segunda-feira, 7 de março de 2011

Mãe Nanã Buruquê-Trono Feminino da Evolução

Mãe Nanã Buruquê


A orixá Nanã rege sobre a maturidade e seu campo preferencial de atuação é o racional dos seres. Atua decantando os seres emocionados e preparando-os para uma nova “vida”, já mais equilibrada.



A orixá Nanã Buruquê rege uma dimensão formada por dois elementos, que são: terra e água. Ela é de natureza cósmica pois seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres que, quando recebem suas irradiações, aquietam-se, chegando até a terem suas evoluções paralisadas. E assim permanecem até que tenham passado por uma decantação completa de seus vícios e desequilíbrios mentais. Nanã forma com Obaluaiê a sexta linha de Umbanda, que é a linha da Evolução. E enquanto ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), ela atua na decantação emocional e no adormecimento do espírito que irá encarnar. Saibam que os orixás Obá e Omulú são regidos por magnetismos “terra pura”, enquanto Nanã e Obaluaiê são regidos por magnetismos mistos “terra-água”. Obaluaiê absorve essência telúrica e irradia energia elemental telúrica, mas também absorve energia elemental aquática, fraciona-a em essência aquática e a mistura à sua irradiação elemental telúrica, que se torna “úmida”. Já Nanã, atua de forma inversa: seu magnetismo absorve essência aquática e a irradia como energia elemental aquática; absorve o elemento terra e, após fracioná-lo em essência, irradia-o junto com sua energia aquática.

Estes dois orixás são únicos, pois atuam em pólos opostos de uma mesma linha de forças e, com processos inversos, regem a evolução dos seres. Enquanto Nanã decanta e adormece o espírito que irá reencarnar, Obaluaiê o envolve em uma irradiação especial, que reduz o corpo energético, já adormecido, até o tamanho do feto já formado dentro do útero materno onde está sendo gerado .

Este mistério divino que reduz o espírito ao tamanho do corpo carnal, ao qual já está ligado desde que ocorreu a fecundação do óvulo pelo sêmen, é regido por nosso amado pai Obaluaiê, que é o “Senhor das Passagens” de um plano para outro.

Já nossa amada mãe Nanã, envolve o espírito que irá reencarnar em uma irradiação única, que dilui todos os acúmulos energéticos, assim como adormece sua memória, preparando-o para uma nova vida na carne, onde não se lembrará de nada do que já vivenciou. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, que é quando a pessoa começa a se esquecer de muitas coisas que vivenciou na sua vida carnal. Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a “memória” dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, ela adormece os conhecimentos do espírito para que eles não interfiram com o destino traçado para toda uma encarnação.

Em outra linha da vida, ela é encontrada na menopausa. No inicio desta linha está Oxum estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos. Nas “linhas da vida”, encontramos os orixás atuando através dos sentidos e das energias. E cada um rege uma etapa da vida dos seres.

Logo, quem quiser ser categórico sobre um orixá, tome cuidado com o que afirmar, porque onde um de seus aspectos se mostra, outros estão ocultos. E o que está visível nem sempre é o principal aspecto em uma linha da vida. Saibam que Nanã em seus aspectos positivos forma pares com todos os outros treze orixás, mas sem nunca perder suas qualidades “água-terra”. Já em seus aspectos negativos, bem, como a Umbanda não lida com eles, que os comente quem lidar, certo?





Divindades: Nanã Buruquê

Linha: Telúrica

Pedra: Rubelita, ametista

Irradiação: Evolução

Vela/Cor: Lilás, prata

Sincretismo: Sant´ Ana

Saudação: Salubá Nanã!

Ponto de Força: Lagoa e Mangues



Oferendas/Rituais



Mãe Nanã: Velas lilá, branca, prata, melancia, melão, ameixa, ameixa em calda, jabuticaba, figo, champanhe rose, vinho licoroso rose, flor do campo lilás, colônia branca e lilás, quaresmeira, violeta, azaléia, hortênsia. Pode oferendá-la num lago ou mangue.

Fonte:www.luzdourada.org.br

NANÃ – oferendamos Nanã para solicitar que Ela decante nossos sentimentos e lembranças negativas, que nos ajude a esquecer as mágoas, o rancor, a dor, etc. A Ela pedimos maturidade e mobilidade para viver em harmonia e com sabedoria

Fonte:www.minhaumbanda.com.br

Ervas de Mãe Nanã Buruquê

Ervas Quentes(Descarrego):Cipó suma,pinhão roxo,chorão e peregun roxo
Verbos atuantes nas ervas quentes:afogar,decantar,alagar...

Ervas Mornas(Equilibradoras):Alafavaca,alfazema,assa peixe,bardana folhas,camomila flor,cana do brejo,capim rosário,confrei,erva de santa maria/mentruz,hibisco flor,mulungu casca/raiz,noz moscada,sete sangrias,trapoeraba...
Verbos atuantes nas ervas equlibradoras: apaziguar,regenerar,renovar,converter,amadurecer,...

Fonte:Adriano Camargo-O Erveiro da Jurema.

NANÃ

Nanã é a Divindade que está assentada no pólo negativo (ou absorvedor) da Linha da Evolução, que é a sexta Linha de Umbanda, na qual polariza com Pai Obaluayê.

Seu campo preferencial de atuação é o emocional dos seres desequilibrados que, ao receberem suas Irradiações, se aquietam; e podem ter suas evoluções paralisadas, se necessário, até passarem por uma decantação completa de seus vícios e desequilíbrios mentais.

As Irradiações de Mãe Nanã contêm duas Qualidades Divinas que nos induzem a evoluir: a maleabilidade e a decantação. Através delas, Nanã transmuta as energias negativas e paralisantes geradas por conceitos negativos e errôneos que os seres desenvolvem a respeito das coisas Divinas (sentimentos, pensamentos, emoções, atos etc.), de modo a reequilibrá-los e então reconduzi-los a um caminho de evolução. Nanã manifesta essas duas Qualidades ao mesmo tempo e por isso dizemos que é um Orixá Cósmico dual.

A primeira Qualidade de Nanã (maleabilidade) vai desfazendo o que está paralisado ou petrificado nos seres, dando-lhes maleabilidade. Quanto o ser estaciona num padrão vibratório negativo (pensamentos, sentimentos, crenças e emoções), insistindo em condutas igualmente negativas, ele se petrifica, fica impermeável às sugestões do Bem. Neste caso, ele será atraído para o campo de Mãe Nanã, para readquirir maleabilidade.

E a segunda Qualidade de Mãe Nanã (decantação) vai decantando os seres dos seus vícios, desequilíbrios e negativismos, fazendo uma espécie de filtragem dessas energias desequilibradas.

Isso acontece porque Ela é um Orixá “água-terra”. O seu primeiro elemento de atuação é a água e o segundo é a terra. O elemento água dá maleabilidade ao que estava endurecido (“amolece”, torna permeável, permite adquirir e absorver outros valores). Então, a terra se junta à água, formando “um barro” que absorve os negativismos decantados. Isto gera condições para dar estabilidade àquilo que ficou de positivo após a decantação. E uma vez que “o positivo” foi estabilizado no ser, ele poderá recomeçar sua evolução.

Mãe Nanã atua por atração magnética sobre os seres cuja evolução está paralisada e cujo emocional está desequilibrado. Ela os atrai magneticamente, para operar o processo de: a) dar maleabilidade àqueles seres- quebrando seus vícios e desfazendo suas resistências e negatividades; também “amolecendo” e dissolvendo os medos ou bloqueios inexplicáveis, de fundo inconsciente, e as memórias traumáticas do ser; b) decantar todo esse negativismo- que vai se soltando, e vai se depositar no fundo “do barro” (encontro dos elementos água e terra, que constituem Seus domínios); c) e, finalmente, dar estabilidade ao que ficou de positivo em todo este processo, para que o ser retome sua evolução de forma equilibrada, aqui o entregando aos domínios de Obaluayê.

Em todas as situações, temos duas opções básicas: a) decidir trilhar o caminho do Bem, respeitando a Ordem Divina; caso em que os Orixás Universais (irradiantes, positivos) irão “nos puxar para cima”, potencializando os pontos fortes que já desenvolvemos e, através deles, nos ajudando a evoluir e vencer nossas dificuldades. Neste caso, os Orixás Cósmicos nos darão amparo também, protegendo-nos de ataques externos, magias negativas etc., uma vez que são os pares complementares dos Universais; b) ou estacionar num caminho negativo; caso em que os Orixás Cósmicos (absorvedores, negativos) irão nos atrair diretamente para os seus campos absorvedores de atuação, ali esgotando nosso negativismo, até recuperarmos o equilíbrio e voltarmos ao amparo dos Universais.

Isso explica as diferentes atuações de Pai Obaluayê (Universal) e de Mãe Nanã (Cósmica), que se complementam, na Linha da Evolução. Nanã faz com que os seres retomem sua evolução, decantando-os de todo o negativismo, afixando-os no seu “barro” (água + terra) e deixando-os prontos para a atuação de Obaluayê, que os irá remodelar e estabilizar, para colocá-los novamente em movimento numa senda evolutiva.
A Energia de Nanã é Decantadora por excelência. Seu Fator Puro é o Decantador, que nos faz evoluir. Então, o outro Fator de Nanã é o Evolutivo (Fator Misto).

Os lagos, mangues e os grandes rios que correm tranquilamente são Pontos de Força de Mãe Nanã. Vamos pensar num lago. Um lago tem a superfície calma, de águas tranquilas, que parecem estar paradas. Mas ele puxa para o fundo qualquer coisa que nele seja atirada, ele decanta silenciosamente. Assim é a Energia de Nanã, a Mais Velha das Mães das Águas. Diferente de Mãe Oxum, simbolizada pelas cachoeiras, que são rápidas e representam a Energia da Mãe Jovem.

Diferente também de Yemanjá, a Grande Mãe, simbolizada pela imensidão do mar. Todas Elas lidam com as nossas emoções, porque a água está relacionada ao emocional. E Nanã representa a calmaria, a decantação das nossas emoções e sentimentos; motivo pelo qual Ela também pode nos curar, já que muitas doenças têm forte cunho emocional (raiva, inquietação, impaciência, ansiedade, nervosismo, ciúme, inveja etc.). Decantando nossos vícios e desequilíbrios emocionais e mentais, Nanã nos acalma e nos transforma. Transformados interiormente, entramos no caminho da cura. Em outras palavras: evoluímos.

Como portadora dessas Qualidades, Nanã também é o Mistério de DEUS que atua sobre o espírito que vai reencarnar.

No processo da reencarnação, o Orixá Nanã dilui todos os acúmulos energéticos daquele ser e decanta todos os seus sentimentos, mágoas e conceitos. Em consequência, Ela adormece (“apaga”) a memória daquele espírito. E quando o espírito adormece em sua memória, entra a atuação de Pai Obaluayê, que é o Regente desse Mistério, para reduzi-lo ao tamanho do feto que está no útero da mãe, aonde o espírito irá se alojar para renascer; e, ao renascer, não se lembrará de nada do que vivenciou anteriormente.

Portanto, um dos campos de atuação de Nanã é a “memória” dos seres. E, se Oxóssi aguça o raciocínio, Ela adormece os conhecimentos do espírito, para que não interfiram com o destino traçado para a sua nova encarnação. É por isso que Nanã é associada à senilidade, à velhice, período no qual a pessoa começa a se esquecer de coisas que vivenciou na atual encarnação.

Mãe Nanã rege também sobre a maturidade. Em outra linha da vida, encontramos sua atuação na menopausa. No inicio desta linha está Oxum, estimulando a sexualidade feminina; no meio está Yemanjá, estimulando a maternidade; e no fim está Nanã, paralisando tanto a sexualidade quanto a geração de filhos. Mas esta paralisação nada tem de negativo, pois faz parte do processo natural da vida e ainda facilita a canalização daquelas energias (antes concentradas na função procriadora) para outros campos e horizontes.

Nanã, em seus aspectos positivos, forma pares com os outros treze Orixás, sem nunca perder suas qualidades “água-terra”. Ela favorece a Evolução em todos os Sentidos da vida.

Nanã é “a mais velha das Mães”, é nosso aconchego, é a experiência, a sabedoria, a paciência, é nossa Divina “Avozinha”. Daí o seu sincretismo com Nossa Senhora de Santana, a santa católica que foi a avó de Jesus.

Mãe Nanã é associada aos planetas Saturno e Vênus e também aos números 06 e 13.

Características dos filhos de Nanã

No positivo, os filhos de Nanã são pessoas extremamente calmas. No modo de agir, e até fisicamente, aparentam mais idade. São lentas no cumprimento das suas tarefas, parecem ter a eternidade à sua frente. Agem com benevolência, dignidade e gentileza. Gostam de crianças e as educam com excesso de doçura e mansidão, assim como fazem as avós.

São bondosos, decididos, simpáticos, mas principalmente respeitáveis. Agem com segurança e majestade. Suas reações bem equilibradas e a pertinência das suas decisões mantêm-nas sempre no caminho da sabedoria e da justiça.

O tipo psicológico dos filhos de Nanã é introvertido e calmo, temperamento severo e austero. Podem até ser um tanto rabugentos, motivo pelo qual às vezes são mais temidos do que amados.

As pessoas que têm Nanã como Orixá de cabeça podem lembrar principalmente a figura da avó: carinhosa, às vezes até em excesso; levam o conceito de mãe ao exagero. Mas também podem ser ranzinzas e preocupadas com detalhes, inclinando-se a censurar os outros. Não têm muito senso de humor e tendem a valorizar demais pequenos incidentes e a transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, têm uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fossem muito mais velhas. Por isso, têm uma habilidade natural para perdoar aos que erram e para consolar quem está sofrendo. Voltados para a comunidade, sempre tentam realizar as vontades e necessidades dos outros. Porém, exigem a atenção e o respeito que julgam devidos, quando não os recebem das pessoas à sua volta.

Os filhos de Nanã são um pouco mais conservadores do que o restante da sociedade. Parecem desejar um mundo previsível, estável ou até voltado para trás; reclamam dos novos costumes, da nova moralidade etc. Muito compenetrados e responsáveis, não conseguem entender como algumas pessoas cometem enganos triviais ou como adotam comportamentos e atitudes que lhes parecem evidentemente inadequados. Assim, têm dificuldade em compreender direito as opiniões alheias e em aceitar que nem todos pensem como eles.

No negativo, os filhos de Nanã podem ser teimosos e ranzinzas, daquelas pessoas que adiam muito uma decisão, ou que guardam por longo tempo um rancor.

Podem apresentar precocemente problemas de idade, como a tendência a viver no passado, de recordações. Fisicamente, tendem a apresentar infecções reumáticas e problemas nas articulações em geral.

A filha de Nanã pode ter uma aparência que, no seu modo de pensar, não tem maiores atrativos. Isso tende a fazê-la sentir medo de amar, de ser abandonada e sofrer, por não confiar na própria sexualidade; então, irá dedicar sua vida ao trabalho, à vocação, à ambição social.

Oferenda: Velas brancas, lilases e cor-de-rosa; champanhe rosado; calda de ameixa ou de figo; soda limonada; melancia, uva, figo, ameixa e melão; folha de bananeira para forrar o solo. Lavar e secar a folha de bananeira. Umedecer um tufo de algodão em azeite de oliva (de preferência, já consagrado) e untar a folha de bananeira já limpa. Dispor as frutas no centro da folha. Circular com as bebidas, despejando-as diretamente no solo. Firmar as velas rodeando toda a oferenda.

Local para a oferenda: À beira de um lago ou mangue.

Quando oferendar: Para aprender a agir com paciência, sabedoria e perseverança diante de obstáculos; para a cura de males físicos, morais e espirituais; para superar vícios e padrões negativos de sentimentos, pensamentos e emoções; para vencer bloqueios internos (fobias, medos injustificáveis); para superar lembranças traumáticas ligadas a experiências da encarnação atual; para nos desapegarmos do passado (em todos os sentidos e aspectos), a fim de nos situarmos no presente, aceitando a vida como ela se apresenta no momento, mas sempre trabalhando por melhorar aquilo que podemos melhorar (interna e externamente). Em pedidos de proteção para a família, os filhos, as crianças em geral, as gestações difíceis e os partos. Em todas as situações em que nos deparamos com dificuldades para seguir um caminho de evolução.


Cozinha ritualística

1-Feijão preto com purê de batata doce roxa: Cozinhar por uns 15 minutos o feijão e escorrer a água, para então refogá-lo em dendê e cebola roxa picada. Reservar. Em separado, cozinhar a batata doce, amassar e fazer o purê, adicionando um pouco de leite de coco e de mel. Colocar o feijão num alguidar forrado com folhas de bananeira (ou de taioba ou de mostarda). Em volta, colocar o purê e decorar com tirinhas de coco.

2-Quirela: Meio quilo de quirela branca (milho quebradinho) cozida. Escorrer a água. Refogar no azeite de oliva 1 cebola roxa e, em seguida, juntar a quirela. Colocar num prato ou num alguidar forrado com folhas de mostarda ou de taioba. Cobrir com coco ralado e flores de cor lilás.

3-Canjica branca cozida em leite de coco e açúcar (mugunzá). Oferendar sobre folha de bananeira regada com mel. Polvilhar a canjica com canela (ou colocar sobre ela pedacinhos de canela, se não quiser usar canela em pó). Enfeitar com coco ralado, uvas brancas e uvas escuras.

4-Arroz branco com folhas de taioba (ou de mostarda ou de espinafre). Passar muito rapidamente a verdura em azeite de oliva e uma pitada de sal. Desligar o fogo e tampar a panela. Em separado, cozinhar um pouco de arroz branco e colocar num alguidar forrado com folhas de beterraba. Deixar um buraco no meio do arroz e ali colocar a verdura. Enfeitar com beterraba cortada em fatias finas (rodeando a borda do alguidar).

5-Berinjela com inhame- Cortar a berinjela em quatro, na vertical, e aferventar. Em separado, cozinhar ligeiramente um inhame cortado em rodelas e com a casca. Cozinhar tudo apenas em água. Colocar num alguidar forrado com folhas de berinjela e regar com mel.

6-Sarapatel- Lavar bem os miúdos de porco e depois passá-los em água e limão. Cortar em pedaços pequenos e temperar com coentro, louro, cravos da índia, caldo de limão e sal. Cozinhar. Quando estiver macio, juntar sangue de porco e ferver. Servir num alguidar, sobre uma porção de arroz branco. Polvilhar com farinha de mandioca e azeite de oliva.

7-Paçoca de amendoim- Amendoins torrados e moídos, misturados com farinha de mandioca crua, açúcar e uma pitada de sal. Colocar num alguidar forrado com folhas de bananeira (ou outra erva de Nanã).

8-Aberum- Milho torrado e pilado ou moído, do qual se faz um fubá, acrescentando-se açúcar ou mel. Colocar sobre folha de bananeira untada com azeite de oliva

Alguns Caboclos de Nanã: Caboclo Terra Roxa (de Omolu e Nanã), Caboclo dos Lagos, Caboclo Pedra Roxa (Oxalá/Nanã), Caboclo do Mangue, Caboclo Arco-Íris (todos os Orixás), Caboclo da Lagoa, Caboclo 7 Lagoas (de Oxalá e Nanã), Caboclo 7 Lagos (Oxalá/Nanã).

Alguns Exus de Nanã: Exu do Lodo (de Obaluayê, Iemanjá e Nanã), Exu 7 Lagoas (Oxalá/Nanã), Exu do Lago, Exu do Poço, Exu Terra Roxa (de Omolu e Nanã), Exu da Pedra Roxa (Oxalá e Nanã), Exu dos 7 Lagos (de Oxalá e Nanã).


TRONO Feminino da Evolução

Linha

Evolução (6ª Linha de Umbanda)

Fatores

Decantador (Fator Puro) e Evolucionista (Fator Misto).

O Fator Decantador tem por função decantar as energias emitidas pelos outros Fatores, ou mesmo decantá-los de um lugar onde estão concentrados e recolhê-los em si mesmos, anulando-os.

O Fator Evolucionista ou Evolutivo tem por função criar as condições para a evolução dos seres.

Sentido/Essência

Evolução/Decantação/Transmutação

Elemento

Primeiro elemento: água.
Segundo elemento: terra.

Polariza com Obaluayê
Cor

Lilás (voltada para o Sentido da Evolução, tem a função de trazer carinho, ternura, maturidade etc.).
Também o roxo e o rosa.

Fio de Contas

Contas, firmas e miçangas de cristal lilás; ou de contas de porcelana branca com listras roxas.

Ferramentas

Bastão ou cajado curvo feito de hastes da folha da palmeira de dendê (o Ibirí).

Símbolos

1-A cruz

2-Alua minguante

3-O ibirí- um cajado feito da fibra central da folha da palmeira de dendê. Dizem que esse cajado nasceu junto com Nanã, na sua placenta. Representa a multidão de eguns, que são seus filhos na terra dos homens; e Nanã o carrega como se mimasse uma criança.

4-Os búzios- que simbolizam a morte (por estarem vazios), mas também a fecundidade (porque lembram os órgãos genitais femininos). De búzios são feitos os colares chamados brajás, dois a dois, que seus filhos usam cruzados no peito.

5-O grão- símbolo que melhor sintetiza Nanã, pois todo grão tem de morrer para germinar. Na tradição africana, Nanã é o Orixá que assegura uma vida saudável e com bastante força àqueles que a respeitam; pode ajudar as mães numa gestação difícil; mas sua principal função é garantir o grão e “o pão” de cada dia a todos que fazem por merecer.

6-Um coração com uma cruz dentro- símbolo usado mais modernamente e que representa o Amor e o Mistério da Cruz atuando para a nossa Evolução. É uma alusão também à Qualidade de Nanã como a Divina “Vovó” que é sábia, experiente e severa, porém amorosa, ao nos encaminhar para a evolução.

Ponto de força na Natureza

Lagos, águas profundas, mangues, pântanos, cemitério.

Flores

Crisântemo branco e lilás; campânula; trapoeraba; manacá da serra; hibisco; violetas; flores do campo de cor lilás; lírio; orquídea; narciso; begônias.

Essências: Guiné; noz moscada; camomila; cravo

Pedras

Ametista, fluorita lilás, rubelita, sugilita.

Dia indicado para a consagração: 4ª feira. Hora indicada: 19 horas.

Metal e Minérios

Metal: Latão ou Níquel

Minério: Prata.

Dia indicado para consagrar: 2ª feira. Hora indicada: 18 horas.

Chakra

Esplênico (na altura do baço).

Glândula relacionada: Pâncreas, que desempenha um papel importante na digestão dos alimentos e na secreção de insulina pelo organismo.

Saúde

Abdomem, estômago, fígado, parte inferior das costas, sistema digestivo, sistema nervoso central, bílis e bexiga.

Portais de cura (cf. Adriano Camargo): Folhas de chorão, agulhas antigas, água mineral ou de rio; velas lilases.

Dia da Semana

A 6ª feira é usualmente o dia consagrado a Nanã (regência de Vênus, planeta ao qual é associada, e que inspira o amor, a paciência, a calma, o cuidado com a família e os filhos).

Também lhe são dedicados: a 2ª feira (regência da Lua, ligada à água, que é o principal elemento deste Orixá); e ainda o sábado (regência de Saturno, ao qual Ela também se relaciona, e que está ligado à terra, que é o segundo elemento de Mãe Nanã).

Planeta: Saturno e Vênus.

Saudação

Salve nossa Mãe Nanã! Resposta: “Saluba, Nanã!” (Diz-se que é o equivalente a “Salve!”. No Candomblé, porém, esta saudação tem este significado: “Com Nanã, nos refugiaremos da morte”.)

Bebida

Champanhe rosado; água mineral, de rio ou de lago; calda de figo e de ameixa escura; limonada; suco de laranja lima (ou serra d’água); sumo de guiné (macerar guiné em água mineral ou em água de rio ou de lago, e depois coar).

Animais

Galinha branca; pata branca; cabra branca; rã.

Comidas

Laranja lima, figo, ameixa, melancia, uva escura, melão, limão, fruta do conde, coco seco, banana da terra, frutas aquosas em geral, mandioca, inhame, batata doce de casca roxa, berinjela, arroz.

Números

06 e 13

Data Comemorativa

26 de julho

Sincretismo

Nossa Senhora de Santana

Incompatibilidades

No Culto de Nação e no Candomblé, os fiéis respeitam algumas incompatibilidades ou proibições (“quizilas” ou euós) em relação a Nanã: quanto ao consumo de pimenta e camarão; quanto ao uso de lâminas e instrumentos de ferro; bem como a ficar em multidões.

Qualidades

Nanã Abenegi: Dessa Nanã nasceu o Ibá Odu, que é a cabaça que traz Oxumarê, Oxossi Olodé, Oya e Yemanjá;

Nanã Adjaoci ou Ajàosi: É a guerreira e agressiva que veio de Ifé, às vezes confundida com Obá. Mora nas águas doces e veste-se de azul;

Nanã Ajapá ou Dejapá: É a guardiã que mata, vive no fundo dos pântanos, é um Orixá bastante temido, ligado à lama, à morte, e à terra. Veio de Ajapá. Está ligada aos mistérios da morte e do renascimento. Destaca-se como enfermeira; cuida dos velhos e dos doentes, toma conta dos moribundos. Nela predomina a razão;

Nanã Buruku ou Búkùú: Também é chamada Olú waiye (senhora da terra), ou Oló wo (senhora do dinheiro) ou ainda Olusegbe. Este Orixá veio de Abomey; ligado à água doce dos pântanos, usa um ibirí azul;

Nanã Obaia ou Obáíyá: É ligada à água e à lama. Mora nos pântanos; usa contas cristal, vestes de cor lilás e veio do país Baribae;

Nanã Omilaré: É a mais velha, acredita-se ser a verdadeira esposa de Oxalá. Associada aos pântanos profundos e ao fogo. É a dona do universo, a verdadeira mãe de Omolu Intoto. Veste musgo e cristal;

Nanã Savè: Veste-se de azul e branco e usa uma coroa de búzios;

Nanã Ybain: É a mais temida. Orixá da varíola. Usa cor vermelha. É a principal, recebe oferendas direto na lagoa, dando origem a outros caminhos. Para chamá-la, a ekeji tem que ir batendo com seus otás para fazê-la pegar suas filhas;

Nanã Oporá: Veio de Ketu, coberta de òsun vermelho. É a mãe de Obaluaiyê. Ligada à terra, temida, agressiva e irrascível;

Nanã Xalá: Muito ligada ao Branco e a Oxalá;

Nanã Asainan ou Asenàn;

Nanã Iyabahin ou Lànbáiyn.

Outros nomes, títulos ou qualidades: Inselè; Sùsùré; Elegbé; Bíodún; ìkúrè; Asaiyó.























Fonte:www.seteporteiras.org.br


















































































































































































































































































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