segunda-feira, 7 de março de 2011

Pai Xangô - Trono Masculino da Justiça

Pai Xangô







Xangô é o Orixá da Justiça e seu campo preferencial de atuação é a razão, despertando nos seres o senso de equilíbrio e eqüidade, já que só conscientizando e despertando para os reais valores da vida a evolução se processa num fluir contínuo.


O Trono Regente Planetário se individualiza nos sete Tronos Essenciais, que projetam-se energética, magnética e vibratoriamente e criam sete linhas de forças ou irradiações bipolarizadas, pois surgem dois pólos diferenciados em positivo e negativo, irradiante e absorvente, ativo e passivo, masculino e feminino, universal e cósmico.


Uma dessas projeções é a do Trono da Justiça Divina que, ao irradiar-se, cria a linha de forças da Justiça, pontificada por Xangô e Egunitá (divindade natural cósmica do Fogo Divino).


Na linha elemental da Justiça, ígnea por excelência, Xangô e Egunitá são os pólos magnéticos opostos. Por isto eles se polarizam com a linha da Lei, que é eólica por excelência.


Logo, Xangô polariza-se com a eólica Iansã e Egunitá polariza-se com o eólico Ogum, criando duas linhas mistas ou linhas regentes do Ritual de Umbanda Sagrada.


O Orixá Xangô é o Trono Natural da Justiça e está assentado no pólo positivo da linha do Fogo Divino, de onde se projeta e faz surgir sete hierarquias naturais de nível intermediário, pontificadas pelos Xangôs regentes dos pólos e níveis vibratórios intermediários da linha de forças da Justiça Divina.


Estes sete Xangôs são Orixás Naturais; são regentes de níveis vibratórios; são multidimensionais e são irradiadores das qualidades, dos atributos e das atribuições do Orixá maior Xangô.


Eles aplicam os aspectos positivos da justiça divina nos níveis vibratórios positivos e polarizam-se com os Xangôs cósmicos, que são os aplicadores dos aspectos negativos da justiça divina. Como, na Umbanda, quem lida com os regentes desses aspectos são os Exús e as Pomba-Giras.


Os Xangôs intermediários, tal como todos os Orixás Intermediários, possuem nomes mântricos que não podem ser abertos ao plano material. Muitos os chamam de Xangô da Pedra Branca, Xangô Sete Pedreiras, Xangô dos Raios, etc. Enfim, são nomes simbólicos para os mistérios regidos pelos Orixás Xangôs Intermediários. Só que quem usa estes nomes simbólicos não são os regentes dos pólos magnéticos da linha da Justiça, e sim os seus intermediadores, que foram “humanizados” e regem linhas de caboclos que manifestam- se no Ritual de Umbanda Sagrada comandando as linhas de trabalhos de ação e reação. Eles são os aplicadores “humanos” dos aspectos positivos da justiça divina.


Logo, se alguém disser: “Eu incorporo o Xangô tal”, com certeza está incorporando o seu Xangô individual, que é um ser natural de 6° grau vibratório, ou um espírito reintegrado às hierarquias naturais regidas por estes Xangôs. Nem no Candomblé se incorpora um Xangô de nível intermediário ou qualquer outro Orixá desta magnitude. O máximo que se alcança, em nível de incorporação, é um Orixá de grau intermediador. Mas no geral, todos incorporam seu Orixá individual natural, ou um espírito reintegrado às hierarquias naturais e, portanto, um irradiador de um dos aspectos do seu Orixá maior.


Temos, na Umbanda, os: Xangôs da Pedra Branca, Xangôs da Pedra Preta, Xangôs das Sete Pedreiras, Xangô das Sete Montanhas, etc.


Que são todos eles, Orixás Intermediadores e regentes de subníveis vibratórios ou regentes de pólos energo-magnéticos cruzados por muitas correntes eletromagnéticas, onde atuam como aplicadores dos mistérios maiores, mas já em pólos localizados em subníveis vibratórios. E todos estes Xangôs intermediadores são regentes de imensas linhas de trabalho, ação e reação. Ou não é verdade que temos caboclos da Pedra Branca, da Pedra Preta, do Fogo, etc.?


Meditem muito sobre o que aqui comentei, pois em se tratando de Orixás, é preciso conhecê-lo a partir da ciência divina ou nos perdemos no abstracionismo e na imaginação humana. Reflitam bastante e depois consultem seus mentores espirituais acerca do que aqui estou ensinando, irmão em Oxalá.










Divindades: Xangô


Linha: Ígnea


Pedra: Jaspe, pirita, pedra do sol, Olho de Tigre


Irradiação: Justiça


Vela/Cor: Vermelha, Marrom, Dourada


Sincretismo: São Jerônimo


Saudação: Caô Cabecilê!


Ponto de Força: Pedreiras, Montanhas






Oferendas/Rituais






Pai Xangô: Velas vermelha, branca e marrom, manga, uva niágara, cerveja escura, vinho tinto doce, flores vermelhas. Pode oferendá-lo numa pedreira, montanha.


Fonte:www.luzdourada.org.br
 
XANGÔ – um dos Orixás mais temidos pelo fato de ser Ele o determinador da Justiça e quem ativa a Lei em nossas vidas, fazendo valer o ponto que diz “quem deve paga e quem merece recebe”. Portanto, oferendar Xangô é muito forte e muito especial, é nesse momento que devemos baixar nossas cabeças e permitir que seja feita a vontade de Deus e não a nossa. E é esse o “espírito da coisa”: não se oferenda Xangô para pedir a nossa justiça, mas a justiça Divina. Infelizmente, isso pouco acontece pois as pessoas estão viciadas em seus desejos e julgamentos e vão logo aos pés do Grande Rei Xangô pedir seus desejos, o que é um grande erro. Devemos oferendar Xangô para buscar e pedir equilíbrio entre a razão e a emoção, a justiça, a sensatez, a razão, a determinação e a coragem para recebermos aquilo que merecemos. Pedimos a Ele que nos mantenha sensatos e livres de quaisquer julgamentos, tanto os que emitimos quando os que recebemos.
 
Fonte:www.minhaumbanda.com.br
 
Ervas Quentes(Descarrego):Angico,aroeira,arruda,jurema preta,urucum,garra do diabo,folha do fogo,pára raio,urtiga(lenho).
Verbos atuantes nas ervas quentes:purificar,sacudir,tremer,arder,endurecer,derreter,dissolver.
 
Ervas Mornas(Equilibradoras):barba de velho,barbatimão,café folha,carapiá raiz,cipó cravo,cipó s.joão,hibisco flor,ipê roxo,manjericão roxo,noz de cola-obi seco,pau pereira,quebra pedra,romã casca do fruto,beterraba folhas,girassol flor,lantana.
Verbos atuantes nas ervas mornas:equlibrar,racionalizar,reforçar,proteger,energizar,...
 
Fonte:Adriano Camargo-O Erveiro da Jurema.

XANGÔ - SÀNGÒ


Xangô é a Divindade que está assentada no pólo positivo ou irradiante da 4ª. Linha de Umbanda, que é a da Justiça Divina.


Como Orixá Universal, Xangô traz a Qualidade da Justiça Divina e a irradia o tempo todo na Criação para dar equilíbrio, estabilidade e harmonia a tudo e a todos. É o Orixá do equilíbrio, da estabilidade e da razão. Sustenta e ampara os seres que vivem o Sentido da Justiça de forma equilibrada.


Seu campo preferencial de atuação é a razão. Absorvendo as Irradiações de Pai Xangô, o ser é purificado em seus sentimentos e se torna racional, ajuizado e um ótimo equilibrador do meio em que vive e dos seres à sua volta.


Podemos ver manifestações dessa Qualidade Divina através da atuação dos Caboclos de Xangô, que têm procedimentos justos, retos e equilibrados.


Na Linha da Justiça, Pai Xangô forma um par puro com o Orixá Feminino Egunitá, pois ambos atuam pelo elemento Fogo.


Além disso, Xangô também polariza com Iansã (Trono Feminino da Lei), formando com Ela uma Linha Mista, uma vez que atuam por elementos diferentes: Xangô é o


Fogo e Iansã é o Ar que expande esse Fogo Divino. Isso acontece porque há uma ligação estreita entre Justiça e Lei e, portanto, também entre as atuações dos Orixás Regentes de cada uma dessas Linhas (Xangô e Egunitá na Linha da Justiça; Ogum e Iansã na Linha da Lei).


Xangô está em tudo que gera habilidade no trato das relações humanas ou nos governos, de um modo geral.


Xangô é a ideologia, a decisão, a vontade, a iniciativa. É a solidez, a organização, o trabalho, a discussão pela melhora, o progresso social e cultural, a voz do povo, o levante, a vontade de vencer. Também é o sentido de realeza, o espírito nobre das pessoas, o poder de liderança.


O aspecto da razão aparece bem destacado no sincretismo de Xangô com São Jerônimo, pois na imagem umbandista de São Jerônimo se vê a figura de um leão colocado ao lado do Santo, onde o leão simboliza a razão acima do instinto, pois Xangô nos chama à razão. E aqui há outro aspecto interessante: essa imagem umbandista apresenta São Jerônimo segurando uma pedra na mão (que seria a pedra de raio de Xangô) e tendo no colo os Dez Mandamentos e um livro onde está escrito: “Juízo Final”. Essa presença dos Dez Mandamentos na imagem associa Xangô a Moisés, pois foi Moisés quem recebeu as Tábuas da Lei, nas quais os Dez Mandamentos teriam sido escritos a fogo pelas mãos de Deus, segundo a versão católica. Vale lembrar que na imagem católica de São Jerônimo este aparece segurando apenas a Bíblia, pois São Jerônimo traduziu a Bíblia para o latim, de modo que os leigos pudessem entendê-la. Já na imagem umbandista de São Jerônimo, está o livro escrito “Juízo Final”, livro que seria “a Bíblia” de Xangô, uma referência direta à Justiça Divina que este Orixá representa.

Para Xangô, a Justiça está acima de tudo e sem ela nenhuma conquista vale a pena: o respeito pelo rei é mais importante que o medo. É o protetor dos juízes e operadores do Direito em geral.


Invocamos Pai Xangô para devolver o equilíbrio e a razão aos seres exageradamente emocionados e desequilibrados. Também para clamar pela Justiça Divina, visando ao corte de demandas cármicas, de magias negras etc., para recuperamos o equilíbrio e a saúde espiritual, mental, emocional e física. Além disso, tudo o que se refere a estudos, a disputas judiciais, a contratos e a documentos “trancados” pertence ao campo de atuação de Pai Xangô.


Quando pedimos a intervenção da Justiça Divina é preciso lembrar que ela vai atuar em primeiro lugar em nós mesmos, verificando o quanto temos sido justos com a nossa própria vida e com os nossos semelhantes. A balança da Justiça pesa os dois lados de uma questão. E a machadinha dupla de Xangô corta tudo que não esteja de acordo com a Justiça Divina, para só então trazer o equilíbrio, a razão e a estabilidade, sempre de acordo com a nossa necessidade e o nosso merecimento.


Na Umbanda, temos Pai Xangô Maior, que é o Trono Masculino da Justiça, integrante da Coroa Planetária. E temos os Xangôs da Pedra Branca, da Pedra Preta, das Sete Pedreiras, das Sete Montanhas etc., que regem imensas Linhas de Trabalho, ação e reação, como os Caboclos da Pedra Branca, Caboclos da Pedra Preta, Caboclos do Fogo. Esses “Xangôs” são Orixás Intermediadores e regem subníveis vibratórios ou pólos cruzados por muitas correntes eletromagnéticas, onde atuam como aplicadores dos Mistérios Maiores, mas já em pólos localizados em subníveis vibratórios.


Xangô é associado aos números 3, 6 e 12, bem como ao Sol e ao planeta Júpiter.


Seu primeiro elemento de atuação é o Fogo (que aquece, purifica, sustenta e acalenta) e o seu segundo elemento é o Ar (que expande o Fogo).

Características dos filhos de Xangô



Fisicamente, um filho de Xangô tem o corpo muito forte e com tendência à obesidade. Mas sua boa constituição óssea suporta o físico avantajado.

No positivo: Os filhos de Xangô têm muita energia, auto-estima e a consciência de serem importantes e respeitáveis. São fortes, um tanto autoritários, ousados, cheios de iniciativa, obstinados, agem com estratégia e conseguem o que querem. Sua postura é sempre nobre, com a dignidade de um rei. Tudo o que fazem marca de alguma forma sua presença. Fazem questão de viver ao lado de muita gente e não gostam de ser esquecidos. Muito racionais e meditativos, quando emitem sua opinião é para encerrar o assunto. Conscientemente, são incapazes de ser injustos com alguém. O poder e o saber são os seus grandes objetivos.


Quem tem a proteção de Xangô sente que nada nem ninguém abatem um filho desse Orixá. Podem até conseguir levá-lo ao fundo do abismo, mas depois de algum tempo ele renasce com mais vigor e volta a enfrentar o mundo de peito aberto, sem medo.


Os filhos de Xangô estão sempre cercados de muitas mulheres. Mas a tendência é que aqueles que decidem ao seu lado sejam sempre homens. Quando se apaixonam, fazem de tudo para conquistar a pessoa amada. Têm um forte senso de justiça, sabem ouvir, ponderar e apaziguar. Não toleram mentiras, desonestidade e corrupção.

São passivos, racionais, meditativos, observadores, atentos, pouco falantes e geniais.


Apreciam a leitura, a música, os discursos, a boa companhia e a companhia de mulheres vivas e ligeiras, o aconchego do lar e a boa mesa. Gostam de se vestir bem, mas com sobriedade


Não apreciam festas arrivistas, reuniões emotivas, companhias desequilibradas e pessoas apáticas, egoístas e soberbas.


No negativo: Tornam-se calados e fechados, não abrem mão das suas opiniões, são ranzinzas, vingativos e intratáveis.


Quando oferendar: Para pedir a cura de desequilíbrios emocionais, o desenvolvimento do senso de justiça e agir com a razão equilibrada; para obter o amparo da Justiça Divina em todas as situações de conflitos e quando estamos sendo alvo de magias negativas ou sofrendo atuações negativas cármicas; para obter auxílio em questões judiciais que estejam se arrastando; para obter a expansão equilibrada e estável dos nossos projetos de vida. Também para agradecer a proteção recebida em qualquer dessas situações.

Oferenda: Velas brancas, vermelhas e marrons; cerveja escura, vinho tinto doce e licor de ambrosia; flores diversas (cravos vermelhos, flores do campo marrons ou vermelhas, palmas vermelhas, rosas vermelhas, etc.). Também é costume incluir-se numa oferenda para Xangô o dendê, pimentas dedo de moça e cumbucas com álcool, tudo simbolizando o elemento fogo.



Local para a oferenda: uma cachoeira, montanha ou pedreira.

Cozinha ritualística:



1) Amalá - É feito de várias maneiras. Dois exemplos: a) Cortar em lascas 12 quiabos e colocar numa gamela. Acrescentar 1 colher de sopa de açúcar cristal e cerca de 1 copo de água, aos poucos. Apoiar a gamela na altura do peito (tórax) e bater a mistura com a mão direita, saudando o Orixá e a Ele apresentando os elementos, e fazendo seus pedidos. A mistura vai “espumar” um pouco e vai engrossar ligeiramente; b) Amalá feito com quiabo cortado, que é acrescentado a um refogado de cebola ralada, camarão, sal, dendê (ou azeite doce). Oferecer numa gamela forrada com massa de acaçá ou recoberta de orégano.


2) Caruru: 250 g de camarão seco, 1 xícara de castanha de caju moída, igual medida de amendoim torrado e moído, 1 cebola ralada, 3 tomates sem pele e sem semente, 1 maço de cheiro verde picado, 1 litro de água fervente, 1 kg de quiabo cortado em cruz, sal e pimenta-do-reino, 1 xícara de dendê. Lave o camarão para retirar o excesso de sal e deixe de molho por 1 hora. Passe no liquidificador. Junte a castanha, o amendoim, a cebola e os tomates picados e bata de novo. Adicione o cheiro verde picadinho e reserve. Lave bem os quiabos, escorra, coloque-os em água fervente e ponha sal e pimenta. Ferva por 10 minutos. Acrescente a mistura de camarão e temperos. Deixe no fogo por 20 minutos, mexendo sempre. Nos 5 minutos finais, junte o dendê. Acompanhamentos: arroz, farofa de dendê, vatapá, xinxim de galinha. Servir numa gamela forrada com folhas de louro fresco e polvilhada com orégano.


3) Rabada com polenta- Ingredientes: tomate, cebola, pimenta dedo de moça, azeite de dendê (para os refogados); 1 rabada; 1 kg de quiabos; 1 polenta. Preparo: Refogar tomate, cebola e pimenta dedo de moça, num pouquinho de dendê. Cozinhar a rabada e separar o caldo. Preparar à parte uma polenta e colocar numa gamela. Colocar os pedaços da rabada sobre a polenta. No caldo que ficou do cozimento da rabada, cozinhar ligeiramente os quiabos cortados em rodelas. Separar 12 quiabos inteiros e crus, para a decoração. Colocar o quiabo refogado por cima da rabada que está na gamela. Decorar com os 12 quiabos inteiros, com as pontas para fora. Esses 12 quiabos simbolizam os 12 Ministros ou as 12 Qualidades de Xangô. Regar com um fio de dendê. Observação: Pode-se substituir a rabada por carne de peito de boi.


4) Quiabo refogado em rodelas e enfeitado com 12 camarões cozidos e passados no azeite de dendê.


5) Dobradinha temperada com cebola passada no dendê e enfeitada com 12 pimentas dedo de moça.


Alguns Caboclos de Xangô:


Caboclo 7 Montanhas (de Oxalá e Xangô), Caboclo 7 Pedreiras (Oxalá/Xangô), Caboclo da Pedra Preta (Xangô/Omolu), Caboclo da Pedra Branca (Oxalá/Xangô), Caboclo do Fogo, Caboclo Pedra do Sol, Caboclo Pedra de Fogo, Caboclo Rompe Montanha (Ogum/Xangô), Caboclo Rompe Serra (Ogum/Xangô), Caboclo Pedra Vermelha (Oxalá/Xangô), Caboclo do Sol, Caboclo Caramuru.


Alguns Exus de Xangô:

Exu Labareda, Exu Pedra Negra, Exu da Pedra Preta, Exu 7 Montanhas, Exu das Pedreiras, Exu do Fogo, Exu Pinga Fogo, Exu Brasa, Exu 7 Fagulhas, Exu Pedra do Fogo, Exu Corta-Fogo, Exu Pimenta, Exu 7 Pedreiras.

TRONO



Trono Masculino da Justiça


Linha :Justiça


Fator: Graduador (fator puro) e Equilibrador (fator misto)

Essência: Ígnea.


Elemento: Fogo e Ar


Polariza com Egunitá (formando um par puro no elemento Fogo) e também com Iansã (formando um par misto, onde Xangô é o Fogo e Iansã é o Ar).


Cor:


Marrom, dourado, vermelho, vermelho e branco.

Fio de Contas


Marrons leitosas; ou marrons e vermelhas alternadas; ou vermelhas e brancas alternadas.


Ferramentas


O machado de dois gumes (Oxé) e a balança


Símbolos


O machado duplo ou de dois cortes (Oxê), a estrela de seis pontas, a balança, o Livro das Leis.


Ponto na Natureza


As montanhas, as pedreiras, a beira da cachoeira


Flores


Flores do campo marrons e vermelhas, cravos vermelhos e brancos, palmas e rosas vermelhas.


Essências: Mirra, cravo.


Pedras


Jaspe vermelho, bauxita, pedra do sol. Dia indicado para consagração: 4ª-feira. Hora indicada: 07 horas


Metais e Minérios


Metais: Cobre, bronze, latão.


Minério: Pirita- Dia indicado para consagração: 5ª-feira- Hora indicada: 09 horas.


Saúde


Próstata, testículos, ovários, rins, bexiga, intestinos grosso e delgado, apêndice, vértebras lombares, área pélvica e os líquidos do nosso organismo (sangue, sucos gástricos, esperma e o processo relacionado com o ciclo menstrual feminino).


Planeta:Júpiter e Sol


Dia da Semana:Quinta Feira


Chacra:Umbilical


Saudação


“Kaô Kabecile!” (ou Kawó kabiyèsílé!), que significa: “Venham ver o Rei descer sobre a terra!”


Bebida


Cerveja preta, vinho tinto doce, vinho tinto seco, licor de ambrosia, água mineral


Animais


Leão, tartaruga, carneiro

Comidas


Goiaba vermelha, marmelo, limão, mamão, manga rosa, ameixa preta, pêssego, melão, melancia, abio, abricó, caqui, fruta do conde, cajá-manga (ou cajamanga), jambo, jerimum, quiabo.


Números:03, 06 e 12


Data Comemorativa:24 de junho


Sincretismo


São João Batista, celebrado em 24 de junho. Também São Jerônimo (Xangô Agodô). Alguns o sincretizam ainda com São Pedro e com Moisés.


Incompatibilidades


Caranguejo, doenças.


Qualidades


Alufan – Veste branco e suas ferramentas são prateadas. É idêntico a um Airá e às vezes é confundido com Oxalufan.


Alafin - É o dono do palácio real, governante de Oyó. Vem numa parte de Oxalá e caminha com Oxaguian.


Afonjá – É o Xangô da casa real de Oyó. Fulmina seus inimigos com o raio, pois recebeu o talismã mágico de Iansã, a mandado de Obatalá. Recebe oferendas com Yemanjá, sua mãe. Está sempre em disputa com Ogum, ora pelo amor da mãe, Yemanjá, ora pelo amor de Iansã, Oxum e Obá, suas eternas mulheres.


É o Patrono de um dos terreiros mais tradicionais e antigos da Bahia, o Axé Opô Afonjá.


Aganju – Significa terra firme. Tem perna de pau e é casado com Yemanjá. É o filho mais novo de Oranian. É aquele que leva o coração do inimigo na ponta da lança.


Agogo / Agodo / Ogodo – Inclinado a dar ordens e a ser obedecido, foi ele quem raptou Obá. Recebe oferendas com Yemanjá. Segura dois Oxês (machados). Sua pedra de raio tem dois gumes. Lança raios e fogo sobre seu próprio reino e o destrói.


Baru – Veste-se de marrom e branco. Recebeu de Oxalá um cavalo branco como presente. Passado um tempo, Oxalá voltou ao reino de Xangô Baru, onde foi aprisionado por sete anos num calabouço. Calado no seu sofrimento, Oxalá provocou a infertilidade da terra e das mulheres de Baru. Com a ajuda dos babalawôs, Xangô Baru descobriu seu pai, Oxalá, preso no palácio. Naquele dia mesmo, Baru e seu povo vestiram-se de branco e pediram perdão ao grande Orixá da Criação. Neste mito, Xangô surge como um rei humilde e solidário com a causa de seu povo.


Badè – Corresponde ao Xangô jovem dos nagôs. É o irmão de Loko. Usa roupa azul com faixa atada atrás.


Jakuta – É aquele que atira as pedras, é a encarnação dos raios e trovões. É a própria ira de Olorun, o Deus Criador. Seu reino foi atacado por guerreiros de povos distantes, quando seus súditos descansavam e dançavam ao som dos tambores. Houve muita correria, mortes e saques. Jakuta escapou para a montanha, seguido de seus conselheiros, de onde acompanhava o sofrimento de seu povo. Irado, chamou Iansã, sua mulher, que chegou com o vento, a tempestade e seus raios. Os raios de Iansã caíram como pedras do céu, causando medo aos invasores, que fugiram em debandada. Mais uma vez, Jakuta foi acudido por Iansã, que lhe deu o poder sobre as pedras de raio.


Koso ou Obakossô – Em sua passagem pela cidade de Kossô, Xangô recebe o nome de Obakossô, ou seja, o rei de Kossô. Depois de passar por Tapá, Xangô refugiou-se na cidade de Kossô, mas a dor de haver destruído seu povo o levou a suicidar-se. No momento da morte de Xangô, Iansã chegou ao Orum e, antes que Xangô se tornasse um egun, pediu a Olodumare que o transformasse num Orixá. E assim, diz o mito, Xangô tornou-se um Orixá.


Oranifé – É o justiceiro reto e impiedoso, que mora na cidade de Ifé. É muito conhecido pelo seu temperamento imperioso e viril.

Não perdoa os erros de seus filhos.


Airá Intile – É o filho rebelde de Obatalá. É dele o mito que conta a primeira vez que Airá Intile se submeteu a alguém. Airá tinha sempre ao pescoço colares de contas vermelhas que Obatalá desfez, alternando as contas encarnadas com as contas brancas dos seus próprios colares. Obatalá entregou a Intile o seu novo colar, vermelho e branco. Daquele dia em diante, todos saberiam que ele era seu filho. Para terminar, Obatalá fez com que Airá Intile o levasse de volta ao seu palácio pelo rio, carregando-o nas costas.


Airá Igbonam (Agoynham) ou Ibonã – É considerado o pai do fogo. Tanto é assim, que na maioria dos terreiros, no mês de junho de cada ano, acontece a fogueira de Airá, rito em que Ibonã, sempre acompanhado de Iansã, dança e canta sobre as brasas escaldantes das fogueiras.


Airá Mofe, Osi ou Adjaos – É o eterno companheiro de Oxaguiã. Os Airás são as qualidades de Xangôs muito velhos. Vestem-se de branco, usam segi (contas azuis), em lugar dos corais vermelhos, e são originários da região de Savê. Mas há quem considere que Airá seria um Orixá diferente, e não uma qualidade de Xangô.

Fonte:www.seteporteira.org.br






















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