Joseph Macintyre em seu livro “Os Anjos, Uma Realidade Admirável” apresenta de forma resumida as condições da questão CXIII da Suma Teológica, que é de São Tomás de Aquino, o maior teólogo da Igreja Católica e considerado “Doutor Angélico”, desencarnado em 1274, como podemos ver abaixo:

1– Os homens são custodiados pelos Anjos. Isto porque, como o conhecimento e as aflições dos homens podem variar muito, vindo a desencaminhá-los do bem, foi necessário que Deus destinasse anjos para a guarda dos homens, de modo que, por eles, fossem homens orientados, aconselhados e movidos para o bem.

Pelo afeto ao pecado, os homens se afastam do instinto do bem natural e do cumprimento dos preceitos da lei positiva e podem também desobedecer às inspirações que os Anjos bons lhes dão invisivelmente, iluminando-os para que pratiquem o bem. Por isso, se um homem vem a perder-se, isso se deve atribuir à malícia do homem e não à negligência ou incapacidade do Anjo da Guarda.

2 - A cada homem custodiado, corresponde um Anjo Custódio distinto. Cada Anjo tem sob sua responsabilidade uma alma que lhe compete procurar salvar.

3 - O Anjo da Guarda livra constantemente seu protegido de inumeráveis males e perigos tanto da alma quanto do corpo, dos quais o homem não se dá conta. Vimos como Jacob se dirigiu a José (Gen 48,10): “Que o Anjo que me livrou de todos os males abençoe a essas crianças.”

4 - O Anjo da Guarda impede que o demônio nos faça o mal que desejaria fazer-nos. Lembremo-nos da história de Tobias mencionada neste e no capítulo 3.

5 - O Anjo da Guarda suscita continuamente em nossas almas pensamentos santos e conselhos saudáveis (conforme se lê em Gen. 16,18; At. 5,8,10).

6 - O Anjo da Guarda leva a Deus nossas orações e pedidos, não porque Deus onisciente, necessite disso para conhecê-los, mas para que ouça benignamente. Implora por iniciativa própria os auxílios divinos de que iremos necessitar, sem que disso nos demos conta e sem que, muitas vezes venhamos a saber que recebemos esses auxílios (ver Tobias c.3 e 12; Atos c.10).

7 - O Anjo da Guarda ilumina nosso entendimento, proporcionando-nos as verdades, de um modo mais fácil e compreensível, mediante o influxo que pode exercer em nossos sentidos interiores.

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8 - O Anjo da Guarda nos assistirá particularmente na hora da morte quando mais dele iremos necessitar.

9 - Os Anjos da Guarda, segundo opinião piedosa de grandes teólogos, acompanham as almas de seus prote-gidos ao purgatório e ao céu depois da morte, como acompanhavam as almas dos antigos patriarcas ao “Seio de Abraão”, expressão que simboliza a união com o pai.

De fato, a igreja apoiando e confirmando essa crença, na cerimônia da encomendação da alma a Deus, ao descer o corpo à sepultura, como última oração, reza: “Ide a seu encontro Anjos do Senhor; recebei sua alma e conduzi-a presença do Altíssimo...; que os Anjos te conduzam ao seio de Abraão.”

10 - O Anjo da Guarda, ainda, segundo a opinião de muitos teólogos, atendem às orações dirigidas pelos fiéis à alma de seu custodiado quando esta se encontra no purgatório, “em estado não de socorrer, mas de ser socor-rida” (2-2 Q.83 a. 11. ad 3). Por isso, as súplicas dirigidas às almas do purgatório são das mais eficazes, pois são impetradas pelo Anjo da Guarda da alma a quem se recorre.

11 - O Anjo da Guarda acompanhará eternamente no Céu a seu custodiado que alcançou a salvação, “não mais para protege-lo, mas para reinar com ele” (1.Q.113 a.4) e “para exercer sobre ele algum mistério de iluminação” (1 Q, 108 a. 7 ad 3).

12 - O Anjo da Guarda não pode livrar-nos das penas e cruzes desta vida, enquanto Deus em sua infinita bon-dade no-las tiver mandado ou permitido, para nossa provação, santificação e purificação. Mas nos ajudará a suportar pacientemente , resignadamente e até mesmo alegremente as provações, encaradas como nossa modesta participação de solidariedade no Mistério da Redenção da Humanidade, o qual se realizou plenamente no Sacrifício do Calvário, com a morte de Jesus.

13 - O Anjo da Guarda nos protege contra a malícia humana, a injustiça, a hipocrisia, a falsidade, a mentira, a injustiça e os ciúmes daqueles que nos querem prejudicar. Sua veneração e invocação sempre nos hão de valer.

Para nós Umbandistas, tudo está por se fazer, tudo está por se conhecer, definir e compreender

Na religião de Umbanda há o costume de se acender uma vela branca de sete dias ao Anjo da Guarda, ofere-cendo água e mel. O que pode ser feito de forma simples e como prática espiritual de proteção na presença do Anjo da Guarda, fortalecendo o vínculo entre ele e nós.

Basta para isso uma vela branca, um pires, um copo de água e mel.

Acenda a vela branca e segure-a com a mão direita à frente e acima da cabeça, faça esta evocação:

Eu Evoco à Deus, sua Lei Maior e sua Justiça Divina!

Evoco meu Anjo da Guarda ofereço a vós esta vela e peço que a imante, cruze e consagre em vosso poder se fazendo presente por meio dela em minha vida, em meu coração, palavras e mente!

Encoste a vela em cima de sua cabeça e imagine a luz dela alcançando o infinito, no alto onde se encontra seu anjo da guarda com o Altíssimo, a luz sobe como um facho e quando alcança o anjo a luz Dele desce por este facho o iluminando ainda mais até alcançar o alto de sua cabeça, entrando por seu corpo, de dentro para fora e de fora para dentro o envolvendo todo em sua luz, neste momento dê sete voltas em sentido horário com a vela acima de sua cabeça. Após feito isso se certifique que a vela está em local seguro, tomando o cuidado para não queimar cortinas nem tapetes e evitando estar ao lado de gás ou acessível a crianças e/ou animais domésticos. Esta Vela pode estar num altar, acima de uma mesa ou no chão pois o que importa é que no ato de acender e evocar, neste momento, a vela estava acima de sua cabeça, agora basta firmá-la em um local seguro. Coloque um pouco de mel em torno da vela e o copo de água ao lado dizendo.

Meu anjo da guarda vos ofereço esta água e este mel, para que me proteja e envolva meu corpo material, astral e espiritual em vossos eflúvios e irradiações doces, benéficas e revitalizantes. Me inspire bons pensamentos e ações, afastando o mal de minha vida. AMÉM.

Caso ache necessário faça outros pedidos.

Se Você é médium de Umbanda, tenha em seu Anjo da Guarda, uma das mais simples e poderosas proteções que um médium pode ter, a mantenha acesa com vela de sete dias ininterruptamente e reze diariamente a seu Anjo da Guarda, no mínimo, antes de dormir e ao acordar