terça-feira, 3 de maio de 2011

TIPOS DE MEDIUNIDADE.


03.3.1 – MÉDIUNS DE EFEITOS FÍSICOS:

Produzem fenômenos materiais como movimentos em corpos inertes ruídos, etc.

03.3.1.1 – Médiuns Tiptólogos: Aqueles pela influência dos quais se produzem os ruídos, as pancadas. Variedade muito comum, com ou sem intervenção da vontade.

03.3.1.2 - Médiuns Motores: Os que produzem movimentos dos corpos inertes. Variedade muito comum, com ou sem intervenção da vontade.

03.3.1.3 - Médiuns de translações e de suspensões: os que produzem a translação aérea e a suspensão dos corpos inertes no espaço, sem ponto de apoio. Entre eles há os que podem elevar-se a si mesmos. Mais ou menos raros, conforme a amplitude do fenômeno; muito raros, no último caso.

03.3.1.4 – Médiuns de Efeitos Musicais: Os que produzem execução de instrumentos musicais sem o contato físico. Provocam a execução de composições, em certos instrumentos de música. Muito raros.

03.3.1.5 – Médiuns de Transporte: Movimentam um objeto de grande porte de um lado para outro. Telecinéticos. Inclusive a longas distâncias são os que podem servir de auxiliares aos Espíritos para o transporte de objetos materiais. Variedade dos médiuns motores e de translações. Excepcionais.

03.3.1.6 – Médiuns de Aparições: Conseguem com aparições fluídicas, tangíveis usando matéria astral chamada de ectoplasma. Os que podem provocar aparições fluídicas ou tangíveis, visíveis para os assistentes. Muito excepcionais.

03.3.1.7 – Médiuns Noturnos: Os que só na obscuridade obtêm certos efeitos físicos, outros só obtém certos efeitos físicos na obscuridade total.

03.3.1.8 – Médiuns Pneumatógrafos: os que obtêm a escrita direta. Fenômeno muito raro e, sobretudo, muito fácil de ser imitado pelos trapaceiros.

NOTA: Os Espíritos insistiram, contra a nossa opinião, em incluir a escrita direta entre os fenômenos de ordem física, pela razão, disseram eles, de que: "Os efeitos inteligentes são aqueles para cuja produção o Espírito se serve dos materiais existentes no cérebro do médium, o que não se dá na escrita direta. A ação do médium é aqui toda material, ao passo que no médium escrevente, ainda que completamente mecânico, o cérebro desempenha sempre um papel ativo."

03.3.1.9 – Médiuns curadores: os que têm o poder de curar ou de aliviar o doente, só pela imposição das mãos, ou pela prece. "Esta faculdade não é essencialmente mediúnica; possuem-na todos os verdadeiros crentes, sejam médiuns ou não. As mais das vezes, é apenas uma exaltação do poder magnético, fortalecido, se necessário, pelo concurso de bons Espíritos."

03.3.1.10 – Médiuns excitadores: pessoas que têm o poder de, por sua influência, desenvolver nas outras a faculdade de escrever.

"Aí há antes um efeito magnético do que um caso de mediunidade propriamente dita, porquanto nada prova a intervenção de um Espírito. Como quer que seja, pertence à categoria dos efeitos físicos."

03.3.2 -MÉDIUNS DE EFEITOS INTELECTUAIS:

03.3.2.1 - Médiuns audientes: os que ouvem os Espíritos. Muito comuns. "Muitos há que imaginam ouvir o que apenas lhes está na imaginação."

03.3.2.2 - Médiuns falantes: os que falam sob a influência dos Espíritos. Muito comuns.

03.3.2.3 - Médiuns videntes: os que, em estado de vigília, vêem os Espíritos. A visão acidental e fortuita de um Espírito, numa circunstância especial, é muito freqüente; mas, a visão habitual, ou facultativa dos Espíritos, sem distinção, é excepcional.

"É uma aptidão a que se opõe o estado atual dos órgãos visuais. Por isso é que cumpre nem sempre acreditar na palavra dos que dizem ver os Espíritos."

03.3.2.4 - Médiuns inspirados: aqueles a quem, quase sempre mau grado seu, os Espíritos sugerem idéias, quer relativas aos atos ordinários da vida, quer com relação aos grandes trabalhos da inteligência.

03.3.2.5 - Médiuns de pressentimentos: pessoas que, em dadas circunstâncias, têm uma intuição vaga de coisas vulgares que ocorrerão no futuro.

03.3.2.6 - Médiuns proféticos: variedade dos médiuns inspirados, ou de pressentimentos. Recebem, permitindo-o Deus, com mais precisão do que os médiuns de pressentimentos, a revelação de futuras coisas de interesse geral e são incumbidos de dá-las a conhecer aos homens, para instrução destes. "Se há profetas verdadeiros, mais ainda os há falsos, que consideram revelações os devaneios da própria imaginação, quando não são embusteiros que, por ambição, se apresentam como tais." (Veja-se, em O Livro dos Espíritos, o n. 624 - "Característicasdo verdadeiro profeta".)

03.3.2.7 - Médiuns sonâmbulos: os que, em estado de sonambulismo, são assistidos por Espíritos.

03.3.2.8 - Médiuns extáticos: os que, em estado de êxtase, recebem revelações da parte dos Espíritos. "Muitos extáticos são joguetes da própria imaginação e de Espíritos zombeteiros que se aproveitam da exaltação deles. São raríssimos os que mereçam inteira confiança."

03.3.2.9 - Médiuns pintores ou desenhistas: os que pintam ou desenham sob a influência dos Espíritos. Falamos dos que obtêm trabalhos sérios, visto não se poder dar esse nome a certos médiuns que Espíritos zombeteiros levam a fazer coisas grotescas, que desabonariam o mais atrasado estudante.

Os Espíritos levianos se comprazem em imitar. Na época em que apareceram os notáveis desenhos de Júpiter, surgiu grande número de pretensos médiuns desenhistas, que Espíritos levianos induziram a fazer as coisas mais ridículas. Um deles, entre outros,querendo eclipsar os desenhos de Júpiter, ao menos nas dimensões, quando não fosse na qualidade, fez que um médium desenhasse um monumento que ocupava muitas folhas de papel para chegar à altura de dois andares. Muitos outros se divertiram fazendo que os médiuns pintassem supostos retratos, que eram verdadeiras caricaturas.

03.3.2.10 - Médiuns músicos: os que executam, compõem, ou escrevem músicas, sob a influência dos Espíritos. Há médiuns músicos, mecânicos, semimecânicos, intuitivos e inspirados, como os há para as comunicações literárias. (Veja-se - Médiuns para efeitos musicais.)

03.3.3 - VARIEDADES DOS MÉDIUNS ESCREVENTES

03.3.3.1 - Segundo o modo de execução:

03.3.3.1.1 - Médiuns escreventes ou psicógrafos: os que têm a faculdade de escrever por si mesmos sob a influência dos Espíritos.

Médiuns escreventes mecânicos: aqueles cuja mão recebe um impulso involuntário e que nenhuma consciência têm do que escrevem. Muito raros.

03.3.3.1.2 - Médiuns semimecânicos: aqueles cuja mão se move involuntariamente, mas que têm, instantaneamente, consciência das palavras ou das frases, à medida que escrevem. São os mais comuns.

03.3.3.1.3 - Médiuns intuitivos: aqueles com quem os Espíritos se comunicam pelo pensamento e cuja mão é conduzida voluntariamente. Diferem dos médiuns inspirados em que estes últimos não precisam escrever, ao passo que o médium intuitivo escreve o pensamento que lhe é sugerido instantaneamente sobre um assunto determinado e provocado. "São muito comuns, mas também muito sujeitos a erro, por não poderem, multas vezes, discernir o que provem dos Espíritos do que deles próprios emana."

03.3.3.1.4 - Médiuns polígrafos: aqueles cuja escrita muda com o Espírito que se comunica, ou aptos a reproduzir a escrita que o Espírito tinha em vida. O primeiro caso é muito vulgar; o segundo, o da identidade da escrita, é mais raro.

03.3.3.1.5 - Médiuns poliglotas: os que têm a faculdade de falar, ou escrever, em línguas que lhes são desconhecidas. Muito raros.

03.3.3.1.6 - Médiuns iletrados: os que escrevem, como médiuns, sem saberem ler, nem escrever, no estado ordinário. "Mais raros do que os precedentes; há maior dificuldade material a vencer."

03.3.3.2 - Segundo o desenvolvimento da faculdade:

03.3.3.2.1 - Médiuns novatos: aqueles cujas faculdades ainda não estão completamente desenvolvidas e que carecem da necessária experiência.

03.3.3.2.2 - Médiuns improdutivos: os que não chegam a obter mais do que coisas insignificantes, monossílabos, traços ou letras sem conexão. (Veja-se o capítulo "Da formação dos médiuns”.)

03.3.3.2.3 - Médiuns feitos ou formados: aqueles cujas faculdades mediúnicas estão completamente desenvolvidas, que transmitem as comunicações com facilidade e presteza, sem hesitação. Concebe-se que este resultado só pelo hábito pode ser conseguido, porquanto nos médiuns novatos as comunicações são lentas e difíceis.

03.3.3.2.4 - Médiuns lacônicos: aqueles cujas comunicações, embora recebidas com facilidade, são breves e sem desenvolvimento.

03.3.3.2.5 - Médiuns explícitos: as comunicações que recebem têm toda a amplitude e toda a extensão que se podem esperar de um escritor consumado. "Esta aptidão resulta da expansão e da facilidade de combinação dos fluidos. Os Espíritos os procuram para tratar de assuntos que comportam grandes desenvolvimentos."

03.3.3.2.6 - Médiuns experimentados: a facilidade de execução é uma questão de hábito e que muitas vezes se adquire em pouco tempo, enquanto que a experiência resulta de um estudo sério de todas as dificuldades que se apresentam na prática do Espiritismo. A experiência dá ao médium o tato necessário para apreciar a natureza dos Espíritos que se manifestam, para lhes apreciar as qualidades boas ou más, pelos mais minuciosos sinais, para distinguir o embuste dos Espíritos zombeteiros, que se acobertam com as aparências da verdade. Facilmente se compreende a importância desta qualidade, sem a qual todas as Outras ficam destituídas de real utilidade. O mal é que muitos médiuns confundem a experiência, fruto do estudo, com a aptidão, produto da organização física. Julgam-se mestres, porque escrevem com facilidade; repelem todos os conselhos e se tomam presas de Espíritos mentirosos e hipócritas, que os captam, lisonjeando-lhes o orgulho. (Veja-se, adiante, o capítulo "Da obsessão".)

03.3.3.2.7 - Médiuns maleáveis: aqueles cuja faculdade se presta mais facilmente aos diversos gêneros de comunicações e pelos quais todos os Espíritos, ou quase todos, podem manifestar-se, espontaneamente, ou por evocação. "Esta espécie de médiuns se aproxima muito da dos médiuns sensitivos."

03.3.3.2.8 - Médiuns exclusivos: aqueles pelos quais se manifesta de preferência um Espírito, até com exclusão de todos os demais, o qual responde pelos outros que são chamados.

"Isto resulta sempre de falta de maleabilidade. Quando o Espírito é bom, pode ligar-se ao médium, por simpatia, ou com um intento louvável; quando mau, é sempre objetivando pôr o médium na sua dependência. E mais um defeito do que uma qualidade e muito próximo da obsessão." (Veja-se o capítulo "Da obsessão".)

03.3.3.2.9 - Médiuns para evocação: os médiuns maleáveis são naturalmente os mais próprios para este gênero de comunicação e para as questões de minudências que se podem propor aos Espíritos. Sob este aspecto, há médiuns inteiramente especiais. "As respostas que dão não saem quase nunca de um quadro restrito, incompatível com o desenvolvimento dos assuntos gerais."

03.3.3.2.10 - Médiuns para ditados espontâneos: recebem comunicações espontâneas de Espíritos que se apresentam sem ser chamados. Quando esta faculdade é especial num médium, torna-se difícil, às vezes impossível mesmo, fazer-se por ele urna evocação. "Entretanto, são mais bem aparelhados que os da classe precedente. Atenta em que o aparelhamento de que aqui se trata é o de materiais do cérebro, pois mister se faz, freqüentemente, direi mesmo - sempre, maior soma de inteligência para os ditados espontâneos, do que para as evocações. Entende por ditados espontâneos os que verdadeiramente merecem essa denominação e não algumas frases incompletas ou algumas idéias corriqueiras, que se deparam em todos os escritos humanos."

03.3.3.3 - Segundo o gênero e a particularidade das comunicações:

03.3.3.3.1 - Médiuns versejadores: obtêm, mais facilmente do que outros, comunicações em verso. Muito comuns, para maus versos; muito raros, para versos bons.

03.3.3.3.2 - Médiuns poéticos: sem serem versificadas, as comunicações que recebem têm qualquer coisa de vaporoso, de sentimental; nada que mostre rudeza. São, mais do que os outros, próprios para a expressão de sentimentos ternos e afetuosos. Tudo, nas suas comunicações, é vago; fora inútil pedir-lhes idéias precisas. Muito comuns.

03.3.3.3.3 - Médiuns positivos: suas comunicações têm, geralmente, um cunho de nitidez e precisão, que muito se presta às minúcias circunstanciadas, aos informes exatos. Muito raros.

03.3.3.3.4 - Médiuns literários: não apresentam nem o que há de impreciso nos médiuns poéticos, nem o terra-a-terra dos médiuns positivos; porém, dissertam com sagacidade. Têm o estilo correto, elegante e, freqüentemente, de notável eloqüência.

03.3.3.3.5 - Médiuns incorretos: podem obter excelentes coisas, pensamentos de inatacável moralidade, mas num estilo prolixo, incorreto, sobrecarregado de repetições e de termos impróprios. "A incorreção material do estilo decorre geralmente de falta de cultura intelectual do médium que, então, não é, sob esse aspecto, um bom instrumento para o Espírito, que a isso, aliás, pouca importância liga. Tendo como essencial o pensamento, ele vos deixa a liberdade de dar-lhe a forma que convenha. Já assim não é com relação às idéias falsas e ilógicas que uma comunicação possa conter, as quais constituem sempre um índice da inferioridade do Espírito que se manifesta."

03.3.3.3.6 - Médiuns historiadores: os que revelam aptidão especial para as explanações históricas. Esta faculdade, como todas as demais, independe dos conhecimentos do médium, porquanto não é raro verem-se pessoas sem instrução e até crianças tratar de assuntos que lhes não estão ao alcance. Variedade rara dos médiuns positivos.

03.3.3.3.7 - Médiuns científicos: não dizemos sábios, porque podem ser muito ignorantes e, apesar disso, se mostram especialmente aptos para comunicações relativas às ciências.

03.3.3.3.8 - Médiuns receitistas: têm a especialidade de servirem mais facilmente de intérpretes aos Espíritos para as prescrições médicas. Importa não os confundir com os médiuns curadores, visto que absolutamente não fazem mais do que transmitir o pensamento do Espírito, sem exercerem por si mesmos influência alguma. Muito comuns.

03.3.3.3.9 - Médiuns religiosos: recebem especialmente comunicações de caráter religioso, ou que tratam de questões religiosas, sem embargo de suas crenças, ou hábitos.

03.3.3.3.10 - Médiuns filósofos e moralistas: as comunicações que recebem têm geralmente por objeto as questões de moral e de alta filosofia. Muito comuns, quanto à moral. "Todos estes matizes constituem variedades de aptidões dos médiuns bons. Quanto aos que têm uma aptidão especial para comunicações científicas, históricas, médicas e outras, fora do alcance de suas especialidades atuais, fica certo de que possuíram, em anterior existência, esses conhecimentos, que permaneceram neles em estado latente, fazendo parte dos materiais cerebrais de que necessita o Espírito que se manifesta; são os elementos que a este abrem caminho para a transmissão de idéias que lhe são próprias, porquanto, em tais médiuns encontra ele instrumentos mais inteligentes e mais maleáveis do que num ignaro." - (Erasto.)

03.3.3.3.11 - Médiuns de comunicações triviais e obscenas: estas palavras indicam o gênero de comunicações que alguns médiuns recebem habitualmente e a natureza dos Espíritos que as dão. Quem haja estudado o mundo espírita, em todos os graus da escala, sabe que Espíritos há, cuja perversidade iguala à dos homens mais depravados e que se comprazem em exprimir seus pensamentos nos mais grosseiros termos. Outros, menos abjetos, se contentam com expressões triviais. E natural que esses médiuns sintam o desejo de se verem livres da preferência de que são objeto por parte de semelhantes Espíritos e que devem invejar os que, nas comunicações que recebem, jamais escreveram uma palavra inconveniente.

Fora necessário uma estranha aberração de idéias e estar divorciado do bom senso, para acreditar que semelhante linguagem possa ser usada por Espíritos bons.

03.3.3.4 - Segundo as qualidades físicas do médium:

03.3.3.4.1 - Médiuns calmos: escrevem sempre com certa lentidão e sem experimentar a mais ligeira agitação.

03.3.3.4.1 - Médiuns velozes: escrevem com rapidez maior do que poderiam voluntariamente, no estado ordinário. Os Espíritos se comunicam por meio deles com a rapidez do relâmpago. Dir-se-ia haver neles uma superabundância de fluido, que lhes permite identificarem-se instantaneamente com o Espírito. Esta qualidade apresenta às vezes seu inconveniente: o de que a rapidez da escrita a toma muito difícil de ser lida, por quem quer que não seja o médium. "É mesmo muito fatigante, porque desprende muito fluido inutilmente."

03.3.3.4.1 - Médiuns convulsivos: ficam num estado de sobreexcitação quase febril. A mão e algumas vezes todo o corpo se lhes agitam num tremor que é impossível dominar. A causa primária desse fato está sem dúvida na organização, mas também depende muito da natureza dos Espíritos que por eles se comunicam. Os bons e benévolos produzem sempre uma impressão suave e agradável; os maus, ao contrário, produzem-na penosa. "É preciso que esses médiuns só raramente se sirvam de sua faculdade mediúnica, cujo uso freqüente lhes poderia afetar o Sistema nervoso." (Capítulo "Da identidade dos Espíritos", diferenciação dos bons e maus Espíritos.)

03.3.3.5 - Segundo as qualidades morais dos médiuns:

Da influência moral do médium, Da obsessão, Da identidade dos Espíritos e outros, para os quais chamamos particularmente a atenção do leitor. Aí se verá a influência que as qualidades e os defeitos dos médiuns pode exercer na segurança das comunicações e quais os que com razão se podem considerar médiuns imperfeitos ou bons médiuns.

Médiuns imperfeitos:

03.3.3.5.1 - Médiuns obsediados: os que não podem desembaraçar-se de Espíritos importunos e enganadores, mas não se iludem.

03.3.3.5.2 - Médiuns fascinados: os que são iludidos por Espíritos enganadores e se iludem sobre a natureza das comunicações que recebem.

03.3.3.5.3 - Médiuns subjugados: os que sofrem uma dominação moral e, muitas vezes, material da parte de maus Espíritos.

03.3.3.5.4 - Médiuns levianos: os que não tomam a sério suas faculdades e delas só se servem por divertimento, ou para futilidades.

03.3.3.5.5 - Médiuns indiferentes: os que nenhum proveito moral tiram das instruções que obtêm e em nada modificam o proceder e os hábitos.

03.3.3.5.6 - Médiuns presunçosos: os que têm a pretensão de se acharem em relação somente com Espíritos superiores. Crêem-se infalíveis e consideram inferior e errôneo tudo o que deles não provenha.

03.3.3.5.7 - Médiuns orgulhosos: os que se envaidecem das comunicações que lhes são dadas; julgam que nada mais têm que aprender no Espiritismo e não tomam para si as lições que recebem freqüentemente dos Espíritos. Não se contentam com as faculdades que possuem, querem tê-las todas.

03.3.3.5.8 - Médiuns suscetíveis: variedade dos médiuns orgulhosos, suscetibilizam-se com as críticas de que sejam objeto suas comunicações; zangam-se com a menor contradição e, se mostram o que obtêm, é para que seja admirado e não para que se lhes dê um parecer. Geralmente, tomam aversão às pessoas que os não aplaudem sem restrições e fogem das reuniões onde não possam impor-se e dominar. "Deixai que se vão pavonear algures e procurar ouvidos mais complacentes, ou que se isolem; nada perdem as reuniões que da presença deles ficam privadas." - ERASTO.

03.3.3.5.9 - Médiuns mercenários: os que exploram suas faculdades.

03.3.3.5.10 - Médiuns ambiciosos: os que, embora não mercadejem com as faculdades que possuem, esperam tirar delas quaisquer vantagens.

03.3.3.5.11 - Médiuns de má-fé: os que, possuindo faculdades reais, simulam as de que carecem, para se darem importância. Não se podem designar pelo nome de médium as pessoas que, nenhuma faculdade mediúnica possuindo, só produzem certos efeitos por meio do charlatanismo.

03.3.3.5.12 - Médiuns egoístas: os que somente no seu interesse pessoal se servem de suas faculdades e guardam para si as comunicações que recebem.

03.3.3.5.13 - Médiuns invejosos: os que se mostram despeitados com o maior apreço dispensado a outros médiuns, que lhes são superiores. Todas estas más qualidades têm necessariamente seu oposto no bem.

Bons médiuns:

03.3.3.5.13 - Médiuns sérios: os que unicamente para o bem se servem de suas faculdades e para fins verdadeiramente úteis. Acreditam profaná-las, utilizando-se delas para satisfação de curiosos e de indiferentes, ou para futilidades.

Médiuns modestos: os que nenhum reclamo fazem das comunicações que recebem, por mais belas que sejam. Consideram-se estranhos a elas e não se julgam ao abrigo das mistificações. Longe de evitarem as opiniões desinteressadas, solicitam-nas.

03.3.3.5.13 - Médiuns devotados: os que compreendem que o verdadeiro médium tem uma missão a cumprir e deve, quando necessário, sacrificar gostos, hábitos, prazeres, tempo e mesmo interesses materiais ao bem dos outros.

03.3.3.5.13 - Médiuns seguros: os que, além da facilidade de execução, merecem toda a confiança, pelo próprio caráter, pela natureza elevada dos Espíritos que os assistem; os que, portanto, menos expostos se acham a ser iludidos. Veremos mais tarde que esta segurança de modo 'algum depende dos nomes mais ou menos respeitáveis com que os Espíritos se manifestem.

Fonte: Texto do Livro dos Médiuns - Allan Kardec.

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03.4 - OUTRA CLASSIFICAÇÃO:

Autor: Carlos Toledo Rizzini

Não é fácil abranger os tipos de mediunidades numa classificação, porque existem peculiaridades pessoais dos dois lados, quando combinadas, geram tipos únicos. Mas ignorando isso podemos organizar uma classificação:

03.4.1 – MEDIUNIDADE DE EFEITOS FÍSICOS:

1 – Ruídos: - Golpes, estrondos, arrastar de móveis, correntes, estalos.

2 – Vozes: - Fala direta direta de por uma laringe ectoplasmática.

3 – Música: - Música transcendental e instrumentos sem seres humanos tocando.

4 – Luzes: - Globo luminoso, mãos luminosas, centelhas, bolas de luzes, fachos, luzes disformes, riscos de luz.

5 – Fogo: - Parapirogenia, fogo espontâneo.

6 – Psicocinesia e Telecinesia: - Levitação, movimento de objetos, transporte.

7 – Escritas: - Desenhos, sinais, pinturas em paredes, telas, pele ou papel. Psicopictografia.

8 – Aparições: - Objetos, pessoas falecidas, animais.

9 – Mudança de Estado: - Desmaterialização de objetos, correntes de ventos, frio, calor, alterações de peso, alteração na claridade ambiental.

10 – Gravação de Vozes inaudíveis: - Vozes vinda do espaço (plano astral), são gravadas em fitas magnéticas, palavras ou frases curtas, vozes sepulcrais, sentenças em tom baixo.

03.4.2 – MEDIUNIDADE DE EFEITOS INTELECTUAIS:

11 – Lucidez:- Clarividência, vidência, audiência, psicometria. Captação dos estados mentais de desencarnados inconscientes (pensamentos e emoções).

12 – Intuição: – O espírito comunicante transmite suas idéias ao encarnado que, entende-as, interpreta-as e as anuncia com suas próprias palavras.

13 – Inspiração: – Semelhante a anterior (11), porém a interferência é bem menos perceptível, mais discreta, é uma forma do homem receber ajuda dos planos superiores.

14 – Desdobramento: Projeção do corpo astral, apometria, clarividência viajora (expansão da consciência)

15 – Incorporação: – Psicografia, psicofonia, consciente ou inconsciente.

03.4.3 – MEDIUNIDADE CURATIVA:

16 – Passes: – Imposição das mãos, transfusão de fluídos, magnetismo curativo.

17 – Receituário: – Indicação de medicamentos alopáticos ou homeopáticos pela via espiritual.

18 – Operações: – Com ou sem instrumentos cirúrgicos. Anestesia, assepsia e homostasia por conta de uma equipe espiritual.

03.4.4 – ALGUNS MECANISMOS:

03.4.4.1 – Desdobramentos: - Dá-se o desprendimento do espírito do médium, cujo corpo físico fica em estado cataléptico ou letárgico em repouso. Em dois tipos se caracteriza o desdobramento mediúnico, quase sempre comandado por amparadores espirituais:

03.4.4.1.1 – Transe Letárgico: - O corpo astral (psicossoma) sai do corpo físico e viaja pelo espaço enquanto o corpo físico fica adormecido.

03.4.4.1.2 – Transe Cataléptico: - Clarividência viajora, uma parte do corpo astral sai do corpo físico (expansão da consciência), viaja pelo espaço e relata o que vê e ouve aos que estão perto do corpo físico.

03.4.4.2 – Incorporações: – O corpo do médium se afasta um pouco, tende lateralmente e pelas costas existe a penetração do espírito pela outra parte lateral, para um clarividente que observa uma incorporação notará que existira um corpo com 3 cabeças (paracabeça, cabeça física e cabeça do desencarnado).

03.4.4.3 – Psicofonia Consciente: Quando o médium afasta-se lateralmente mas permanece consciente, como no caso da psicografia, controla a comunicação, varia o grau de sensibilidade, alguns sentem apenas uma dormência no braço e nas mãos.

03.4.4.4 – Psicofonia inconsciente: Quando o médium e adormece, ficando o controle totalmente do espírito desencarnado.

03.5 - CLASSIFICAÇÃO SEGUNDO A NATUREZA:

Fácil observar-se que a mediunidade, embora una em sua essência (faculdade que permite ao homem encarnado entrar em relação com os espíritos), não o é quanto a sua natureza, ou razão de ser; variando de indivíduo para indivíduo.

Assim, destacamos:

03.5.1 - MEDIUNIDADE PRÓPRIA OU NATURAL - Edgard Armond a define: “À medida que evolui e se moraliza, o indivíduo adquire faculdade psíquica e aumenta conseqüentemente sua percepção espiritual. A isso denominamos mediunidade natural. ”.

03.5.2 - MEDIUNIDADE DE PROVA OU TRABALHO - Faculdade oferecida ao indivíduo, em caráter precário, como uma tarefa a desenvolver, quando encarnado, com vistas à sua melhoria espiritual e a de seus semelhantes.

Preparado no plano espiritual, o médium, ao reencarnar tem, no exercício mediúnico, abençoada oportunidade de trabalho.

03.5.3 - MEDIUNIDADE DE EXPIAÇÃO - Há determinadas pessoas compromissadas grandemente em virtude do mau uso de seu livre-arbítrio anterior (em passadas existências), a sensibilidade psíquica aguçada é imposta ao médium como oportunidade para ressarcimento de seus atos menos felizes do pretérito com vistas à sua libertação futura.

Esta mediunidade se manifesta à revelia da criatura e comumente lhe causa sofrimentos aos quais não se pode furtar.

A sua forma de manifestação mais comum é a obsessão que pode atingir até o estagio de subjugação.

03.5.4 - MÉDIUNS MISSIONÁRIOS - Convém lembrar que, além dos aspectos acima referidos, excepcionalmente podemos encontrar médiuns que são verdadeiramente missionários do plano espiritual, entre os homens, os quais, pelos seus elevados dotes morais e espirituais, se tornam, a título de testemunho, em instrumentos da vontade Divina, em favor da humanidade.

03.6 - Mecanismos das Comunicações:

03.6.1 - INTRODUÇÃO:

“A mente permanece na base de todos os fenômenos mediúnicos”.

“Em mediunidade não podemos olvidar o problema da sintonia”.

“No socorro espiritual, os benfeitores e amigos das esferas superiores, tanto quanto os companheiros encarnados, quais o diretor da reunião e seus assessores que manejam o verbo educativo, funcionam lembrando autoridades competentes no trabalho curativo, mas o médium é o enfermo convidado a controlar o doente, quanto lhe seja possível, impedindo, a este último, manifestações tumultuárias e palavras obscenas”.(3)

03.6.2 - PROCESSO MENTAL:

Para que um Espírito se comunique é mister se estabeleça a sintonia da mente encarnada com a desencarnada.

Esse mecanismo das comunicações espíritas, mecanismo básico que se desdobra, todavia, em nuanças infinitas, de acordo com o tipo de mediunidade, estado psíquico dos agentes - ativo e passivo - valores espirituais, etc.

Sintonizando o comunicante com o medianeiro, o pensamento do primeiro se exterioriza através do campo físico do segundo, em forma de mensagem grafada ou audível.

Na incorporação (psicofonia), o médium cede o corpo ao comunicante, mas, de acordo com os seus próprios recursos, pode comandar a comunicação, fiscalizando os pensamentos, disciplinando os gestos e controlando o vocabulário do Espírito.

O pensamento do Espírito, antes de chegar ao cérebro físico do médium, passa pelo cérebro perispiritual, resultando disso a propriedade que tem o medianeiro, em tese, de fazer ou não fazer o que entidade pretende.

03.6.3 - SINTONIA (VIBRAÇÕES COMPENSADAS):

Sintonia significa, em definição mais ampla, entendimento, harmonia, compreensão, ressonância ou equivalência.

Sintonia é, portanto, um fenômeno de harmonia psíquica, funcionando naturalmente, a base de vibrações.

Duas pessoas sintonizadas estarão, evidentemente, com as mentes perfeitamente entrosadas, havendo, entre elas, uma ponte magnética a vinculá-las, imantando-as profundamente.

Fonte: www.espirito.org.br/portal/cursos/curso-basico-mediunidade-00.html







O QUE É MEDIUNIDADE?



Escrito por Edvaldo Kulcheski

Como ela ocorre e se desenvolve? Com que objetivo uma pessoa possui uma capacidade mediúnica? Quais os perigos de uma mediunidade desequilibrada e o que fazer para mantê-la em equilíbrio?

Mediunidade é a faculdade humana pela qual se estabelecem as relações entre homens e espíritos. É uma faculdade natural, inerente a todo ser humano, por isso, não é privilégio de ninguém. Em diferentes graus e tipos, todos a possuimos. O que ocorre é que, em certos indivíduos mais sensíveis à influência espiritual, a mediunidade se apresenta de forma mais ostensiva, enquanto que, em outros, ela se manifesta em níveis mais sutis.

A mediunidade é, pois, a faculdade natural que permite sentir e transmitir a influência dos espíritos, ensejando o intercâmbio e a comunicação entre o mundo físico e o espiritual. Trata-se de uma sintonia entre os encarnados (vivos) e os desencarnados (mortos), permitindo uma percepção de pensamentos, vontades e sentimentos. O Espiritismo vê a mediunidade como uma oportunidade de servir, de praticar a caridade, sendo uma benção de Deus que faculta manter o contato com a vida espiritual. Graças ao intercâmbio, podemos ter aqui não apenas a certeza da sobrevivência da vida após a morte, mas também o equilíbrio para resgatarmos com proficiência os “débitos”, ou seja, desajustes adquiridos em encarnações anteriores.

É graças à mediunidade que o homem tem a antevisão de seu futuro espiritual e, ao mesmo tempo, o relato daqueles que o precederam na viagem de volta à erraticidade, trazendo informes de segurança, diretrizes de equilíbrio e a oportunidade de refazer o caminho pelas lições que absorve do contato mantido com os desencarnados. Assim, possui uma finalidade de alta importância, porque é graças a ela que o homem se conscientiza de suas responsabilidades de espírito imortal.

Sendo inerente ao ser humano, a mediunidade pode aparecer em qualquer pessoa, independentemente da doutrina religiosa que abrace. A história revela grandes médiuns em todas as épocas e todos os credos. Além disso, a mediunidade não depende de lugar, idade, sexo ou condição social e moral.

A ação dos espíritos

Diz a questão 459 de O Livro dos Espíritos, de Allan Kardec: “Os espíritos influem sobre nossos pensamentos e ações? A este respeito, sua influência é maior do que podeis imaginar. Muitas vezes, são eles que vos dirigem”.

A idéia da ação dos espíritos não nasceu com o Espiritismo, já que sempre existiu desde as épocas mais remotas da vida humana na Terra. Todas as religiões pregam sobre a ação dos espíritos de forma direta ou indireta e nenhuma nega completamente estas intervenções. Inclusive, criaram dogmas e cerimônias relativas a elas, como promessas (pedir alguma forma de ajuda para um espírito em troca de um sacrifício) e exorcismos (cerimônia religiosa para afastar o “demônio” ou os espíritos maus).

A ação mediúnica não está limitada às sessões, vivemos mediunicamente entre dois mundos e em relação permanente com entidades espirituais. Isto se dá porque muitos espíritos povoam os mesmos espaços em que vivemos, muitas vezes nos acompanhando em nossas atividades e ocupações, indo conosco aos lugares que freqüentamos, seguindo-nos ou evitando-nos conforme os atraimos ou repelimos.

Estamos cercados por espíritos e sua influência oculta sobre os nossos pensamentos e atos se faz sentir pelo grau de afinidade que mantivermos com eles. Inúmeros espíritos benfeitores também se comunicam conosco, por via inspirativa ou intuitiva, todas as vezes em que nos dispomos a ser úteis aos nossos irmãos em nossa vida social. Quantas vezes um conselho sensato e oportuno que damos sob a intuição de um benfeitor espiritual consegue mudar o rumo de uma vida e até, em certos casos, salvar ou evitar que uma família inteira seja precipitada no abismo de uma desgraça? O amor verdadeiro e desinteressado não requer lugar nem hora especial para ser praticado, pois o nosso mundo, com o sofrimento da humanidade torturada, é igualmente um vasto campo de serviço redentor.

Entretanto, não julguemos que a mediunidade nos foi concedida para um simples passatempo ou para a satisfação de nossos caprichos. Ela é coisa séria e, possuindo-a, devemos procurar suavizar os sofrimentos alheios. Ao desenvolvermos a mediunidade, lembremo-nos de que ela nos é dada como um arrimo para conseguirmos mais facilmente a perfeição, para liquidarmos mais suavemente os pesados “débitos” que contraímos em existências passadas e para servirmos de guia aos irmãos que se encontram mais desajustados espiritualmente.

Mediunidade em desarmonia

Existem alguns sinais mais freqüentes do aparecimento da mediunidade em desarmonia, que são: cérebro perturbado, sensação de peso na cabeça e ombros, nervosismo (ficamos irritados por motivos sem importância), desassossego, insônia, arrepios (como se percebêssemos passar alguma coisa fria), sensação de cansaço geral, calor (como se encostássemos em algo quente), falta de ânimo para o trabalho e profunda tristeza. Precisamos usar nosso bom senso para percebermos com clareza se os sintomas acima citados são frutos de uma obsessão espiritual, indicando uma mediunidade desequilibrada, ou o resultado de uma auto-obsessão, um desequilíbrio nosso mesmo, gerando neuroses e outros tipos de distúrbios. Muitas vezes, a ajuda de um psicólogo, de preferência espírita ou espiritualista, é necessária.

Mas o que o médium deve fazer nestes momentos de alterações emocionais? Todo iniciante, a fim de evitar inconvenientes na prática mediúnica, primeiramente deve se dedicar ao indispensável estudo prévio da teoria e jamais se considerar dispensado de qualquer instrução, já que poderá ser vítima de mil ciladas que os espíritos mentirosos preparam para lhe explorar a presunção.Junto com o conhecimento teórico, o médium deve procurar desdobrar a percepção psíquica sem qualquer receio ou temor. Na orientação do desenvolvimento mediúnico, é importante que ele procure as instruções espíritas, para evitar percalços e dissabores. É aconselhável o desenvolvimento mediúnico em grupos especialmente formados para isto, pois pessoas bem orientadas, que se reúnem com uma intenção comum, formam um ambiente coletivo bem favorável ao intercâmbio. É importante também que o médium jamais abuse da mediunidade, empregando-a para a satisfação da curiosidade.

Reforma Íntima – o fundamental

Educar e desenvolver a mediunidade é aprender a usá-la. Para que sejamos bem-sucedidos, devemos cultivar virtudes como a bondade, a paciência, a perseverança, a boa vontade, a humildade e a sinceridade. A mediunidade não se desenvolve de um dia para o outro, por isso, devemos ter muita paciência. Sem perseverança, nada se alcança, pois o desenvolvimento exige que sejamos sempre persistentes. Ter boa vontade é comparecer às sessões espíritas com alegria e muita satisfação. A humildade é a virtude pela qual reconhecemos que tudo vem de Deus e, se faltarmos com a sinceridade no desempenho de nossas funções mediúnicas, mais cedo ou mais tarde sofreremos decepções.

Ensinamentos é que não faltam em todas as circunstâncias de manifestações da vida. A faculdade mediúnica em harmonia pode fazer grandes coisas. A educação pode começar no simples modo de falar aos outros, transmitindo brandura, alegria, amor e caridade em todos os atos da vida.

A mediunidade se desenvolve naturalmente nas pessoas de maior sensibilidade para a captação mental e sensorial de coisas e fatos do mundo espiritual que nos cerca, o qual nos afeta com suas vibrações psíquicas e afetivas. Da mesma forma que a inteligência e as demais faculdades humanas, a mediunidade se desenvolve no processo de relação.

Quando a mediunidade aflorar sem um preparo prévio do médium, é preciso orientá-lo para que os fenômenos se disciplinem e ele empregue acertadamente sua faculdade. Não se deve colocar em trabalho mediúnico aqueles que apresentam perturbações ou que possuam desconhecimento sobre o assunto. Primeiramente, é preciso ajudar a pessoa a se equilibrar no aspecto psíquico, através de passes, vibrações e esclarecimentos doutrinários.

É fundamental que o médium busque sua reforma íntima com sinceridade. Através de uma compreensão maior acerca da vida, despertando sentimentos como compaixão, respeito, humildade etc, e da prática da caridade, seremos, com certeza, instrumentos do Amor Universal. O médium também precisa ser amigo do estudo e da boa leitura, além de moderado. Por fim, deve sempre cultivar a oração diária, pois ela é um poderoso fortificante espiritual e um benéfico exercício de higiene mental.







Artigo publicado na Revista Cristã de Espiritismo, edição especial 05



segunda-feira, 2 de maio de 2011

A IMPORTANCIA DA ÁGUA NA UMBANDA .

Para Kardec, a ação magnética produzida pelo agente encarnado (magnetizador), tanto pode produzir uma modificação nas propriedades da água, quanto no tocante aos fluidos orgânicos (ex: bile, linfa, líquido cefalorraquidiano, saliva, suco gástrico, sangue total, etc). O Espírito Lísias explica para André Luiz , que “… a água é veículo dos mais poderosos para os fluidos de qualquer natureza. Aqui (em Nosso Lar), ela é empregaguaada sobretudo como alimento e remédio”. Para o Espírito Bezerra de Menezes, “A água, em face da sua constituição molecular, é elemento que absorve e conduz a bioenergia que lhe é ministrada. Quando magnetizada e ingerida, produz efeitos orgânicos compatíveis com o fluido de que se faz portadora”.

NA UMBANDA, é um dos elementos naturais mais receptivos com uma energia altamente atratora e condutora, ela é utilizada nas quartinhas, nos copos de firmeza dos Anjos de Guarda, no batismo, em muitos rituais da Umbanda e principalmente pelos Guias Espirituais nos momentos onde há a necessidade de realizar grande limpeza, purificação e energização de nosso corpo astral e de nossa casa, afinal existem cargas e energias maléficas que somente esse elemento natural é capaz de desfazer, limpar e equilibrar.

ÁGUA DE MAR



Ótima para descarrego e para energização, batida contra as rochas e as areias da praia, vibra energia, por isso nunca se apanha água do mar quando o mesmo está sem ondas. A energia salina do mar “queima” as larvas e miasmas astrais, principalmente sob a vibração de Yemanjá. Podemos ir molhando os chacras à medida que vamos adentrando no mar, pedindo licença . No final, podemos dar um bom mergulho de cabeça, imaginando que estamos deixando todas as impurezas espirituais e recarregando os Corpos de sutis energias. Ideal se realizado em mar com ondas. Saudemos Mamãe Yemanjá e todo o Povo do Mar.

ÁGUA DE CACHOEIRA


Com a mesma função do banho de mar, só que executado em águas doces. A queda d’água provoca um excelente “choque” em nosso corpo, restituindo as energias, ao mesmo tempo em que limpamos toda a nossa alma, é água batida nas pedras, nas quais vibra, crepita e livra-se de todas as impurezas. Além disso, é nas águas das cachoeiras que conseguimos retirar qualquer impregnação de sangue projetada em nosso corpo etérico. Ideal se tomado em cachoeiras localizadas próximas de matas e sob o sol. Saudemos Mamãe Oxum e todo Povo d’água.

ÁGUA DE RIOS E LAGOAS

Rio.


Lagoa.

Tem também grande propriedade curadora e equilibradora. Se o rio tiver pouco movimento, quase parado, assim como a lagoa ou mangue, essa água tem uma energia decantadora e curadora. Saudemos Nanã Buruquê. Se o rio for bem movimentado com corredeiras, a energia da água é energética, equilibradora e reparadora. Saudemos Mamãe Oxum.

ÁGUA MINERAL


Água da pureza, do equilíbrio, da harmonização e da paz. Envolve nossos chacras desobstruindo-os e equilibrando- os. É uma água muito fácil de se encontrar, por isso aproveitem esse Axé. Saudemos Oxalá.

ÁGUA DE POÇO


É excelente nos casos de doenças, tanto no corpo espiritual como no corpo astral, pois tem uma grande energia transmutadora. Essa água está em contato com a terra, que é o agente mais poderoso de regeneração física absorvendo a energia ruim da área afetada colocando em seu lugar uma energia boa. A cura se processa graças a uma troca de energia devido a interação entre os componentes físico, químico e energético que a terra oferece. Saudemos Obaluayê.



ÁGUA DE CHUVA


É altamente energética e purificadora. É a água que entrou em estado de vaporização e absorve toda a energia do ar, quando novamente entra em outro estado de mudança e retorna ao estado liquido, caindo do céu sobre a terra. Por isso é utilizada justamente nos momentos em que precisamos de mudança. A água da chuva, quando cai é benéfica e pura, porém, depois de cair no chão, torna-se pesada, pois atrai as vibrações negativas do local, sendo ótima também para banhos de descarrego e limpeza de ambientes, pois é ela que limpa as ruas e as encruzas carregando todas as vibrações dos trabalhos arriados nesses locais. Saudemos Yansã, Dona do tempo e das tempestades.

Fonte:www.minhaumbanda.com.br
Escrito por Monica Caraccio.

O USO DO ADJÁ NA UMBANDA.


Na Umbanda o adjá é utilizado em vários momentos,no desenvolvimento mediúnico,quando se prepara o amaci,a oferenda para os Orixás.Só pode ser usado pelo Dirigente Espiritual ou por alguém de extrema confiança do Dirigente.

Campainha desbloqueadora de campos mentais,ao ser tocado saem faíscas e raios,é propagador de energias,e pode ser usado para abençoar os filhos,fazer a limpeza das energias do Congá.

Geralmente o adjá é feito em 3 tipos de material:Latão,Aço e Cobre.

No Desenvolvimento Mediúnico quando tocado próximo ao médium que está se desenvolvendo faz com que o Orixá ou Guia Espiritual se aproxime mais da incorporação,fazendo com que o médium adormeça o mental,deixando tosos os pensamentos de lado e se conectando com o Astral Superior,também é utilizado para decantar energias nocivas ao médium.

No Amaci e nas Oferendas serve para concentrar a energias dos Orixás.

Pode ter de 1,3,5 ou 7 campainhas e é Consagrado ao Orixá de Cabeça do Dirigente Espiritual,quem determina quantas sinetas são os Guias Chefe do Terreiro.

Adjá para cada Orixá:

Pai Oxalá - Prata
Mãe Oiá - Logunan -Prata.
Mãe Oxum - Cobre.`
Pai Oxumarê - Cobre
Pai Oxóssi - Latão(amarelo)
Mãe Obá - Branco.
Pai Xangô - Cobre.
Mãe Yansã - Latão(dourado)
Pai Ogum - Prata
Mãe Egunitá - Cobre
Pai Obaluaiê - Prata
Mãe Nanã Buruquê - Prata.
Mãe Yemanjá - Prata.
Pai Omulú - Prata

Texto:Davi P.Bucheb.

O adjá é um instrumento folclórico afro-brasileiro, idiofone, espécie de campainha de metal, simples ou dupla, também conhecido por campa ou sineta.



Usado no candomblé da Bahia e, com o nome de xere, no xangô de Pernambuco, tem a função de invocar os orixás, chamar os crentes para o ritual de “dar comida” ao santo, ou para reverenciá-lo, além de acompanhar as danças e os toques de atabaque; o mesmo que já.

Ainda nos candomblés da Bahia, designa um instrumento formado por duas campas, com seixos ou sementes no interior, ligadas por um cabo de metal; o mesmo que maracá.

Fonte: Enciclopédia da Música Brasileira - Art Editora.














 















OTÁ - A PEDRA FUNDAMENTAL - PRINCIPAIS PEDRAS DOS ORIXÁS E GUIAS ESPIRITUAIS.

Otá - o início dos assentamentos

Por Rubens Saraceni, Retirado do J.U.S. - Pertencente ao livro "Oferendas e Assentamentos na Umbanda"

Um assentamento começa a ser construído sem pressa pelo médium, pe­ça a peça, até que ele tenha no mí­nimo sete elementos do Orixá, todos já consagrados, tanto no seu ponto de forças, quanto no seu centro de Um­­banda.

Não é preciso esperar abrir o cen­tro para começar a constituí-lo rapi­da­mente. Um dos primeiros elementos é o Otá ou pedra do seu Orixá.

O Otá equivale a "pedra funda­men­tal" das grandes construções civis ou de grandes templos erigidos no pla­no material pelas mais diversas reli­giões.

Cada Orixá tem a sua pedra (as) e é por ela que o médium deve come­çar a constituição dos fundamentos do assentamento do seu próprio Ori­xá.

Nos relatam os nossos mais velhos que, durante o período da escravidão, quando se realizava a cerimônia de ini­ciação dos noviços, estes iam mata adentro à procura do seu Otá ou pedra do seu Orixá, e voltavam só ao ama­nhecer, já com ela entre as mãos.

Dali em diante, ela seria o mais po­­deroso elo de ligação com seu Orixá. Seria conservada com zelo e ali­­men­tan­da periodicamente para manter integralmente seu axé (poder).

Normalmente ela era condicionada em uma quartinha de barro, pois a lou­ça era um artigo raro e caro, ina­cessível às classes menos favorecidas. Panelas, vasos, tigelas, canecos, e ou­­tros utensílios feitos de bar­­ro cozido, eram comuns e de uso cotidiano, não só pe­­los in­dígenas, uma vez que os co­­lo­­nizadores mais po­bres tam­bém usa­vam uten­sílios de bar­ro cozido. Eram os vasi­lhames e uten­sílios mais po­pulares e mais baratos na­quela época, cer­to?

Hoje, quando você tem os mesmos utensílios em lou­ça, pode usá-los à vontade. Até porque as quartinhas de barro precisam passar por um envernizamento externo e por um revestimento oleoso in­terno, para que a água ou outra bebida colocada dentro dela não seja absorvida pelo barro e, sob temperaturas elevadas evapore completamente.

Então, como atualmente você não precisa sair às escondidas e em altas horas da noite para encontrar na es­curidão o seu Otá ou pedra do seu Ori­xá, recomendamos que a encontre num rio ou cachoeira pedregosa e ali, calmamente, escolha-o e assim, reco­lha-o levando-o para casa já envolto em um pedaço de pano com a cor do seu Orixá.

Mas lembre-se: Não é só chegar até o leito pedregoso do rio, catar uma pedra rolada, envolvê-la num pa­no e ir embora. Não mesmo!

Há todo um ritual que deve ser cumprido à risca se quiserem que seus Otás tenham axé ou poder de reali­zação. Abaixo vamos descrevê-lo:

1- Encontrar um trecho de rio de águas limpas que seja pedregoso;

2- Numa margem dele, oferendar nossa mãe Oxum e pedir-lhe licença para recolher dos seus domínios o Otá do seu Orixá.

3 - Depois, oferende o seu Orixá na outra margem ou, se for na mesma, faça-a mais abaixo da oferenda que fez para a Senhora Oxum.

4 - Já com a oferenda feita, der­rame no rio uma garrafa de cham­pag­ne ou outra bebida doce e 7 punhados de açúcar, oferecendo-os aos Seres das Águas, pedindo-lhes licença para entrar no rio e recolher seu Otá.

5 - Isto feito, o mé­dium deve en­trar no leito do rio e pro­curar uma pedra rolada que o atraia mais que as outras e, quando encon­trá-la, deve pedir licença à Mãe e aos Seres da Àgua para pegá-la para si.

6 - Após pegá-la, de­ve elevá-la com as duas mãos acima da cabeça e, como numa oração, dizer estas palavras: "Meu Pai (ou Mãe) Orixá tal, eis a pe­­dra de axé, o meu Otá! Abençoe-o com tua luz, com teu manto divino e com teu axé, tornando-a, a partir de agora, minha pedra sagrada!"

7 - Após fazer essa primeira con­sa­gração a pessoa deve ir até onde está a oferenda da Mãe Oxum e apre­sentá-la segurando-a na palma das mãos unidas em concha, dizendo-lhe es­tas palavras: "Minha Mãe Oxum, apre­sento-lhe meu Otá. Abençoe-o, minha amada Mãe!"

8 - Após receber a benção da Mãe Oxum, a pessoa deve dirigir-se até onde está a oferenda do seu Orixá, colocá-la dentro dela e fazer esse pe­dido: "Meu Pai (minha Mãe) Orixá tal, peço-lhe que aqui, dentro da sua oferenda, consagres essa pedra de forças, esse meu Otá".

9 - Após esse pedido, a pessoa de­ve aguardar uns 10 minutos para recolhê-la e envolvê-la no pedaço de pano na cor do Orixá. Mas antes, deve dizer estas palavras: "Meu Pai (minha Mãe), peço-lhe licença para recolher meu Otá com seu axé, e envolvê-lo nesse pedaço de pano que simboliza seu manto protetor para que eu possa levá-la para minha casa protegida e ocultada dos olhares alheios".

10 - Recolha-a e embrulhe-a com o pano. Então peça licença e vá para casa.

Chegando em casa, risque um símbolo do seu Orixá, coloque-o dentro dele; acenda uma vela de 7 dias e co­loque-a dentro dele. Invoque seu Orixá, pedindo-lhe que alimente-a com sua luz viva, só recolhendo-a e guar­dando-a em um local adequado quan­do a vela for toda queimada.

Caso queira, poderá pegar uma tigela de louça colocar dentro dela um pouco de água e macerar um punhado de folhas do Orixá para, em seguida co­locar dentro o seu Otá, iluminar com uma vela de sete dias e pedir-lhe que incor­pore-lhe seu axé vegetal.

Após sete dias com o Otá imerso no caldo vegetal poderá lavá-lo em água corrente que o axé vegetal do Orixá terá sido incorporado a ele.

Só então, a pessoa poderá ali­mentá-lo com a bebida do Orixá. Para alimentá-lo poderá fazê-lo derra­man­do-a na mesma tigela usada para as ervas. O procedimento é idêntico:

Coloca-se a bebida; a seguir co­loca-se o Otá; cobre-se a tigela com o pano na cor do orixá; ilumina-se com uma vela de 7 dias e faz-se uma ora­ção para que o Orixá alimente-o com o axé da sua bebida.

Após sete dias, retire o Otá, lave-o em água corrente e coloque-o dentro de uma quartinha de louça ou de barro cerâmico;

Encha-a com água engarrafada adquirida no comércio pois não contêm cloro e coloque-a, já tampada, em seu altar, oratório ou em um local onde só você mexa.

Então, periodicamente, troque a água ou complete-a, que seu Otá passará a atuar em seu benefício, atuan­do como um ponto de força do seu Orixá.

Quando vier a fazer o assenta­mento dele, coloque nele a sua quar­tinha com seu Otá dentro dela, passan­do a alimentá-la com ela já assentada em definitivo. Aí está seu verdadeiro e genuíno "Otá"!

Temos ouvido relatos de que al­guns dirigentes espirituais adquirem no comércio algumas pedras roladas ou pedregulhos, já manuseados por ou­tras pessoas e, num ritual simples co­locam-nos dentro da quartinha dos se­us filhos espirituais onde, daí em diante estes passarão a alimentá-la periodicamente como se tivessem de fa­to o axé dos Orixás deles.

Mas isto não é verdadeiro e sim, assemelha-se a uma simpatia, que tanto pode funcionar como não.

Um Otá genuíno só deve ter a mão do seu dono e só deve ter a vibração do seu Orixá. Qualquer outra vibração incorporada ao Otá de uma pes­soa influirá negativamente sobre ele e sobre o seu dono, assim como sobre o próprio Orixá.

Isto acontece quando quem par­ticipou da consagra­ção do Otá fica de mal humor; com rai­va; com ódio dele; com antipatia por ele, etc.

Um Otá é algo pessoal e não deve ser manipulado por mais ninguém além do seu dono e só de­ve conter suas vi­bra­ções e as do seu Orixá.

Além do mais, caso a quartinha com o Otá fique nas dependências do Templo que a pessoa freqüenta, várias coi­sas podem influir sobre ela e ele tais como:

- Caso o Templo esteja sendo de­mandado os donos dos Otás também serão atingidos.

- Caso virem as forças assentadas ou firmadas no Templo, as dos donos dos Otás também serão viradas.

- Caso prendam as forças assen­tadas ou firmadas no Templo, as dos donos dos Otás também serão presas.

Caso o dirigente fique com ódio de um médium seu, poderá atin­gí-lo atra­vés do seu Otá, e qual­quer outros elementos pessoais colo­cados dentro da quartinha (pois há os que colocam um chumaço de cabelo, retirado do ori do seu filho de santo).

Recomendamos às pessoas que fo­rem prejudicadas dessa forma que com­prem 7 quartinhas de louça; con­sigam 7 líquidos diferentes, tais como: mel, bebida do seu orixá, água doce, água salgada, água com ervas ma­ceradas, água com pemba branca rala­da misturada e água de côco.

Com esses sete líquidos engarra­fados separadamente, devem ir até uma cachoeira e nela fazer uma ofe­renda a Mãe Oxum.

Após fazer a oferenda devem pe­dir-lhe licença para colher 7 pedras no leito da cachoeira. Após colhê-las colo­cá-las dentro das 7 quartinhas e acres­centar um pouco de água da ca­choeira.

A seguir, colocar as quartinhas em círculo e derramar dentro de cada uma o líquido de uma garrafa. Acender 7 velas amarelas juntas no centro do círculo das quartinhas; acender 7 ver­melhas do lado de fora do círculo de quar­tinhas, uma para cada uma.

Na seqüência, fazer essa oração po­derosa ajoelhado diante do círculo de quartinhas:

"Minha amada e miseri­cordiosa Mãe Oxum, clamo-lhe nesse momento em que sofro um ato de in­justiça, que a Senhora ative o seu Sa­grado Mistério das Sete Quartinhas e, em nome do Divino Criador Olorum, de Oxalá, da Lei Maior e da Justiça Di­­vina, que essa injustiça seja cor­tada, anulada e retardada, e que, quem a fez contra mim seja rigoro­sa­mente punido por Olorum, por Oxalá pela Lei Maior e pela Justiça Divina, as­sim como pelo Orixá, pelo Exu Guardião, e pela Pombagira Guardiã dela, que assim, punida rigorosa­men­te, nunca mais use do seu conheci­mento para prejudicar-me e a ninguém mais.

Peço-lhe também, que tudo o que essa pessoa fez e desejou contra mim, contra minhas forças espirituais e con­tra meu Orixá, que na Lei do Retorno seja voltado integralmente contra ela, punindo-a rigorosamente por ter me faltado com o respeito e com a fraternidade humana que deve reinar em nossa vida.

Peço-lhe também que essa pessoa seja punida com a retirada dos seus poderes e conhecimentos pessoais, assim como, que dela sejam afastados todos os seus filhos espirituais e seus amigos, para que não venham a ser vítimas da perfídia, da traição e do ódio dela por quem a desagrada.

Peço-lhe também que os Orixás e os Guias Espirituais de todos os filhos espirituais dessa pessoa maligna sejam alertados da perfídia dela e tomem as devidas providências para protege­rem-se, e aos seus filhos, da traição e da falsidade dessa pessoa indigna perante os Sagrados Orixás, o Divino Criador, Olorum, a Lei Maior e a Justiça Divina, e todos os umbandistas.

Que a Lei Maior e a Justiça Divina comecem a atuar e só cessem suas atua­ções quando ela pedir-lhes per­dão pela injustiça cometida. Ou, caso ela não o faça, então atuem pondo-a para fora da Umbanda para que nunca mais manche-a com sua per­fídia, traição e falsidade.

Peço-lhe e peço a todos os po­deres invocados aqui, que me prote­jam de todos os atos negativos que essa pessoa traiçoeira e perfídia venha a intentar contra mim, minhas forças, meu Orixá, minha vida e família, assim como vos peço que cada ato dela feito contra mim de agora em diante seja virado e seja revertido contra ela, punindo-a ainda mais.

Amém"!

Essa oração é tão poderosa, que imediatamente a pessoa que cometeu o ato indigno de atingir um filho espi­ritual, as suas forças espirituais e ao seu Orixá, começa a ser punida de tal forma, que em pouco tempo, ou ela desfaz o mal feito e pede perdão ao atraiçoado ou sua vida terá uma revi­ravolta tão grande que acabará afun­dando em sua maldade.

É a justa punição para quem ousa atingir o orixá alheio.

Essa magia e essa oração forte não deve ser usada para futricas e intrigas pessoais pois nossa amada Mãe Oxum não está à nossa dispo­sição para essas coisas e sim, ela nos concede a ativação do seu Sagrado Mistério das Sete Quartinhas para que atos indignos cometidos contra nossos Guias e Orixás sejam punidos rigoro­samente.

Bem, após essa magia para a defesa de vítimas de trabalhos para atin­gí-las a partir do seu Otá, conti­nue­­mos com os comentários sobre a "pedra fundamental" dos médiuns umbandistas.

Saibam que um Otá (ou pedra de força) também pode ser encontrado e recolhido em outros lugares além do leito dos rios. Pedras são encontradas na terra, no sopé das montanhas, em pedreiras, etc.

Se a sua pedra de forças (aque­la que o atraiu) for encontrada dentro de uma mata ou bosque, aí você deve pedir licença ao Orixá Oxóssi para recolhê-la e consagrá-la ao seu Orixá.

Se ela foi encontrada na terra, em algum campo aberto, peça licença ao Orixá da terra, Omulú.

Se ela for encontrada no sopé de uma montanha, ou mesmo nela, peça licença ao Orixá Xangô.

Se ela for encontrada em uma pedreira, peça licença ao Orixá Yansã.

Se ela for encontrada nas mar­gens de um lago ou do estuário de um rio, peça licença ao Orixá Nanã Bu­ruquê.

Se ela for encontrada nas margens ou no fundo de uma lagoa, peça licença ao Orixá Obá.

Se ela for encontrada a beira mar ou mesmo dentro das suas águas, peça licença ao Orixá Iemanjá.

Se for "encontrada" no comércio de pedras, aí é problema seu, certo?

Afinal, um Otá genuíno não é uma pedra semi-preciosa e sim, é um eixo rolado ou um pequeno geodo ain­da na natureza e que não passou de mão em mão.

Quando a "pedra ideal" é encon­trada, como que por acaso, e o médium não estava ali com a finalidade de encontrar seu Otá, mas deseja reco­lhê-la e levá-la para sua casa porque "sente" que ela tem algum poder ou finalidade mágica, este deve ajoelhar-se perto dela e, dependendo do cam­po vibratório em que ela se encontra, ali deve fazer uma oração ao Orixá regente dele e pedir-lhe permissão para recolhê-la e levá-la para sua casa pois já se esta­beleceu uma afinidade entre ambos.

Se você ainda não souber que tipo de afinidade se criou, recolha-a, e leve-a embora. Guarde-a e aguar­de, porque pode ser que mais adiante um guia espiritual manifeste-se e lhe dê orientações sobre ela e como tratá-la dali em diante.

Agora, se em todo o lugar da natu­reza que você for, encontrar uma ou mais pedras que o atraiam inten­sa­mente, aí já se trata de uma coisa pes­soal e o melhor a fazer é tornar-se um colecionador de pedras ornamen­tais ou raras.
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PEDRAS DOS ORIXÁS .

PAI OXALÁ: QUARTZO BRANCO,CRISTAL,GALENA,CALCITA ÓPTICA,DIAMANTE,TOPÁZIO BRANCO,PEDRA DA NEVE OU ALBITA,HOWLITA BRANCA;

MÃE OYÁ LOGUNAN: CRISTAL FUMÊ RUTILADO,CRISTAL FUMÊ,SODALITA,CRISTAL FANTON;

PAI OXÓSSI: QUARTZO VERDE,TURMALINA VERDE,ESMERALDA,AMAZONITA,CRISOPÁZIO;

MÃE OBÁ: MADEIRA PETRIFICADA,ROSA DO DESERTO;

MÃE OXUM: QUARTZO ROSA,TURMALINA ROSA,LEPDOLITA,REDOCROSITA,LABRADORITA;

PAI OXUMARÊ: FLUORITA ARCO ÍRIS,TURMALINA MELANCIA,LABRADORITA.

PAI XANGÔ: JASPE VERMELHO,OLHO DE TIGRE,GRANADA,PIRITA,ESTAUROLITA,BRONZITA,BAUXITA;

MÃE EGUNITÁ: ÁGATA DO FOGO,CALCITA LARANJA,TOPÁZIO IMPERIAL;

PAI OGUM: HEMATITA,SODALITA,CIANITA AZUL,GRANADA,MAGNETITA,AZURITA;

MÃE IANSÃ: CITRINO,HELIODORO,ENXOFRE;

PAI OBALUAIÊ: TURMALINA NEGRA,QUARTZO BRANCO,BASALTO;

MÃE NANÃ BURUQUÊ: AMETISTA,FLUORITA LILÁS,SUGILITA,MICA LILÁS,CHAROITA;

MÃE YEMANJÁ: ÁGUA MARINHA,TOPÁZIO AZUL,CALCEDÔNIA,QUARTZO AZUL:

PAI OMULÚ: ÔNIX,CACOCHINITA.

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PEDRAS DOS GUIAS ESPIRITUAIS:

PRETOS VELHOS: TURMALINA BRANCA,JASPE ZEBRA,VASSOURA DE BRUXA(CIANITA PRETA);

PRETOS VELHOS QUIMBANDEIROS: AMETISTA,CACOCHINITA;

CRIANÇAS: QUARTZO BRANCO,QUARTZO AZUL,QUARTZO ROSA,QUARTZO VERDE,CITRINO;

BAIANOS: QUARTZO BRANCO LEITOSO,CRISTAL,JASPE VERMELHO,GRANADA,PIRITA,CITRINO,TOPÁZIO IMPERIAL;

CIGANOS: QUARTZO BRANCO LEITOSO,ESMERALDA,TURMALINA VERDE,CITRINO,PIRITA,GRANADA,OLHO DE TIGRE;

MARINHEIROS: ÁGUA MARINHA,TOPÁZIO AZUL,QUARTZO AZUL,CALCEDÔNIA,VASSOURA DE BRUXA,TURMALINA NEGRA;

CABOCLOS: AS MESMAS USADAS PARA PAI OXÓSSI E MÃE OBÁ;

BOIADEIROS: DRUZA DE CRISTAL,DRUZA DE AMETISTA,CITRINO,ÁGATA PRETA,CALCITA LARANJA,SODALITA;

EXÚS: ÁGATA PRETA,ÔNIX PRETO,TURMALINA NEGRA,VASSOURA DE BRUXA,QUARTZO FUMÊ,MICA PRETA,OBSIDIANA PRETA,LACTERITA VERMELHA(YANGUI);

POMBA GIRA: MICA ROSA,CORNALINA,GRANADA,GEODOS DE ÁGATA DO FOGO.

FONTE:LIVRO CRISTAIS E OS ORIXÁS - EDITORA MADRAS - ANGÉLICA LISANTY.